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Relacionamento, amor e sentimentos

Relacionamento, amor e sentimentos
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Nos últimos anos li muitos e muitos livros sobre relacionamentos, sobre amor, sobre como tentar entender as diferenças entre o universo feminino e o masculino, entender o comportamento dos casais e tentar achar um caminho para as minhas relações. Na verdade eu buscava saber onde havia errado e entender porque minhas últimas relações tinham fracassado. O que eu tinha feito de errado e o que poderia ser mudado para que as coisas ficassem bem e para que eu pudesse ter relações menos turbulentas, sem brigas, mas com diálogos construtivos.

Recentemente, após mais uma desilusão amorosa, o universo me coloca de frente com essa perda, com muitas pessoas e com mais dois livros. É impressionante como você encontra pessoas que não vê há anos numa mesma semana quando está num momento de reflexão como este. E ambos os livros me colocaram um tema muito importante de forma diferente. Outros livros já tinham tocado no ponto, mas talvez pela maneira como estes foram escritos me tocaram de uma maneira que até então eu não havia percebido...

Descobri que eu não estava expressando corretamente meus sentimentos e que minhas parceiras também não conseguiam expressar claramente os seus sentimentos. Uma baita descoberta! Além disso, descobri que eu direcionava todos os relacionamentos pela "solução de problemas". Como bom consultor eu tentava ir diretamente ao ponto, achando que "matando", solucionando aquele problema, tudo estaria certo e resolvido. Não estava atento aos meus sentimentos e não conseguia ver corretamente os da minha companheira, pois em determinado momento queria resolver o impasse pura e simplesmente, com a melhor das intenções. Para meu desespero os problemas não se resolviam totalmente e os sentimentos não eram trabalhados.

Num relacionamento a dois um problema traz, no mínimo, duas maneiras de ser encarado, com a visão de cada um dos envolvidos. Mas muitas podem ser as soluções. O que é um problema para um pode não ser nada para o outro. E nunca existem apenas duas maneiras de encarar e resolver problemas. Existem milhares. E pior, quando mergulhamos fundo para tentar solucionar o problema sem atenção para com os sentimentos, nossos e do outro, estamos fadados ao fracasso. Não vamos escutar o outro, vamos considerar nossa solução como a certa e a do outro como errada, ou vamos nos anularmos cedendo à do outro e nos desrespeitando. Não vamos tentar descobrir as reais razões por trás do problema: os medos da outra pessoa e nossos próprios medos. Não vamos alcançar a intimidade que tanto queremos ter com nossa companheira.

Quantas brigas poderiam ser evitadas, com quatro atitudes simples, mas difíceis de serem colocadas em prática no calor de uma discussão:

Primeiro: Olhar para a outra pessoa com amor e enxergar nela um outro ser maravilhoso, que quer evoluir como a gente, que tem seus medos e que está caminhando junto conosco nesta estrada. Com isso, ser paciente e procurar enfrentar a situação com amor, da maneira mais tranquila possível, mas sem deixar de se valorizar, de olhar o seu lado. Exercitar o amor incondicional, que vê além das divergências.
Segundo: Tentar entender nossos próprios sentimentos, porque agimos daquela maneira, que medos nos atormentaram e o que nos motivou a agir daquela maneira. Não necessariamente a ação foi errada. Mas se surgiu um problema, procurar entender o outro lado, tentar escutar o que o outro tem de divergência e sente sobre o problema, procurando entender porque não concordou a princípio com a nossa atitude.
Terceiro: Tentar visualizar onde participamos também do problema: se forçamos demais a barra, se deixamos nosso companheiro numa situação complicada.
Criar uma terceira visão do problema, levando em conta os dois lados. Ter paciência com o outro e procurar depois de tudo isso uma solução que seja menos dolorida para os dois, mas que tenha contemplado todos os sentimentos, para que estes não voltem em forma de mágoas e ressentimentos.
Quarto: Buscar uma solução. Encontrar uma solução não significa rotular uma atitude como certa e a outra necessariamente como errada. Tão pouco significa que iremos atender 100% das expectativas do outro ou resolver tudo de imediato. Pode ser que tenhamos que manter nossa posição mesmo com o outro não aceitando muito, pode ser que leve anos para resolver. Mas aí entra a negociação, o perdão, o ceder - sem se podar quando possível - e a decisão de arcar com qualquer consequência quando mantemos nossa posição.

Não basta reclamar do outro e mostrar o que o outro fez de errado. Muitas vezes não existe certo ou errado. O outro pode não ter agido de maneira errada, mas simplesmente não concordamos porque ele nos fez sentir medo, relembrar antigas situações e trazer mágoas e ressentimentos de coisas que muitas vezes nem têm a ver com essa pessoa naquele momento.

Temos que ser mais lúcidos para que soframos menos, resgatando medos e sentimentos, nos soltando mais. Tudo isso para nossa evolução, para que a cada aparecimento de um problema possamos nos modificar e melhorar.

Parece-me que finalmente passo a trilhar um caminho mais lúcido. Muitas dificuldades ainda surgirão. Mas as possibilidades neste momento são fantásticas. Vamos aprendendo com a vida.

Um abraço de luz e amor para todos!

Paulo Barata
[email protected]


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