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SOMOSTODOSUM KIDS - ARIEL

SOMOSTODOSUM KIDS  - ARIEL
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Corria a notícia, nascera o filho de Joana e Hélio. Ariel era um lindo menino. Todos na casa estavam felizes. O tempo passou e Ariel cresceu. O menino gostava de brincar ao ar livre. Nascera para a Natureza! Passava dias e dias correndo no campo. Felicidade de Ariel foi ter nascido numa fazendinha.

Agora, com sete anos, tinha de ir pra escola. “Já era hora...”, dizia a avó do garoto. No dia seguinte disseram a Ariel que iria morar na cidade, com sua tia e seu primo, pois tinha que aprender as letras, tinha que virar doutor. E o menino sem grandes escolhas... lá se foi para a cidade.

No caminho, olhava os pastos com as vaquinhas e boizinhos... olhava de novo a árvore, que adorava subir no final da tarde... Seus amigos pássaros acompanhavam o carro, como que dizendo “até logo, Ariel... não esqueça de nós!”. E os olhos do menino cheios de lágrimas.

No carro, seu pai dizia “Ora! Na escola terás muitos amigos, deixe disso, vamos!” E o menino se animou um pouquinho. Depois de instalado na casa da tia, Ariel foi à escola. Voltou muito triste e cabisbaixo... A tia não entendia, “Ah! Isso é coisa de menino da roça! Vai passar”. Não passou.

Cada vez mais Ariel percebia que as pessoas da cidade eram muito fechadas e violentas. Tinham medo da violência, mas a praticavam a todo instante. Na escola seus coleguinhas zombavam dele, porque veio da roça e por isso o achavam diferente. Nas ruas, via os adultos violentarem a Natureza, jogando lixo no chão, poluindo os rios com sujeira... Sentia vontade de chorar, mas sua tia o repreendia.

Nas férias, Ariel foi para junto de seus pais e sua amada Natureza. Seus pais, muito felizes, perguntavam o que tinha achado da cidade e da escola. O menino sabia o quanto era importante a seus pais, pois não tiveram educação.

“A escola e a cidade são muito boas, papai”. E não se falou mais no assunto.

E no meio do mato, Ariel olhava as nuvens, pensava no futuro e no caminho árduo que iria percorrer para se tornar alguém e ser respeitado por ser esse alguém. E dizia consigo mesmo “um dia vou ser professor, para ensinar aos outros a Arte de Viver...”.

Autoria: Hellen Katiuscia de Sá
Escrito em: 19 de março de 2005.


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