Para Aquecer o Coração
O Natal chega sempre como quem bate devagar à porta - com um friozinho de expectativa, com cheiro de infância e com aquela sensação de que, por um instante, o mundo inteiro respira de modo mais manso.
Fabrício Carpinejar, com seu olhar afetuoso sobre a vida, costuma lembrar que o Natal é um convite ao reencontro: com a família, com os afetos e, sobretudo, com aquilo que fomos ficando pelo caminho. Ele escreve como quem acende pequenas luzes dentro da gente - luzes que iluminam memórias, perdões, abraços que ficaram faltando, presenças que ainda precisamos reconhecer e que despertam dentro de nós uma vontade antiga de reencontrar o que é essencial. Não é sobre presentes - é sobre presença, carinho, memória e recomeço.
No fundo, o Natal nos pede isso:
um retorno ao essencial.
"O amor não precisa ser entendido, precisa ser demonstrado".
E talvez essa seja a maior tradução do espírito natalino: não explicar, não medir, não ter certeza - apenas amar. A mão estendida, o abraço sem motivo, a ligação inesperada, o perdão silencioso. No Natal, o amor deixa de ser ideia e vira gesto.
Carpinejar também lembra que "Família não é para compreender, é para amar".
Quantas vezes tentamos resolver tudo com lógica, quando o afeto sempre foi o único caminho possível? O Natal nos devolve exatamente isso: a chance de amar sem manual, sem justificativa, com o coração inteiro.
Feliz Natal! Sejam Felizes!
Fabrício Carpinejar é um escritor gaúcho, poeta, palestrante, cronista, jornalista, com publicação de mais de 50 livros, muitos deles premiados. Foi escolhido pela Revista Época como uma das 27 personalidades mais influentes da internet brasileira.
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in memoriam