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Amor submisso e Amor dominante

Atualizado dia 3/5/2021 4:02:34 PM em Almas Gêmeas
por Paulo Zonta


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Quando nascemos, somos "arrancados" do ventre de nossa mãe, e colocados no mundo de forma agressiva. Esta "separação" a que somos expostos, nos leva a buscar a convivência com outros seres humanos para nos complementarmos como seres humanos. A necessidade que temos em nos relacionarmos com outros seres humanos, está por trás de toda a gama de relações humanas íntimas, de todas as paixões chamadas amor no sentido mais amplo do vocabulário segundo Erich Fromm (sociólogo e psicanalista).

Segundo ele, o ser humano busca sentir-se uno com o mundo e desta forma pode fazer isso de duas maneiras: através do poder e através da submissão. A necessidade de transcendermos à separação de nossa existência individual, buscamos através da submissão a uma outra pessoa, a uma instituição, ou a Deus, experimentando a sensação de "identidade" através da união com um outro.
Por outro lado, buscamos também esta mesma transcendência através do "poder", ou seja, buscamos superar a separação através de uma união com o mundo que nos dê poder sobre ele. Tornando a outra pessoa, parte de si, trazendo-o pra dentro e tomando o poder sobre o outro, transcendendo a existência individual pela dominação.

Nas duas formas, há uma relação doentia, simbiótica, na qual as duas pessoas perderam sua integridade e sua liberdade. Há um sofrimento nesta relação, pois uma pessoa vive para a outra, ou vive "da" outra. Assim, satisfaz-se a necessidade de intimidade, porém, limita-se a confiança própria e força interior de cada um dos envolvidos.

Para se viver plenamente, é preciso ter liberdade e independência. Numa relação, o amor prevalece como propulsor de desenvolvimento cada uma das duas individualidades. Em qualquer uma das duas alternativas simbióticas, a pessoa torna-se dependente da outra. Ao invés do desenvolvimento pessoal, há uma estagnação, pois a pessoa depende daqueles a que se submete, ou daquele a quem domina.

A dependência tem muitas faces. Nela está sempre escondido um medo da vida, de si mesmo, uma incapacidade de viver sua própria individualidade, mesmo quando num relacionamento a dois. O ciúme patológico também muitas vezes pode ser uma forma de dependência.

Somente um caminho satisfaz a necessidade que todo ser humano tem de unir-se ao mundo. Viver o amor, é unir-se com alguém, de forma que esta relação mantenha e até propulsione o desenvolvimento da integridade e da liberdade individual de cada um.

Numa relação assim, não há necessidade de eu viver em função de "inflar" a imagem de outra pessoa, ou a minha. Uma relação como esta me permite viver e compartilhar um amor que me transcende, mas que também me permite vivenciar a força ativa que é o ato de amar.

Numa relação, o que importa é a qualidade particular do amor; desapegado, independente, com liberdade, que não significa vivermos num desapego total, ou um "amor livre", mas com esta liberdade e desapegos internos em cada um de nós. Portanto, viver o amor de forma saudável, significa não só criar um compromisso entre ambas as partes, mas também (e principalmente), consigo mesmo. Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Zonta   
Terapeuta e Coaching
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