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AUTO-ESTIMA

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Parte 3
Eu Aceito Meus Sentimentos e Emoções?

Todos experimentamos flutuações de humor naturais em nosso dia-a-dia. Num momento nos sentimos "para cima", noutro nos sentimos "para baixo".
No entanto, alguns sentimentos são banidos da consciência pela nossa programação precoce. Por exemplo, sempre tive dificuldade em admitir meu medo, pois meu pai insistia que "um homem não tem medo de ninguém nem de nada".
Algumas pessoas reprimem qualquer sentimento de ciúme ou de auto-satisfação. Alguém lhes ensinou que tais sentimentos não são permitidos. Um sentimento válido, mas que é condenado universalmente, é o de pena por você mesmo. Já ouvimos ou fizemos a acusação: "Você só está sentindo pena de si mesmo".
Lidamos com as emoções de acordo com o que pensamos sobre elas. Assim, devemos nos perguntar se há emoções em nós que baixam nossa auto-estima. Posso sentir medo, mágoa, raiva, ciúme, ressentimento, satisfação ou autopiedade sem me condenar e criticar por isto? Existem sentimentos que eu gostaria de esconder, esperando que desaparecessem?

Eu Aceito Minha Personalidade?

Sem entrar em muitos detalhes, pode-se dizer que há vários tipos de personalidade. Estes são determinados em parte pela genética, em parte por uma programação precoce. Naturalmente, dentro de cada tipo de personalidade há indivíduos saudáveis e não saudáveis. Apesar de haver sempre espaço para o crescimento, há também um tipo básico entranhado dentro de cada pessoa. Algumas são extrovertidas, outras introvertidas. Algumas já nascem líderes, outras são engraçadas, outras nem sabem ler uma piada. Algumas são duras, outras sensíveis. Mas cada uma é única, diferente de todas as outras. Nossas qualidades nos distinguem e nossas limitações nos definem. Até onde conheço minha personalidade, e sou feliz por ser quem sou? Sinto atração ou rejeição pela pessoa que sou?
Para compreender melhor minha personalidade; posso fazer uma lista de cinco qualidades que me definem: quieto, simples, diplomático, engraçado, falador, emotivo, ligado, solitário, alegre, preocupado e assim por diante. Depois posso pedir a um amigo, íntimo e muito honesto, para fazer também uma lista das qualidades que melhor me descrevem, que captam minha personalidade. Colocar as duas listas lado a lado pode ser um ponto de partida. Minha personalidade se expressa através de minhas ações. Gosto do que vejo, ou estou decepcionado comigo mesmo? Gostaria de mudar minha personalidade radicalmente ou estou satisfeito com minha maneira de ser? Escolheria alguém como eu para ser meu amigo íntimo?

CONCLUINDO

A longo prazo, é fácil notar que as pessoas com auto-estima elevada são mais felizes que as de baixa auto-estima. O melhor prognóstico que temos da felicidade é a auto-estima. Mas a curto prazo, ela exige disposição para suportar o desconforto quando isso envolve o crescimento espiritual.
Para construir nossa auto-estima talvez precisemos vencer a inércia, encarar os medos, confrontar o sofrimento, ou nos vermos sozinhos, fiéis ao nosso julgamento, mesmo contra aqueles que de quem gostamos. Por mais rico que seja o nosso ambiente, nosso bem-estar emocional representa uma conquista. Somos livres para pensar ou deixar de fazê-lo, livres para expandir a consciência ou contraí-la, livres para nos mover em direção à realidade ou nos afastar dela. Temos escolha.
Viver conscientemente requer esforço. Gerar e sustentar a percepção é trabalho. Toda vez que escolhemos elevar o nível de nossa consciência, agimos contra a inércia. Lançamo-nos contra a entropia, que é a tendência de tudo o que há no universo de mover-se para o caos. Ao escolher pensar e agir, esforçamo-nos para criar uma ilha de ordem e clareza dentro de nós. Se o processo fosse inteiramente fácil, se não fosse dificultado em nenhum ponto, se a perseverança e a coragem nunca se mostrassem necessárias todos teriam boa auto-estima.
Um inimigo da auto-estima que precisamos vencer é a preguiça (esse é o nome que damos às forças da inércia e da entropia quando elas se manifestam psicologicamente). Não é verdade que às vezes fracassamos por nenhum outro motivo além da não inclinação para gerar o esforço necessário a uma resposta apropriada? É claro que, às vezes, a preguiça é facilitada pela fadiga, mas não necessariamente. Às vezes somos simplesmente preguiçosos; quer dizer, não desafiamos a inércia, escolhemos ficar como estamos.
Outro dragão que talvez tenhamos de vencer é o impulso para evitar o desconforto. Viver conscientemente pode nos obrigar a confrontar nossos medos; pode nos colocar em contato com sofrimentos não solucionados. Se uma de nossas prioridades for evitar o desconforto, e se fizermos disso um valor superior ao respeito por nós mesmos, então, sob pressão, abandonaremos as atitudes criadoras de auto-estima precisamente quando mais precisarmos delas. O desejo de evitar o desconforto não é, em si, um mal. Mas, se o fato de nos rendermos a esse desejo nos deixar cegos para realidades importantes e nos distanciar das ações necessárias, o resultado poderá ser trágico.

Jorge Carlos Costa
[email protected]

Aproveite e leia a Parte 2...


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