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Como ganhar tempo e abrir portas para as oportunidades

Como ganhar tempo e abrir portas para as oportunidades
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Está bem, eu confesso, o título é completamente chavão. Só que é uma dúvida constante
para todos nós. Então, acho válido parar para pensar um pouco sobre isso, porque temos
caminhos a escolher o tempo todo, e cada esquina que dobramos nos leva a uma porta ou
a um beco sem saída (outro chavão, esforçar-me-ei para que seja o último!).

Peguei-me pensando em como abrir portas ao invés de topar com becos num momento
bem intrincado, que é minha insatisfação com a atual escola do meu filho. Explico-me: a
atual escola do meu pequeno é daquelas que acredita na máxima “quanto mais conteúdo,
melhor”.

Aí, você me pergunta: “Mas conteúdo não é bom?” Bom, até é. Porém, a forma como
o conteúdo é ministrado é um quesito importante. Nem sempre cobrir mais pontos da
matéria significa dar vantagens ao aluno. Uma boa oportunidade é aquela que pode ser
aproveitada. Se o conteúdo passa voando, como é que pode ser aproveitado, assimilado,
interiorizado?

Quando muito conteúdo se traduz em muita lição de casa, algo que devora a tarde da
criança como se não houvesse amanhã, as oportunidades são perdidas. A oportunidade
de curtir a lição de casa, ao invés de xingar a falta de tempo para brincar. A chance de aplicar o que foi aprendido em sala, ao invés de só cobrir o que não deu tempo para
cumprir o programa no horário de aula. O momento de descansar e brincar, porque essa
idade vai passar e, durante a infância, o brincar é muito educativo. A falta de tempo é um verdadeiro beco sem saída.

Poderia ser uma metáfora para o que deixamos nossa vida se tornar quando viramos
adultos. Esta falta de tempo é presença certa na maioria dos cotidianos de gente grande.
Casamos com quem amamos e, ainda assim, ficamos sem tempo para curtir a pessoa.
Conquistamos um novo emprego, mas não temos tempo para assimilar as novas obrigações, devido aos prazos curtos. Passamos pelo fim de tarde todo dia, contudo, nunca vemos o sol se pôr. Quantas oportunidades perdidas...

Eu sei, seu chefe está no seu pé para entregar o relatório, e você precisa correr para pegar as crianças na escola. Todavia, há muitas portas que ficam para trás quando deixamos o tempo passar sem proveito,fazendo tudo no piloto automático. Aquele sorriso do seu caçula(que você perdeu ontem) podia ter sido a inspiração para uma grande nova idéia para o trabalho.

“E como fazemos para abrir portas, afinal?”, você me pressiona a responder. Justo, já
que é o título deste texto. Arrumamos tempo nas brechas da rotina. Achamos soluções
para fazer o que queremos e dar espaço para a oportunidade entrar. É difícil, mas existem alguns toques simples que ajudam.

Carregue aquele livro que você queria tanto ler na bolsa ou na pasta – de repente, você
se vê esperando atendimento numa salinha, ou milagrosamente achou lugar num banco
daquele ônibus que vive lotado, e lá está o livro. Oportunidade criada, porta aberta!

Pergunte sempre a quem ama como estão, como passaram o dia. Você pode ouvir
enquanto arruma a cama ou põe a mesa. O ouvido é um órgão muito útil para o tempo,
porque ele fica paradinho ali na sua cabeça, funcionando, deixando todas as outras partesdo corpo livres para o que precisa ser feito no horário.

A Marginal está travada? Que novidade! Olhe em volta. Não fique xingando a pessoa da frente, nem brincando de costurar no trânsito – você pode levar uma multa ou até causar um acidente, e, vamos combinar, o tempo que economiza é muito pequeno para correr o risco. E muito embora a ilha flutuante de lixo do Rio Pinheiros não seja uma visão bonita, eu juro que já vi pássaros lindos pousando por ali!

Você sempre quis aprender um idioma? Hoje, a internet é riquíssima de soluções. Idiomas não são sua praia, porque você já fala inglês, espanhol, alemão e até latim?
Eu volto a exaltar a maravilha que é a internet para aprender algo novo. Entre num site
buscador e digite “curso online de (o que você bem entender)”. Vai achar, com certeza.
Assim, você economiza o tempo que gastaria indo até uma escola tradicional e pode usá-
lo depois para uma caminhada no parque, para fazer um piquenique, pegar um cinema ou
curtir a família.

Ah, e o pôr-do-sol! Tenho certeza de que irá encontrá-lo pelas ruas de qualquer cidade,
seja voltando para casa de trem, seja estacionado num congestionamento. Foi vendo-o
ontem parada no trânsito caótico que nos cerca, que pensei numa nova escola para meu
filho e neste texto.

Vanessa Spirandeo - [email protected]

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