Ilusões...



Paixão cega e burra. Pior: paixão-neura, autodepreciativa. Mas enquanto eu não aprendi o que tinha que aprender com ela, o carinha não me saía da cabeça. Até que, caput!, caiu a ficha. Pura ilusão. Grandes expectativas, grandes carências, grande falta de sintonia entre nós. Meu encantamento não me deixou ver outros quesitos nele. Entrei numa ilusão perigosa. Graças a Deus, saí dela. Paixão que vicia e que não é correspondida é um veneno. Como passei por ela, posso afirmar: não é saudável, não é amor, é uma ilusão. Dou uma sugestão: não entre nela nem comece.
Me sentia uma burra por ter passado por essa situação, eu, tão independente, bem resolvida profissionalmente, caída de quatro por uma paixão platônica, não correspondida. Golpe no orgulho? Sim, foi. Veio para me ensinar, a me dizer: Filha, valorize-se. É de graça. Nenhum homem, por mais intelectual que seja, pode ter o poder de dizer quem você é, de fazê-la sentir-se para baixo. Não dê esse poder a ele. Não fantasie. Viva a realidade. Ela é dura, mas é a ponte que a leva para a serenidade. É a que vai lhe fazer crescer, amadurecer e estar livre para encontrar um homem a sua altura, que goste de você pelo jeito que você é, sem precisar alterar nada. Basta você se dar essa chance. A chance de viver um grande amor. Esqueça. É perda de tempo, de energia, de alma! Não se desgaste assim. Que sirva de lição e que nunca mais se repita, mocinha!
Devemos equilibrar a balança da vida. O lado profissional e o pessoal. Claro que nunca estará 100% perfeito em ambos os lados. Não somos perfeitos, nem seremos. Porém, precisamos ter um equilíbrio. Eu acabei desenvolvendo mais a parte profissional, por medo, timidez, insegurança, falta de autoestima. Tudo isso e mais um pouco. Não estou aqui para servir de modelo a ninguém. Tampouco sou psicóloga. Sou apenas uma escritora. Estou aqui para compartilhar com vocês a minha história. Talvez ela inspire outras pessoas, mostre a outros o que precisam ver no momento. Ou talvez não. Talvez sirva para eu desabafar mesmo, de mim para mim mesma. Eu, eu mesma e Claudia.
Não digo que não terei mais ilusões, não digo que dessa água não beberei mais, estou em evolução, sujeita a erros e acertos até achar o ponto de equilíbrio, mas com o bigodudo descrito aí em cima não mais! Como uma amiga me disse, a carência é mãe e pai de muitas confusões, de tudo, menos do amor, do verdadeiro. Aquele que uns tantos falam, que muito pouco praticam.
Um dia chego lá: levantarei a taça do amor correspondido e saudável!
Claudia Isadora Fernandes de Oliveira
Texto revisado
Blog da Claudinha Isadora









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