Menu

SILENCIAR

SILENCIAR
Facebook   E-mail   Whatsapp

Nós os índios, conhecemos o silêncio.

Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver. Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.

Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos e então aprenderás.

Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar. Com vocês, brancos, é o contrário.

Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho, estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer. Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês. Deveríamos pensar nas suas palavras
como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

Texto traduzido por Leela, de Porto Alegre:
"Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn

Menkaká

"Não sofremos de falta de comunicação, mas ao contrário, sofremos com todas as forças que nos obrigam a nos exprimir quando não temos grande coisa a dizer".

Recebido de Soraya Souza

Aproveite e leia: A Sabedoria do Velho Índio...

Facebook   E-mail   Whatsapp

Deixe seus comentários:






As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade do autor. O Site não se responsabiliza por quaisquer prestações de serviços de terceiros, conforme termo de uso STUM.


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa