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Memória sentimental

Atualizado dia 11/10/2016 11:27:30 AM em Almas Gêmeas
por Andrea Pavlo


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Tenho uma teoria de que temos memórias diferentes, assim como temos inteligências diferentes. Algumas pessoas lembram de detalhe de um passado remoto, outras lembram detalhes do que aconteceu ontem. Você pode ter uma memória intelectual boa ou ruim, mas existe uma memória sensorial, assim como existe uma memória emocional ou sentimental.

A memória sentimental é guardar a sensação dos sentimentos e emoções que já experimentamos. Se você foi magoada em determinado ponto, pode ser que se lembre daquilo a cada vez que a situação se repetir. É o caso de alguém que já amou alguém e foi magoado pela pessoa. Todas as vezes que ele se aproximar de alguém que pode vir a amar, ou que ame de fato (porque isso não é muito do controle racional) tende a se esquivar ou fugir, munido da memória sentimental da situação anterior. Algumas pessoas são o oposto disto. Mesmo tendo sido magoadas por alguém, numa situação que é até bem clara às vezes, volta a cometer o mesmo erro. Volta a confiar como se nada tivesse acontecido, como se a memória emocional simplesmente não existisse.

As duas situações são perigosas porque geram sofrimento. Sofrimento por não amar mais ou não se entregar aos sentimentos. Ou sofrimentos por repetir os mesmos erros. Não estou falando somente de situações de parceiros ou casais, mas de todo tipo de relacionamento, principalmente as relações familiares. Já vi gente que não perdoa o pai, por exemplo, pela separação de anos atrás. Mas já vi gente que, mesmo tendo uma mãe abusiva, sempre volta a tentar um relacionamento, como se nada tivesse acontecido. O problema é não ter consciência disso.

Agora, como resolver o problema? Sendo seletiva nas suas memórias e tendo consciência disso. É um treino. Se você está acostumado a atrair sempre o mesmo tipo de relação afetiva, cuidado. Existe aí um padrão que, provavelmente, está vindo de questões mais profundas. A memória é a maneira que o nosso cérebro tem de conscientizar ou não as nossas questões. Se você colocar a mão no fogo, vai queimá-la e isso vai doer. Algumas pessoas nunca mais chegam perto de um fogão, outras se queimam vezes seguidas.

Precisamos da consciência das coisas. Entender porque repetimos o padrão. Por que ainda deixamos aquilo acontecer conosco? Possivelmente, como é uma memória emocional, está ligada às suas emoções. Às vezes o terrível medo de sofrer e não dar conta daquilo, mesmo que tenha "dado conta, muito bem, obrigada". Ou falsas esperanças de que aquilo vá mudar um dia, como num passe de mágica. Pessoas ruins vão continuar ruins, a menos que queiram uma mudança e isso não compete a você. E expor-se a essa situação é a mesma coisa que colocar a mão no fogo repetidas vezes, só para ver se queima.

É preciso que você tome uma decisão: ou se fortalece a ponto de não ligar ou abandona de vez. Por mais radical que isso possa parecer, parar de ter contato com pessoas que lhe fazem mal repetidas vezes pode ser a melhor maneira. Mas aí, é preciso ter a consciência do porquê disso.

Uma vez atendi um caso de relação abusiva. Uma jovem se relacionava com um homem que lhe humilhava repetidas vezes, mas ela nunca se lembrava disso, até a próxima briga. Ela resolveu então anotar as coisas ruins que a pessoa fazia a ela, num caderno. Assim, quando tivesse pena da pessoa, ou vontade de perdoar mais uma vez, teria um material para ajudá-la nisso. A memória emocional dela é curta. São pessoas mais intensas, que vivem as emoções até o final. Pessoas mais contidas emocionalmente costumam guardar mais e, sim, acabam por se protegerem porque não esquecem jamais. Mas tudo é equilíbrio. Não podemos nos deixar machucar e nem deixar de viver por causa do que os outros nos causaram ou causam.

A nossa vida é nossa responsabilidade. É nisso que precisamos nos focar. Ter alguém que a ajude a lembrar disso também pode ser útil, alguém que o lembre das coisas ruins que o outro já lhe fez. Mas, de qualquer maneira, conscientize-se e arme-se para que você possa se proteger de verdade. E não deixe de ser feliz por isso.

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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo   
Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa.
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