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UNO – O SUPREMO FAZEDOR DE MISTÉRIOS E CORAÇÕES

UNO – O SUPREMO FAZEDOR DE MISTÉRIOS E CORAÇÕES
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(Quando o Luto se Transforma em Canção)

No universo incomensurável, com infinitos planos e dimensões, quem pode afirmar, com certeza, que está só?
Há inúmeras possibilidades para cada coisa... Tantas nuances interdimensionais interligando os eventos e os seres!
Na vastidão da vida, todo ser senciente é co-criador de inúmeras coisas. Cada canção realizada contém o eco de muitas outras canções, que se interligam nos diversos caminhos do coração. Cada poema vive por si mesmo, contado de diversas maneiras e interligado a tantos outros poemas no infinito...
Cada criança que renasce na Terra está conectada a tantas outras que também chegam ao palco da vida carnal. Todas respiram na mesma atmosfera planetária e recebem a luz do mesmo sol. Da mesma forma, cada ser que parte para outras esferas de vida, no extrafísico, está unido invisivelmente a tantas outros que partem no mesmo dia.
Em cada partida final, está o eco de muitas outras partidas e as ligações afetivas de outros corações que sofrem com a partida do ser querido.
No entanto, a vida é a mesma, na Terra ou no Espaço. O que muda é o plano de manifestação e a roupagem do espírito: revestido de corpo denso na Terra e revestido de corpo de luz no extrafísico.
Na chegada ou na partida, o eco da vida interligando os seres na natureza interdimensional.
Para quem tem consciência disso, não há coração partido. Há compreensão e aceitação positivas dos ciclos aos quais os seres estão submetidos na ascese evolutiva.
Não há coração partido quando a consciência é lúcida. Pelo contrário, há luz serena no coração, pois se percebe a unidade da vida pulsando em tudo. Então, como falar de coração partido se só se vê o UM em tudo?
Cada sorriso contém o eco de inumeráveis sorrisos em infinitos planos de manifestação. É por isso que se diz, espiritualmente, que o sorriso de Deus está em tudo. Ou que Ele ri por entre os seres e dimensões, naturalmente feliz. Nele, o Todo que está em tudo, o eco de todas as vidas.
Em cada ser, o eco Dele no sopro vital que anima todos os corações. Em cada ser que renasce na Terra ou viaja definitivamente para os planos extrafísicos, o eco Dele.
Em tudo, Ele!
Cada canção, cada sorriso, cada respiração, cada vida, tudo é Ele!
Está tudo interligado, por Ele!
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!

P.S.: Eu ouvi uma canção e pensei Nele (1).
Então, me alegrei e vi Seu sorriso no meu sorriso. E meu coração disse: Tudo é Ele!
Daí, escrevi estas linhas e senti que Ele está nelas. Como também está em cada leitor. E Ele está com quem chega e com quem parte.
Não há coração partido, pois Ele está em tudo. E, quando se percebe isso, o coração vê a luz da vida em todas as coisas. E a dor da perda se transforma em linda canção de vida, em homenagem a quem voou para outras esferas.
A ilusão do luto se dissolve na luz da compreensão e a lucidez faz ver o toque do Todo na abertura de cada botão de flor. O luto se vai... E só se vê o sorriso Dele em tudo.
Em cada ser, Ele!
Nele, todos os seres!
Coração partido? Não!
Coração interligado a todos os seres? Sim!
Nele, e por Ele!
O Todo está em tudo!
Consciências lúcidas sabem disso. E são felizes, naturalmente. No eco de sua felicidade, a felicidade de todos os seres. Elas sabem que, no despertar da consciência de apenas um ser, está o eco do despertar de todos os seres.
Na serenidade de um Buda, está o eco de todos os seres que um dia também se tornarão Budas! Na canção de Krishna, o eco do Darma (2) de todos os seres. No amor de Jesus, o eco da fraternidade viajando em todos os seres. E, no eco de tudo isso, com Krishna, Buda, Jesus e outros mestres e em cada coração, plano ou dimensão, o sorriso de Deus. Nele, a vida eterna, que não tem começo ou fim, só chegadas e partidas... E o eco de tantas canções e poemas infinitos.
É o amor que interliga os seres. É o que vale! É o que une corações.
A morte é nada! A consciência não pode ser enterrada! E o cadáver jamais apreciará o brilho das estrelas.
A vida segue, na Terra e além... As flores desabrocham, novas canções são realizadas e todos vivem.
Tudo isso é por causa Dele!
Ele, Pai-Mama de todos!
Ele, o Ancião dos dias que teceu o grande mistério da vida e dos corações.
Ele, o Sopro Vital do Eterno, a quem os rishis (3) da antiga Índia reverenciavam no templo secreto do coração.
Ele, que continua sorrindo por entre os seres, planos e dimensões, junto com quem chega e com quem parte, nessa linda canção do infinito chamada VIDA.

- Wagner Borges -
São Paulo, 22 de novembro de 2006.

- Notas:
1. O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, Brahman, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
2. Darma – do sânscrito “Dharma” – dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.
3. Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.


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