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O Lado Bom do Fracasso

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Otimista nata, tenho a mania de pensar que, quando uma coisa não deu certo, é porque foi melhor assim. Por exemplo: se as vagas para um curso que eu quero fazer estão completas, logo penso que talvez o curso não seja grande coisa e que eu posso gastar o dinheiro da inscrição comprando um livro muito mais útil. É um comportamento simplista, sim, mas bem menos estressante.

Às vezes o fracasso é só isso, um fracasso.
Todos concordam que o baterista que abandonou os Beatles no começo da carreira, por achar que música não dava futuro, deve estar até hoje em Liverpool arrancando os poucos cabelos que sobraram (enquanto que Ringo Starr não tira aquele sorriso bobo do rosto por ter ganho um bilhete premiado). Ainda assim, assisti uma vez a uma reportagem com o primeiro baterista da banda em que ele afirmava que, caso tivesse se tornado um superstar, dificilmente teria conhecido sua mulher, com quem ele se entende às maravilhas. Perdendo também se ganha.

São muitos os exemplos de fracassos que podem vir a ser um golpe de sorte. O namorado que lhe chutou e por quem você tem derramado baldes de lágrimas talvez tenha lhe deixado disponível para um amor muito mais saudável, que está por pintar a qualquer momento. Você foi demitido? Quem garante que a empresa não vai falir daqui a um tempo, deixando todos os funcionários a ver navios? Enquanto isso você embolsou o fundo de garantia e pode sonhar em montar um negócio seu. Se bateram no seu carro, é dose, mas talvez na oficina descubram o desgaste do seu freio que, caso não fosse descoberto a tempo, poderia ter provocado um acidente muito mais sério. Se não aceitaram sua proposta de compra de um apartamento, champanhe! Você iria se encalacrar de dívidas e morar o resto da vida num buraco, enquanto que agora está aí, pensando em torrar o dinheiro numa viagem que poder mudar completamente seu destino. É preciso confiar. Quando a estrada fica interrompida, o desvio pode ser surpreendente.

Martha Medeiros, escritora e jornalista gaúcha

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