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Quando a injustiça fere sua alma

Atualizado dia 9/23/2021 11:01:13 PM em Almas Gêmeas
por Rosana Ferraz Chaves


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Estou num período de intensa purificação, por isso não tenho escrito muito ultimamente. Mudei minha alimentação, pratico meditação e yoga praticamente todos os dias e estou estudando muita coisa nova.

Magos estudam bastante e sempre e podem estudar qualquer coisa que eleve sua espiritualidade. O divino se mostra em várias faces, tolo é quem acredita que só existe verdade em apenas um caminho.

Uma das coisas que tenho estudado bastante é o Mahabharata, que um texto épico indiano que existe há mais de cinco mil anos, e entre muitas explicações, pode ser considerada como um resumo de uma civilização ou os caminhos que o ego pode percorrer, até atingir elevação.

No Mahabharata ocorre a grande batalha final de Kurukshetra, onde os Pândavas lutam contra Káuravas, para que seu reino seja devolvido.

Um dos capítulos mais pungentes e tristes, é quando o filho do grande guerreiro Arjuna é morto, numa cilada feita por outros seis guerreiros muito experientes.

Segundo o costume das guerras indianas da antiguidade, antes que a guerra comece, os dois lados devem conversar e estabelecer critérios, definindo quem luta com quem, o local da batalha, tipos de armas, o que pode e o que não pode ocorrer durante a batalha e uma série de outras coisas.

Nas guerras sempre foi definido que não se poderia atacar alguém pelas costas, porque atacar sem ser visto, é adharmico.

Durante um dos 18 dias de batalha, Abhimanyu o filho de Arjuna, sobrinho de Krishna combina, com os tios em invadir o lado inimigo. Ele sabia como entrar na formação de lótus, mas não sabia como sair.

Os tios dizem que não há problema, que assim que o jovem Abhimanyu entrar na formação inimiga, eles o seguirão e cobrirão suas costas.

Infelizmente isso não ocorre, porque os tios não conseguem penetrar no campo inimigo e Abhimanyu é morto da forma mais injusta e adhármica possível.

Ele é atacado justamente pelas costas e seis guerreiros muito experientes o atacam de uma só vez, sendo que o mentor da cilada é o querido mestre de Arjuna.

Enquanto isso, Arjuna e Krishna lutam longe dali e nem imaginam o que está ocorrendo.

Com certeza, Krishna sabia de tudo, mas não interferiu em nada. Krishna é a personificação do Dharma, então, por que ele não tentou impedir isso?

Essa passagem dramática mostra muito bem as batalhas as quais todos passamos em nossas vidas.

Quem nunca ajudou e confiou muito numa pessoa bem próxima, quer seja um amigo, parente, parceiro ou mestre e depois se viu traído?

Como foi que você se sentiu quando se esforçou por fazer tudo da melhor forma possível e mesmo assim foi atacado, sem chance de se defender?

E aí você se pergunta: Mas se existe Deus, então cadê Ele? Por que não impediu que isso ocorresse?

Outro dia eu estava lendo uma reportagem de uma pessoa famosa, que quando jovem estava estudando para ser padre e diante de tanta injustiça, perdeu sua fé em Deus, abandonou tudo e virou ateu. Essa pessoa fez as mesmas perguntas citadas acima.

Quem não as fez?

Também li um comentário numa rede social, de um rapaz que tinha sido assaltado e estava muito indignado, porque alguém disse que ele é que tinha atraído o assalto e portanto, o culpado pelo roubo era ele.

Quem nunca ouviu que o problema que você vê nos outros, é um espelho do problema que está em você?

Não foi Jesus que disse: “Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar a túnica”?

Será que isso mesmo? Mas afinal, o que significa tudo isso?

Antes que você tenha um ataque de nervos, peço que se acalme, respire fundo e comece a tentar entender o significado oculto, do aparente.

Já te passou pela cabeça que talvez o que esteja errado não é Deus e sim o Deus que você inventou para si? Talvez a sua versão do que vem a ser Deus é que precise ser atualizada.

A chave para o entendimento de tudo isso se chama Dharma, palavra pouco conhecida pelos ocidentais, que só se interessam pelo Karma e no final não entendem nem uma coisa e nem outra.

Resumindo, Karma é a lei de causa e efeito, é a colheita do que se plantou.

Dharma é a sustentação da verdade, do que é ético, do que eleva o espírito.

Estamos o tempo todo sob a ação dessas duas leis, então vamos entender na prática como elas funcionam.

Por que será que quando alguém tenta te prejudicar, mesmo você não merecendo, nada ocorre para impedir? É pela ação da lei do Dharma.

O Dharma ensina que para obter proteção, para estar dentro dessa lei, você precisa manter a sua verdade e a sua ética, mesmo quando tudo for contrário a você.

Se você está do lado do Dharma, é sinal de que seu oponente está contrário a ele, portanto, está sob efeito do karma.

Se alguma intervenção divina parasse a ação do seu oponente, então ele não seria pego pela lei do Karma.

Seria como se Deus estivesse protegendo a mão que aponta a faca.

Mas ao contrário, Deus protege para quem a faca é apontada.

Se uma pessoa está com uma intenção invasiva, é preciso que ela faça essa ação até o final, para que a lei do Karma entre em ação.

Se alguma coisa impedisse a ação do outro, o arbítrio não existiria, mas ele existe. Não é livre e sim condicionado, mesmo assim, nós sempre temos opções.

Por outro lado, o Dharma vai te proteger o tempo todo.

Preste atenção para as injustiças que ocorreram na sua vida. Perceba que logo após uma perda injusta, o que foi perdido voltou para você, de outra forma e muito melhor.

Quando você é traído por uma pessoa, logo em seguida aparece outra para ficar no lugar dessa. O universo nunca para.

Se sua perda não foi suprida, seja lá ela qual for, pode ser que o adhármico seja você. Reveja sua história.

O que nos incomoda nos outros, pode ser um lembrete para que não façamos igual, mas que provavelmente já fizemos em outras vidas.

A vida de hoje é a continuação da vida de ontem com perda de memória, mas todas os erros e aprendizados continuam conosco.

A Cabalá ensina que a justiça procura a injustiça em muitos mundos, lembra? Já falei sobre isso antes.

Todas as invasões nas nossas vidas, quer seja um roubo ou uma agressão de qualquer tipo, tem a ver com frequências.

Lembre-se sempre dessa frase: o invasor só o invade se você abrir a porta. O agressor só lhe agride quando você está na mesma frequência que ele.

O ladrão escolhe as vítimas por algum motivo e por algum critério. Nada é por acaso.

Os seres espirituais de baixa elevação só conseguem enxergar aqueles que estiverem na mesma frequência que eles, nem que seja por alguns segundos.

Qualquer clarividente já percebeu que existem seres andando ao nosso redor, o tempo todo, sem perceber que estamos perto deles. Eles só enxergam quem está na mesma frequência.

Dar a outra face ou oferecer a outra túnica, pode ser apenas uma metáfora que significa: Tanto faz! O que é meu, o que me foi divinamente destinado, ninguém tira.

Texto Revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves   
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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