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Educar para preservar a Vida

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Existem comportamentos que pela sua repercussão positiva e bom senso nos parecem simples de serem adotados por todos, mas, a realidade nua e crua nos mostra que quando não há uma consciência de coletividade, eles ficam apenas na intenção.
Assim acontece com a preservação ambiental. Teorizamos, formamos discurso, todo mundo concorda com sua necessidade, mas, as ações deixam a desejar. Tudo isso em função do contraditório bicho homem que, diferentemente dos outros bichos, e apesar de jactar-se de ser a única espécie racional, é a criatura mais egoísta do planeta Terra. Aliás, o homem é a única espécie que degrada o próprio meio em que vive, destrói a si próprio e à sua espécie.

A simples atitude de não jogar lixo nas ruas que, a princípio, nos parece fácil, adquire um grau de dificuldade enorme para certos indivíduos, principalmente os adultos. Basta observá-los, por exemplo, quando passeiam pela cidade e vão semeando seus papéis, seus copinhos, latinhas e outros lixos. Sem o menor rubor ou vergonha, eles não estão nem aí para as conseqüências ambientais da sua sujeira. E o mais inquietante é que nessa prática predatória não há distinção de classe, do considerado pobre ao mais rico agem todos com o mesmo ímpeto destrutivo. Se isso não fosse verdadeiro, como explicar que parte do lixo jogado nas vias públicas sai do interior de automóveis, às vezes, luxuosos? Embora soe repetitivo dizer que a educação é a saída para a formação de uma consciência preservacionista, esta é uma verdade que não podemos ignorar. Somos quase todos analfabetos ambientais, mesmo que alguns até sejam bem diplomados.

Dessa trágica constatação, eis que surge outra discussão: quem educa? A família ou a escola? No geral poder-se-ia dizer que as duas, mas, na questão ambiental, especificamente, sabemos de antemão que a maioria dos pais não tem a mínima consciência ecológica, então não dá para esperar que ensinem a seus filhos aquilo eles mesmos não praticam. Sobra-nos, então, a nossa derradeira esperança: a escola. Sabemos que algumas escolas desenvolvem projetos educacionais preservacionistas, mas, devido à importância e abrangência do assunto, elas acabam figurando no rol de práticas isoladas, voluntariosas e descontínuas. Fato este que não as invalidam como exemplo, mas, que torna clara a falta de uma educação ambiental continuada, como uma disciplina obrigatória no currículo escolar desde o ensino fundamental, posto que um tema de tal magnitude e relevância para a preservação da vida humana deve ser tratado com maior responsabilidade tanto pelos governantes como pelos cidadãos em geral.

A leitura da realidade atual coloca-nos de modo imperativo que o meio ambiente não pode esperar pela boa vontade de ninguém. Daí, a necessidade de sairmos urgentemente do campo do improviso voluntarista, para criarmos uma prática consistente de educação ambiental que seja orientada por uma pedagogia ecológica que se norteie, fundamentalmente, por uma ética humanista de preservação da vida em todos os seus múltiplos aspectos e vertentes. Contemplando, ainda, os direitos básicos da cidadania humana. Se hoje, como dizem os ufanistas do legalismo, temos uma das mais avançadas legislação ambiental do mundo, a verdade é que falta à maioria da população o conhecimento para colocá-la a serviço da vida. E mais, se ainda não há compreensão suficiente para entender que o simples lixo jogado na rua contribui para causar danos ambientais, a saída é educar, educar e educar, pois, como disse o poeta: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

Boa Reflexão para você.

* Originariamente este texto foi escrito em 2002

Willes da Silva
Psicoterapeuta
e-mail: [email protected]
site: www.viverconsciente.com.br

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