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ESTASE - A ARTE DE ENGOLIR CALADO

ESTASE - A ARTE DE ENGOLIR CALADO
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Parte 1
Vítima de estase, voce tende a permanecer rigidamente agarrado às posições adquiridas. No casamento, no trabalho, na vida em geral. Voce racionaliza assim: "É, não posso mais me arriscar. Só eu sei o que passei para chegar aqui. Agora vou aguentar firme, não tanto porque gosto disso aqui, mas porque é a melhor posição, a mais segura que pude atingir na vida"...

Mas, por outro lado, nesta posição segura você está constantemente atualizando todos os seus medos. Parado, sem querer assumir riscos, sem nunca dizer claro SIM ou NÃO para não complicar-se, voce faz com que todos os seus medos se façam presentes.
Como? Dou um exemplo: Estou parado no meio de uma avenida super-movimentada, carros passando por todos os lados, duro de medo de ser atropelado, e esse medo não é uma alucinação minha. Se fico ali parado, corro mesmo o risco de ser atropelado.

Na minha volta a vida, que é movimento, não pára. Dentro de mim as coisas não deixam de brotar. E eu, a pretexto de manter um equilíbrio penosamente adquirido, não quero mais me mover para não perdê-lo. É aí é que vem o paradoxo: é agindo assim que eu arrisco a perder tudo, ou a viver medroso e depressivo.
Porque a vida não pára de fluir e se eu não vou pra frente, vou pra trás. Se eu não avanço, regrido.

Pior: na crispação de manter este equilíbrio rígido, eu vou renunciando aos meus próprios meios de expressão. Não vou exercendo gestos, talentos e lutas fundamentais para aquela segurança que vem do crescimento pessoal.
Passo a viver aparentemente seguro, mas constantemente deprimido. Porque estou continuamente renunciando à livre expansão e manifestação daquilo que não pára de brotar dentro de mim. E não me dou conta de que tudo o que eu tenho de bom - inclusive esta posição que não quero largar - eu só tenho por causa daquilo que um dia permiti que brotasse de mim. Agarrado no fruto do meu risco, não quero arriscar mais, e me deprimo impedindo que a vida que há em mim continue passando para fora.

Por exemplo: você, depois de muito batalhar, consegue um emprego muito cobiçado. Voce faz tudo para não por em risco sua relação com o chefe. Nunca diz, sim nem não. Não se exprime, controla seus talentos, não dá opiniões muito pessoais. Resultado: se colocando nesta atitude de rígida dependência, voce está começando a perder o emprego. Na medida em que voce não cria liames de enfrentamento, de criação e afirmação com seu chefe, aí que voce está sendo posto fora, por mais que o apavora a situação de um novo desemprego.

Jorge Carlos Costa
[email protected]


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