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ERA FELIZ E NÃO SABIA

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O proprietário de um pequeno sítio estava desencantado e decidiu vender a propriedade. Com o dinheiro poderia morar na cidade. Diante dessa decisão, procurou um amigo para que redigisse um pequeno anúncio de venda. E o amigo, que conhecia a propriedade, escreveu este texto:

Vende-se: Vende-se uma encantadora propriedade, não longe da cidade. Situado numa encosta banhada de sol, o sítio é atravessado por um pequeno riacho de águas límpidas. Nas proximidades da casa situam-se macieiras já floridas e outras árvores frutíferas. Existem também alguns canteiros de flores. O silêncio só é rompido pelo canto dos pássaros, sobretudo ao amanhecer. Facilita-se o pagamento.

Passaram-se algumas semanas e os dois amigos voltaram a se encontrar. "E daí - quis saber o autor do anúncio - conseguiu vender a propriedade?" A resposta foi surpreendente: "De jeito nenhum, não sou louco! Quando li o anúncio que saiu no jornal local, eu me dei conta da beleza da minha propriedade. Choveram interessados em adquirir o sítio, mas não vendi, nem venderei. Mais: porque comecei a amar a propriedade, comecei a melhorá-la. Pintei a casa, plantei algumas roseiras, dei uns retoques aqui e ali. Ela está cada vez mais bonita. E pensar que quase a botei fora", concluiu o feliz proprietário.

Assim, muitas vezes, é a vida. Uma expressão popular consagrou o desencanto de uma perda: eu era feliz e não sabia. Só depois de perder determinados valores, começamos a valorizá-los. Quase sempre tarde demais. A relação vai desde as pessoas até os bens materiais. Bem mais inteligente é a atitude daquele que afirma: não tenho tudo o que eu quero, mas amo tudo o que tenho.

Nossa vida gira depressa demais. Quase não temos tempo para parar e saborear as pequenas coisas de cada dia. E muitas destas coisas são inteiramente gratuitas.

Se o Sol surgisse no horizonte apenas uma vez por ano, com que expectativa aguardaríamos esse amanhecer! Não valorizamos o luar, porque nos acostumamos a ele. Não nos damos conta de tantas coisas maravilhosas: a chuva, as nuvens, a primavera, o canto do sabiá, o perfume de um jasmineiro em flor... Existem outras realidades, até mais importantes: a família, a saúde, os amigos, a fé... Na louca corrida que aceitamos, quase não temos tempo para curtir essas realidades. Mas a vida é caprichosa. Quando perdemos algumas dessas realidades tão importantes, aí sim, as valorizamos. Tarde demais.

Faça um anúncio, um inventário, das coisas bonitas que possui ou que o cercam. Coloque amor e cor e perceberá que é feliz. Isso possibilitará, quem sabe, uma mudança de vida. Como na canção: correrá menos em busca do mais. A felicidade está onde nós a colocamos. Infelizmente, muitos insistem em colocá-la onde não estão.

Autor: Frei Aldo Colombo
https://www.capuchinhosrs.org.br/



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