Além do Ego
Autor Paulo Tavarez
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 11/15/2025 10:08:38 AM
Como Deus consegue cuidar da vida de cada pessoa? Como pode saber de tudo e estar em todos os lugares? A resposta é mais simples e profunda do que parece: Ele se manifesta como consciência - essa voz interna que todo mundo conhece, mesmo que tente ignorar.
A consciência funciona por princípios que não mudam. Todo mundo sente, lá no fundo, quando algo é certo ou errado. Não é algo que se aprende; já nasce dentro da gente. Mas, pela pressão do dia a dia, pelas dores e pela correria, muitas vezes nos afastamos desse "mar aberto" da consciência e vamos nos encolhendo dentro de um "aquário" - o ego - achando que ali estamos seguros.
É como viver dentro de um aquário achando que aquilo é o oceano inteiro. No começo, parece tranquilo: tudo está ao alcance, nada surpreende. Mas, com o tempo, a água parada começa a sufocar, perde vida, fica turva. E a própria existência começa a cobrar movimento. A consciência, então, chama a gente de volta - às vezes suave, às vezes na marra - porque ficar ali é murchar aos poucos.
A consciência é como um sol interno: ilumina, esquenta, dá direção. A escuridão não é um inimigo real; é só a ausência dessa luz. Por isso Deus não "vê" a escuridão - ela não tem substância; é só falta.
E a nossa jornada é muito parecida com a de uma semente.
A semente começa no escuro, enterrada, apertada, sufocada pela terra. É um lugar frio, úmido, sem horizonte. Assim somos nós quando nascemos na ignorância, no medo, na luta do dia a dia - algo comum à experiência brasileira: crescer na falta, improvisar, sobreviver.
Só que a semente não nasceu para viver enterrada. Ela nasce no escuro, mas não nasce para o escuro. O incômodo do solo, a pressão da terra, o aperto - tudo isso empurra a semente para cima. E quando ela rompe a casca e encontra a luz, aí começa a vida de verdade.
Com a gente é igual:
tentamos transformar o subterrâneo em casa, quando ele é apenas o começo.
Muitas vezes gastamos as melhores forças para organizar a vida dentro da escuridão - ganhar dinheiro, ter segurança, conquistar respeito, sobreviver. Não há nada errado nisso, mas existe um risco: achar que esse "subsolo" é a vida inteira. Aí tentamos melhorar a escuridão em vez de buscar a luz.
E quando insistimos em permanecer onde não deveríamos mais estar, a consciência - essa luz maior - começa a apertar. O que chamamos de sofrimento geralmente é isso: a vida dizendo que ficamos tempo demais debaixo da terra. A dor não é castigo; é aviso. É como a semente sendo empurrada a romper a casca, porque ficar do mesmo jeito significa morrer.
A verdade é simples:
a vida dói quando pedimos para continuar pequenos.
O chamado é para crescer por dentro, não para inflar o ego.
Para se abrir, não para se fechar.
Para voltar ao mar grande - ou romper a terra - e não aceitar o aquário ou o subsolo como destino.
No fim, todos acabamos indo para a luz.
Não por obrigação, mas porque o pequeno nunca sustenta uma alma feita para expandir.
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Autor Paulo Tavarez Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsapp (para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |
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