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Sintonia infantil: a dor na regressão!

Atualizado dia 10/19/2015 11:14:09 AM em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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Na maioria das pessoas, as lembranças infantis de situações traumáticas simplesmente se apagam da memória, porém, mantém-se latentes, escondidas no labirinto da inconsciência à espera de uma oportunidade de se revelarem à luz da consciência.

Nesta direção, a regressão de memória, que leva a pessoa a um estado alterado de consciência, é uma excelente ferramenta de desbloqueio e decorrente liberação das memórias que se encontravam "enclausuradas" na latência cerebral, propiciando ao processo psicoterapêutico importantes informações para que o terapeuta consiga conectar com as informações registradas nas sessões anteriores à sessão regressiva.

A técnica regressiva, utilizada durante a psicoterapia, agiliza e abrevia o processo, além de propiciar à pessoa que passa pela experiência, acréscimo no sentido do autoconhecimento, à medida que as interpretações (terapeuta) associadas às elaborações (paciente), sintetizam informações e qualificam o objetivo da ação terapêutica, que é conscientizar a pessoa da origem de seu problema para que ocorra uma alteração de seu modelo emocional-comportamental.

O caso que abordaremos é apenas um exemplo recente de como a dor psíquica (trauma) se mantém ativa no inconsciente, uma vez que a sua energia é geradora de desequilíbrios psíquico-espirituais que podem interferir no discernimento e na saúde da pessoa. É o que veremos a seguir.

Fátima, uma mulher carioca, negra, com formação superior e portadora de uma privilegiada capacidade intelectual, alimentava um sentimento de insatisfação com a vida. Direcionava a sua queixa para a área profissional e a área afetiva, nas quais havia associado algumas experiências recentes que a frustraram. Fatos que potencializaram o seu problema.
Nas primeiras consultas, associando livremente os seus pensamentos, Fátima apresenta dificuldades em recordar fatos de sua infância que eram associados às figuras parentais. Geralmente, as lembranças relacionavam-se aos aspectos positivos de sua experiência relacional com os pais biológicos, sendo que os aspectos negativos não eram verbalizados. Por exemplo: não tinha lembranças de violência física apesar de ter pai e mãe como estimuladores nos estudos mas ausentes afetivamente.
Com as informações registradas na consulta avaliativa e nas sessões de psicoterapia, encaminhamos a regressão de memória no sentido de associarmos mais dados para uma possível conexão de informações.
No início, Fátima sente-se envolvida por uma sensação de angústia e medo. Parece travada. Mantém-se silenciosa e imóvel. Aos poucos, porém, começa a movimentar o corpo, principalmente braços no sentido da proteção. Emociona-se, agita-se, vai à catarse e diz que está sendo surrada pela mãe. Vira de lado, acalma-se e fica em posição fetal por alguns minutos. Após, fica novamente em decúbito dorsal, imóvel e silenciosa.
Na sequência regressiva, Fátima começa a gesticular e apontar a mão na direção de sua avó paterna, que se mantém passiva e indiferente à cena. Seus pais discutem, e ela assim como a sua avó, flagraram a cena que gerou a briga do casal, ou seja, a traição de seu pai em ambiente doméstico. Diz sentir muita angústia, medo e confusão, pois não consegue entender o que está acontecendo. Pergunto que idade ela tem. Ela responde: "Mal consigo caminhar". Fica como pano de fundo desta cena de traição, a sua frase dirigida à avó paterna em forma de questionamento: "E aí vó, você não vai fazer nada?"

COMENTÁRIO
Fátima é o resultado de uma relação afetivamente pobre com os seus pais biológicos, cuja referência afetiva principal era a avó paterna, que na sua percepção infantil, foi conivente com a traição do filho, ao adotar uma atitude omissa em relação ao fato. Indignação-raiva que se manteve latente até aquele momento regressivo, quando teve a oportunidade de questionar, gesticular, cobrar e liberar o seu sentimento reprimido que a chocou quando era uma criança que mal conseguia andar.

Portanto, dois fatos históricos, revivenciados na experiência regressiva de Fátima, serviram como veículos de informação para que ela elabore o que é necessário no caminho da autocura, ou seja, fatos que eram protegidos pelo seu psiquismo, mas que se revelaram à luz da consciência através da regressão de memória.
Acontecimentos que contribuíram significativamente para que Fátima alimentasse as suas neuroses transformadas em sentimentos de frustração e incapacidade para a vida, que revelaram em seus bastidores, a autossabotagem por não se considerar merecedora de uma vida rica de possibilidades e realizações.
Nesta lógica, a regressão, ao ter "tocado" numa ferida psíquica e provocado dor, provocou também alívio ao cortar a sintonia infantil que a mantinha conectada emocionalmente a um fato traumático do passado.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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