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QUEM SOU?

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Quem sou eu?
É o que mais me pergunto!
Porque não sou este corpo, mas ele é a representação de mim.
Sou o meu pensamento e minhas possibilidades.
Aquelas que este corpo me permite.
Mas sou além dele, uma vontade maior que ele!
E quando tento falar destas coisas que sou parece-me indecifrável.
Soa pretensioso como se eu fosse Deus.
Busco a perfeição...
Para minha essência, este mundo de corpos é estranho.
Quem são estes corpos?
Serão apenas seres biológicos aperfeiçoados de matéria?
Sou um infinito arquivo de perguntas, insatisfeito com as respostas.
Sinto profundo respeito, religioso deste que sou, não este corpo, o pensamento, este princípio.
Há no meu eu, consciência de essência, profundo estado de ser, sentir.
Não existem palavras no eu, mas este corpo me empresta pra eu tentar me fazer entender.
As palavras são ainda infantis, porque sou pura simbologia.
Enxergo pôr estes olhos e posso dizer que são meus.
Mas vejo além deles ainda que estejam fechados.
E saio de mim e ainda vejo este corpo, eu sou e ele é, e somos às vezes parceiros e outras não.
Estou agindo sobre este corpo, mas às vezes ele age sem mim.
E é assombrosa esta verdade de saber que ele não sou eu.
Sou algo além dele, indefinido...
Sei que a vida é mais...
Às vezes sou o nada nesta mente física e ela não percebe, mas eu estou.
Sou este instante vazio maior que a razão, um eu universal, grandioso demais para esta pequena fração de existir.
Posso estar nesta mente e ser. E ela não perceber.
Impregnar este corpo de sensações, sem o raciocínio e ele não saber de onde ou porque.
Então estou e sou e ele não sabe.
Assombro!!!
De estar aqui e estar sendo o que não quero ser, um ser vivo, um bicho. Humano.
Sou dos elementos, daqueles que o corpo sabe e de outros que ele não vê, não sente.
Este corpo me permite aprender este instante de humanidade, mas não sabe de mim, além do que lhe permito saber.
Eu sei tudo dele, porque sou intenção e antes de ser, sendo.
Eu existo nestas linhas, esta tinta que tinge o papel com o auxilio deste corpo que não sou, mas ele o é representação de mim.
Este corpo é uma idéia que tive de mim.
É a materialização disto, mas não sou este corpo.
Sou essência, esta que pensa nesta mente concreta.
Sou impulso que movimenta o instinto deste corpo, mas se eu o deixar, ele ainda pode ser um corpo, mas não serei eu.
Será loucura minha?
Escrever estas coisas?
Mas elas estão aqui neste corpo e não é o corpo, sou eu!!!
E a vida?
E o tempo?
Viajar infinitamente de maneira ascendente pelo eterno.
Tempo não existe para o eu.
Para o corpo é necessário, é natural.
Eu já era antes deste corpo e continuarei sendo depois dele.
Ele apenas me empresta suas pernas, para que eu ande e saiba o que é isto.
Posso estar onde quiser sem ele, e ele sem mim.
Eu sou à vontade posso emprestar-lhe minhas sensações e minha plenitude de ser.
Posso trocar com este corpo esta maravilha de ser eu.
Compreender a função das regras, estas que tornam as pessoas viciadas na dor, no medo, nos gestos mal decorados.
Esta sociedade é algo amargo, da qual não me sinto parte.
Não acredito no convencional, no regulamentado, mas parece que os homens não sabem andar neste mundo sem estas coisas.
Sou este eu rebelde neste corpo passivo, que não aceita e se impõe, que se debate nesta mente condicionada ao meio e a estes limites humanos.
Não tolero a falsidade. Posturas falsas, hipócritas se riem acreditando que são espertos demais para serem desmascarados.
Mas quem tem olhos vê...
Não aceito a dor, ainda sabendo que ela é da humanidade, não do eu que sou este pensamento.
A dor é o caminho que a matéria escolheu para aprender as grandes lições, mas o eu consciente aprende com o amor, sentimento sublime que desconhece os limites humanos.
O amor é eternidade, serena brisa cósmica que nos embala e nos inspira.
É como folhas novas na primavera, frutos maduros no outono, orvalho das manhas de inverno.
Por que as pessoas são assim?
Tão duras consigo mesmas?
Tão falsas com as outras?
Tão superficiais em suas preocupações profundas?
Tão meticulosas nos pormenores sem significado?
Até quando???
Estarei de olhos abertos para enxergar sem me fazer compreender.
São corpos com seus eus adormecidos, anestesiados, inconscientes.
Crentes que são apenas o que vêem e tocam.

Milene Gonçalves

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