O Conhecimento real e absoluto




Autor Paulo Tavarez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/9/2025 9:23:17 AM
Em vez de estudar filosofia, o homem deveria se preocupar em filosofar. Entrar em contato com o pensamento do outro é importante - provoca reflexões, contribui para o desenvolvimento mental e permite a expansão da nossa visão de mundo. No entanto, tudo isso precisa ser validado pela consciência; ou seja, é necessário transformar o conhecimento intelectual em verdadeiro saber.
O intelectual, muitas vezes, é apenas um crédulo - um mero devoto que sofreu algum tipo de doutrinação. Ele acredita no que foi escrito, no que foi dito, no que foi ensinado, e, com isso, transforma-se em um depósito de informações externas. Sem perceber, carrega os outros dentro de si e não distingue que saber é muito diferente de compreender.
Acumular conhecimento sem digeri-lo ou vivenciá-lo pode levar a uma forma sutil de alienação - um "saber emprestado", sem qualquer integração pessoal.
É preciso aplicar na própria vida, no laboratório da existência, todas as informações que surgem revestidas de teor elevado, para que o saber se transforme em experiência real. Decorar textos, conhecer teses, citar frases - tudo isso pode envernizar a personalidade, alimentar o ego e estimular a vaidade, mas pouco contribui para a verdadeira evolução do ser.
Devemos encontrar uma conexão entre as proposições filosóficas e o nosso próprio ser. Aquilo que se ensina precisa exercer um poder transformador em nossa alma, ajustar nossa percepção de mundo e, principalmente, motivar mudanças concretas em nosso comportamento.
Muitos escolhem o caminho direto, abdicando da inflação intelectual e mergulhando no silêncio do próprio ser. Criam intimidade com a voz interior, estabelecem um diálogo com o Eterno em si mesmos e recebem insights transformadores - isso é filosofar.
Filosofar é extrair leite de pedras; é buscar, na fonte da Vida, as respostas para todas as inquirições. O silêncio, talvez, ainda seja o maior filósofo de toda a natureza.
Por essa razão, defendo uma filosofia existencial, espiritual e experiencial, na qual o pensamento filosófico não apenas habita a mente, mas reverbera no ser.
Defendo a meditação como um caminho direto para a busca da Verdade - aquela que não pode ser contestada em processos dialéticos, aquela tese que não conhece antítese, aquilo que é o Real em nós. E isso, meu amigo, não pode ser explicado com palavras, nem produzido em livros. Isso precisa ser vivido.
Quem conhece a Verdade não sabe explicá-la. Faltam palavras, pois trata-se de um saber que está além da mente, além das codificações da linguagem - um conhecimento que só pode ser acessado através do despertar da nossa Verdadeira Natureza.
Vivemos em um tempo em que o conhecimento é abundante, mas a transformação interior é rara.
Termino o texto afirmando que é preciso fazer uma distinção central entre o saber discursivo (dual, relativo) e o saber experiencial (não-dual, absoluto).









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Paulo Tavarez Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsupp (só para mensagens): 11-94074-1972 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |