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Por favor, não atirem pérolas na lama!

Por favor, não atirem pérolas na lama!
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É claro que modifiquei um pouco essa frase, mas vocês sabem do que estou falando. Vivemos atualmente uma situação que se não é medonha, chega a ser surrealista e não deixa nada a desejar a uma bela Tragédia Grega.

Para onde quer que voltemos o olhar, estão diante de nós, descasos públicos, malversação do dinheiro público, greves na saúde, na educação. Filas e mais filas em todo lugar, com as nossas populações carentes de tudo e que deveriam, no mínimo, ter como básico:
Saúde, Educação, Moradia, Trabalho.
Na mídia, falsos Quixotes se alimentam das infelicidades alheias e se arvoram de defensores da moral e dos bons costumes mas, na verdade, o que querem é sugar-lhes o sangue como em um ritual vampiresco.

E assim vamos assistindo deputados, senadores e governantes aos berros, jurando inocência ou batendo no peito assumindo a “mea culpa, mea maxima culpa” lobos vestidos de cordeiros, sepulcros caiados.

Caminhamos indignados com a retórica dos falsos intelectuais que apregoam sistemas políticos falidos que nunca deram certo em lugar algum do planeta, querendo que nos voltemos e caminhemos na contra-mão da história, objetivando, é claro, interesses pessoais.

Querem nos enfiar goela abaixo a arte trash, dos medíocres que a todo custo relutam para não desaparecer da telinha, que se sujeitam a humilhações, expondo suas vidas na bandeja em revistas de fofocas, BBBs, programas de auditório, como iguarias para pessoas também medíocres.

O que estamos fazendo? Pensem. Reflitam. Questionem-se. Toda vez que incentivamos o mau gosto, toda vez que aplaudimos o ordinário, que valorizamos a vulgaridade...
Estamos jogando pérolas na lama! E até quando iremos perder o nosso precioso tempo, a nossa preciosa vida alimentando porcos?
Alimentando aproveitadores da nossa boa fé, oportunistas da nossa ingenuidade... Até quando iremos deixar que façam isso com os nossos valores?

Atitude! Talvez seja essa a palavra, a atitude de não calar, diante dos mocinhos e mocinhas estereotipados que os escritores de telenovelas querem que acreditemos que seja a realidade. Atitude de não assistirmos porcarias como as pegadinhas.
Não sou moralista, mas o que lhe agrega à vida assistir programas com gente mal educada, que se acha engraçada, que se traveste, que imita (e, diga-se de passagem, muito mal) programas de descarrego? Quanto lixo, quanta porcaria e quanta mediocridade!
Atitude! De não nivelarmos a nossa vida por baixo de não fazermos da nossa vida uma vitrine cheia de coisas ordinárias.
Atitude de poder discernir no discurso do político, que usa a boa fé das pessoas simples, para esconder o seu real intuito, de permanecer no poder.

O livre-arbítrio permite tudo. Cabe a você escolher com quem irá andar, em quem irá acreditar, mas eu lhe digo: se puder, evite pessoas pessimistas, pessoas que nada agregam à sua, vida, pessoas que falam demais, que invejam demais, pessoas incrédulas, vazias, curiosas com o alheio, pequenas, que não o olham no olho, que o cumprimentam sem firmeza nas mãos, que falam mal de tudo e de todos, que o colocam lá embaixo, que reclamam de tudo, que sabem de tudo, que sempre fazem melhor que você, que se acham melhores que você, que sempre começam a frase na primeira pessoa do singular, que não sabem escutar, que só falam delas, que só têm olhos para as coisas delas, que só falam dos filhos delas, dos problemas delas, que desdenham o que você faz.

Enfim, parem de atirar pérolas na lama!

Muita Paz
Nelson Sganzerla
[email protected]

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