SOU EU
Tudo é tão cheio de conteúdo, ao mesmo tempo vazio...
Ergo a cabeça para as alturas e sorrio... Que dor é essa?
Que alma é essa que tudo contesta? Percebo o ritmo da vida pulsar...a morte cínica rondar...
Preciso viver?
viver nem rima com verdade... mas com sofrer ou até com prazer...
A dor é muito grande, tanto que a mente fica anestesiada, nem chora , nem grita, nem fica entusiamada.
Caminho o caminho que me caminha e da dor nada adivinha... Sou quem fui e quem serei. Que dor que é a ignorância a incompetência, a dor da vida sem ciência ou sapiência?
O que é a vida senão o que entorpece e o que alucina? Quanto tempo mais de sofrer serei capaz?
Quem é Deus? O pai do humano infantil que ouve os lamentos meus?
Quem sou que me contesto? Que tanto fiz e para nada presto? Onde? Cadê?
No castelo do conde ou no trilho do bonde? AH! AH! AH! essa é uma louca gargalhada...
Essa é a gargalhada de uma louca. O cheiro do lar, roupa lavada, sombras ao luar... terra batida, chão coberto de flores, emoção sentida...
A luz desperta e nela irei... Sou eu...
Sou aquilo que Sou e aquilo que Sou sempre serei.
Celtic BruMa
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