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Questões espirituais sobre infidelidade

Atualizado dia 7/7/2006 12:47:20 PM em Almas Gêmeas
por Maria Silvia Orlovas


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Quanto mais vivo mais aprendo que amor não tem regras! Queremos colocar regras e limites em nossas ações e no coração e quanto mais desejamos fazê-lo, menos somos obedecidos neste intento. Claro que os limites de nossa liberdade são bem claros quanto a fazer ao outro aquilo que desejamos que os outros nos façam, o que significa viver tentando não ferir ninguém à nossa volta. Sim, por que pessoas que já têm alguma noção de vida espiritual sabem muito bem da lei do retorno, que a meu ver nada tem em comum com punição, mas com aprendizado. E quanto aprendemos todos os dias com o amor e com nossos relacionamentos!

Aprendemos sendo filhos, irmãos, amigos e amantes. E devo dizer que aqueles que são nossos objetos de amor também aprendem conosco. Porque não basta amar. Além de amar, nosso amor tem que dar certo! Tem que acontecer na hora certa. Deve ser verbalizado e colocado em prática. Amor platônico não funciona. Amor exagerado e explícito também não, se o outro não nos enxerga. O amor, assim como tudo nesta vida, tem que estar em sintonia. Mas qual é a sintonia do amor se não temos noção nem de qual é a nossa missão nesta vida? Sei que muitos desconfiam, inclusive, que não têm missão nenhuma. Acreditam que estamos aqui apenas para viver e tentam encontrar, nessa superficialidade, alguma alegria ou realização. Mas, ao encontrar alguém que realmente mexe com o coração, tudo se modifica e passamos a desejar muito que dê certo o encontro amoroso.

Muitas vezes ignorantes das regras do amor, ansiamos que o tempo passe trazendo logo a ficha completa do nosso escolhido ou escolhida. Queremos que os dias se transformem em anos para que já saibamos tudo do outro e não precisemos sofrer com as possíveis decepções que tanto já nos assombraram no passado. Queremos conhecer o outro para não sofrer, num desejo absurdo de controlar a vida. Ambição essa sempre cercada de desilusão.

Vanessa chegou até a mim por que tinha lido um dos meus livros e queria conhecer mais sobre os mestres ascensos. Como sabia que eu trabalhava com vidas passadas, gostaria de ver também uma questão relacionada à sua vida atual que lhe trazia muita perturbação. Ela era artista plástica tentando alcançar algum sucesso em sua escalada profissional e me confidenciou suas adversidades.

Ao começarmos nosso trabalho, apareceu uma vida em que ela sofreu quando se perdeu de seus pais numa guerra e como sobrevivente teve sérias dificuldades para se sustentar. Em seguida, apareceu numa vida como cigana na qual ela abriu mão do amor para continuar casada, pois na sua tribo o casamento era para sempre. Tudo isso veio cheio de detalhes interessantes que não cabe narrar neste texto. Ela se emocionou muito porque sempre se sentiu atraída pela dança e cultura ciganas, mas nunca foi atrás de aprender sobre isso.

Conversamos sobre seu momento atual e seus desafios como pintora. Falamos de liberdade, de viver profundamente suas crenças, pois ela confessou sua falta de coragem de se assumir como artista. Inclusive, não tinha confiança em expor suas obras com medo das críticas. O tempo todo eu sentia que ela tinha algo a mais para falar e até imaginava o que seria, mas deixei ir passando para dar tempo ao tempo. Já no final, quando ela estava para ir embora, juntou coragem e me perguntou se eu tinha visto alguém mais na vida daquela cigana. Expliquei que não havia ficado clara a existência de um outro homem, mas que isso seria bem razoável, tendo em vista o sofrimento das questões abordadas. E, aí, ela caiu em prantos... Fiquei vendo as lágrimas caírem e apenas esperei que ela se recompusesse, oferecendo lenços de papel.

Quando ela estava mais calma, comecei falando que os Mestres ensinam que o nosso maior compromisso nesta vida é para conosco. Expliquei que somos os atores principais em nossas vidas, sendo que tudo o que está à nossa volta é muito importante e que deve ser respeitado como o grande cenário. Enquanto eu falava, ela respirava fundo, parecendo absorver cada palavra, mas ainda cheia de dor me perguntou: “O que você acha de eu estar traindo meu marido?” Respondi com outra pergunta: “Você o ama?” Sim, porque se você não o ama, está também traindo a você mesma, o que é muito sério...

Você que está lendo pode imaginar como foi a nossa seqüência de reflexões... É claro que fizemos ponderações sobre a importância dos laços familiares, dos filhos, do dinheiro e das condições de vida, como casa, bens materiais que nos cercam no mundo objetivo e que não é fácil fazer uma escolha pautada na verdade interior, se o mundo objetivo é tão importante à nossa volta. Expliquei para aquela moça bonita, no auge dos seus 35 anos que temos a responsabilidade de cuidar da nossa felicidade, dos nossos sentimentos e da nossa manutenção da vida. Esclareci que a vida de abandono que apareceu no início de nossa sessão, provavelmente, estava conectada à sua postura atual, pois naquela ocasião, ela não sabia o que fazer, como hoje: continuava sem orientação interior.

Comentei que sou totalmente a favor do casamento, do amor cultivado e profundo entre duas pessoas e da fidelidade. Mas sou ainda mais a favor do amor pessoal, da verdade interior e do cultivo de nossa força de ação. Claro que cada um de nós deve procurar saber onde o sapato aperta, por que não há regras absolutas para a vida. Cada caso é um caso e cada um de nós está sujeito a lindas nuances em suas páginas de vida. Mas tenho certeza que um dia nós estaremos frente a frente com nossa consciência e, aí sim, seremos cobrados. Para quem, como eu, acredita no Deus interior, o karma, antes de nos ligar ao outro, aos sucessos e insucessos da vida, está ligado à nossa ação e às nossas virtudes para conosco.

Vanessa queria muito dar certo como artista plástica e aproveitei a idéia para convidá-la a pensar melhor sobre o que estava escolhendo usar como elementos importantes no quadro de sua vida. Traição começa no pensamento e mesmo nunca tendo saído de lá, já nos traímos terrivelmente quando não fomos atrás da realização dos nossos sonhos.
Desejei a ela que daqui para frente conseguisse ser fiel a si mesma e que não se deixasse aprisionar por aquilo que os outros pensam. Era suficiente analisar o que ela mesma pensava, pois dentro de nós sempre temos o bem e o mal vibrando. A escolha está em observar quais dessas duas energias alimentamos em nossas vidas.

É claro, leitor, que não estou em posição de sugerir que, se você algum dia cometeu uma infidelidade, deveria terminar seu casamento. Ou mesmo que deveria se manter infiel, se as circunstâncias que o cercam, impedem ou dificultam que os laços sejam desatados. Mas a reflexão e a decisão sobre o que fazer, mesmo que para um futuro ainda distante, são fundamentais...

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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