PEQUENOS, por Hard Stone
Por que fico pensando que o que sinto tem tanta importância? Pode ser pela falta de consciência de minha pequenez nesse mundo de meu Deus! Quando se está na rotina normal da vida, seja no trabalho, em casa, no dia a dia, no nosso inconsciente, somos gigantes, nosso desejo é a coisa mais importante do mundo.Quanta bobagem! Não somos nada! Viajando de Avião, sobrevoando cidades, estradas, pequenas fazendas ou casinhas no campo, vemos coisinhas minúsculas se movendo, e exatamente nesse instante, temos uma visão mais realista de nossa ínfima importância, é só se imaginar estar dentro de um daqueles carros, pensando ser o centro do Universo, e a partir da visão do alto, ver que não passamos de reles micróbios nos arrastando na superfície do planeta. Quanta insignificância! Imagino o que sente um astronauta ao olhar para nosso pequeno planeta do espaço sideral, essa é a melhor situação para se verificar a insignificância da humanidade como um todo, o que falar de cada indivíduo? Com essa consciência, tudo que temos é lucro. Tudo que queremos é nada! O que conseguirmos é tudo! Uma coisinha tão sem importância tem o direito de fazer outra coisinha sofrer? Nada! Nunca! Não podemos de leve que seja, arranhar o sentimento de ninguém. Temos que evitar a qualquer preço magoar tão frágeis criaturas, pois que frágeis somos também. Como podemos exigir sacrifício de alguém tão pequeno, e que já paga um preço alto por ser frágil, pequeno e fraco? Principalmente por não ter aconsciencia disso. E por sermos gêmeos em todos esse quesitos. Teremos direito de entrar por caminhos que não irão com toda certeza traduzir boas coisas? Temos o direito de arriscar? Devemos correr esse risco a troco de que? Que direito tão insignificante coisa tem de perturbar a vida de outrem? Se tivermos consciência de quanto significamos para o mundo, com certeza, não teremos coragem, nem vontade de partir para uma aventura sem conseqüências, exigiremos de nós mesmos garantias para os riscos que envolvam outras pessoas. Seremos mais complacentes com nossos semelhantes, teremos mais paciência com nossos irmãos nessa viagem sem destino a bordo do planeta, seremos mais criteriosos nas avaliações que fazemos sobre alguém, e com certeza nossa capacidade de perdoar a tudo e a todos será aumentada a ponto de começarmos a crescer e deixarmos de ser apenas minúsculas criaturas. Para termos algum significado, alguma importância, teremos que agir e pensar no conjunto da humanidade. Somar as consciências e corrermos todos no mesmo sentido, buscando a harmonia entre os homens, remando todos juntos, carregando o barco em que estamos para águas claras, calmas e plenas de paz, e juntos, seguindo as palavras do Grande Mestre, praticar o amor ao semelhante, único meio de unir os homens e levar a bom termo a existência dessas coisinhas minúsculas e ainda tão soberbas que somos todos nós.
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