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Diálogo Interior

Diálogo Interior
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O diálogo interior é algo que nos preenche, que nos envolve, durante todos os momentos, sem folga, sem descanso. Falamos com nós mesmos, num interminável diálogo interior. Isso significa que devemos ser mudos como pedras para fugir a esta condição? Não! Temos de parar de pensar automaticamente, movidos como que por uma compulsão ou vício. Pois isso na verdade não é pensar, deliramos, inventamos historinhas, 24 horas por dia.

Para além do diálogo interno o pensamento é conciso, quase que uma afirmação.
Quando imersos no diálogo interno nos prendemos a justificações, a delírios, a rompantes de egomania.
O pensamento é diferente, ele emerge de um fundo silencioso, e não está ali para justificar nada! Ele afirma! Afirma o mundo que ele criou, afirma a sua potência e a potência desse mundo novo. Nada mais pretende, nada mais almeja. Basta-lhe ser, basta-lhe existir, e gozar sua própria experimentação.

Mas, se é assim, quando pensamos? Nunca! Pelo menos, ordinariamente, o pensamento não é necessário. Ele não se volta para a conservação ou aprimoramento do mundo estabelecido. Ele está sempre diante de um abismo, o abismo do desconhecido. E isso pode ser, tranqüilamente, descartado pela maioria das pessoas, de qualquer época, como uma experiência desnecessária. Isto é, podemos passar pela vida sem nunca nos defrontarmos com o pensamento, pois ele não é natural, sequer é necessário.

A necessidade se basta à memória, principalmente ao hábito. O diálogo interior não é pensamento. Mas é um modo muito eficiente de suprimirmos nossa consciência, de suprimirmos nossa concentração.
Dispersamos toda nossa energia nos elementos do mundo cotidiano, forjando imagens de pessoas (afinal todo objeto possui um nome e um uso: cadeira = objeto que serve para sentar; João = imagem que faço dele) e obedecendo a imagem que os outros projetam sobre nós.
No final não somos muito diferentes das moscas: estamos presos a uma teia, que não enxergamos, que sequer sabemos que existe de fato. Para ver a teia é necessário um esforço considerável, a maioria até mataria para se livrar de ter que realizar este esforço.

Sejamos escravos, contanto que sejamos felizes... Essa é a ladainha da socialização! Quem estaria disposto a querer a guerra, ao invés da paz? Quem estaria disposto a revirar o mundo, até que nada sobrasse que não fosse uma afirmação. Até que toda justificação e todo hábito perdessem seu caráter de necessidade, até que todo este nosso mundo se reduzisse ao que é: uma fábula entre outras fábulas, um sonho entre milhares de outros sonhos?

https://br.geocities.com/serambarino/nomade.htm

Aproveite e leia: Pensamentos que não param de pensar...

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