Não foi um psicólogo. Não foi um psiquiatra. Não foi um comprimido. Não foi uma conversa, nem uma escapada para ver o mar.... Foi um cão.
Um que ninguém quis... Um que carregava o frio nos ossos e a solidão cravada na pele... Chegou sem pedir licença, com fome no estômago e um mundo inteiro no olhar.
Não falava, mas me contou tudo... Não chorava, mas sangrava em silêncio... Não pedia amor, mas dava-o como se tivesse sobrado... E foi aí, logo ali, quando o abracei pela primeira vez, que eu soube... Eu não o salvei... Ele que veio me salvar...
Ele que veio para me ensinar que amor o verdadeiro não se compra, não se escolhe raça, idade e nem cor...
Que os abraços mais sinceros têm pulgas, e que milagres não caem do céu, eles andam com quatro patas... e dormem ao lado da sua cama. Ele, o cão abandonado, aquele que todos ignoraram, me devolveu a vida...
E desde então eu sei: quando se sentir que está afogando, que não pode mais seguir em frente, que o mundo te ignora... Vá para a rua, procure um igual a ele... Resgate, acolha, abrace... E volte a viver...
Porque os cães não vêm para as nossas vidas apenas para preencher um lar... Eles vem para salvar as nossas vidas!
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