Buscar uma nova forma!
Atualizado dia 8/7/2016 10:47:16 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Este texto nasceu de uma reflexão sobre o tédio. Um de seus significados é aborrecimento, desgosto, enfado. Observem como grande parte das pessoas está “no automático”. Fazendo por fazer. Para algumas porque não têm interesses definidos e precisam fazer algo. Para outras, porque acreditam não terem outras opções. Outras ainda, apesar de gostarem do que fazem, algo as incomoda. Se você se identifica com uma dessas possibilidades ou mesmo outras não citadas aqui, não importa. É hora de mudar. "Mudar o quê? Como? Pensa que é fácil?" Manter a calma e não se precipitar, eis o segundo passo, pois o primeiro foi identificar que isso está ocorrendo com você.
A partir de então, deixar a mente solta, onde os pensamentos possam viajar pelas vontades e desejos, sem recriminações, sem bloqueios e, principalmente: com desapego. Não é possível “navegar” pelos nossos desejos ainda ocultos se não houver a soltura que permita o ir e vir, como se realmente estivéssemos sobre uma onda, que vai e que vem, mas que possui uma direção, mesmo que ainda não revelada.
Quando isso ocorre, muitos descobrem que seus caminhos devem ser completamente diferentes do que estão trilhando. Mudam radicalmente suas atividades, seus relacionamentos, enfim, dão início a uma nova vida. Pode parecer assustador, mas não é. É sim extremamente satisfatório. Saiba que o medo apenas pode estar lhe impedindo de se soltar. Lembre-se que não ter medo não quer dizer não ter cautela, não ter cuidados.
Mas uma grande maioria que se aventura nessa reflexão descobre que a insatisfação não está no que se faz e sim no como está sendo feito. “Quero fazer o que faço, só que não mais da forma como estou fazendo”.
Há quase quarenta anos, com uns dois ou três anos de profissão, comecei a me inquietar. Estava insatisfeito com o que estava fazendo. Comecei a achar que havia feito uma escolha errada. Angustiei-me tanto com essa conclusão que busquei ajuda terapêutica.
Em pouco tempo descobri ter concluído erradamente. Não estava satisfeito com a maneira pela qual estava tratando minha profissão. Sendo um dos donos da clínica, acabei me sobrecarregando com as funções administrativas e isso me forçava a negligenciar o atendimento de meus clientes. Era frequente precisar remarcar horários por ter compromissos gerenciais.
Meus sócios estranharam muito minha mudança, pois embora tivessem títulos de diretores, eu acabava fazendo por eles suas funções. O erro era todo meu, pois achava que faria melhor que eles. Foi um marco em minha vida. “O sol voltou a brilhar em minha praia” é uma expressão que pude usar. Não mudei de praia, apenas removi as nuvens que eu mesmo criava com minha forma de ser.
Periodicamente, revejo como estou com minhas atividades. E se necessário fazer mudanças, elas são feitas. Não permitir que a insatisfação se torne crônica é uma obrigação do ser humano. Rever e buscar novas formas de se colocar na vida, em qualquer dos seguimentos é um dever que todos precisam praticar. Pessoas satisfeitas geram vidas melhores. E ter uma vida melhor depende de cada um e de todos. Se cada um estiver melhor, melhora para todos.
Texto revisado
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