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Netuno Retrógrado - AMOR, ILUSÃO E ESPIRITUALIDADE

Atualizado dia 6/15/2017 3:04:02 AM em Astrologia
por Fabrizio Ranzolin


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Netuno ou Poseidon, o senhor dos mares, fica nestes dias 15 e 16 estacionário para depois dia 17 iniciar sua marcha retrógrada em grau de regência Lunar. Basicamente o movimento retrógrado existe devido a que os planetas realizam a volta em torno da estrela central do sistema solar, o Sol, e mais especificamente, o fenômeno retrógrado deve-se a diferença das órbitas, ou, do caminho de cada planeta no sistema.
Assim, o movimento retrógrado nos coloca de frente com experiências que nos evidenciam questões a fim de rever o que necessita de esclarecimento ou revisão diante da luz fundamental do ser, da origem da existência, a alma, uma das necessidades principais de Netuno: o encontro com a alma. Nesse movimento de planetas Netuno se une a Saturno e Plutão também retrógrados, nessa marca de um tempo em que o subjetivo é tão ou mais poderoso e influente na realidade do que o objetivo.
Realidade? Realidade é um ponto de vista ou, mais especificamente, uma forma exclusiva e inteiramente individual de perceber o mundo. Netuno “aquele que permite que a alma deixe o corpo” aprofunda a experiência do oculto ou inconsciente na forma como vivemos a realidade coletiva do mundo. Mais do que isso, modifica a tônica das experiências a partir da perspectiva do mundo interior.
Se a realidade é somente um ponto de vista o “clima” mental/emocional, e o espiritual, ditam a qualidade da realidade experimentada. Se para um indivíduo espiritual uma simples visão muito específica do dia possa ser incrível, mágica, transcendental e única, para o materialista é nada demais, mais um dia, simples repetição e aborrecimento, tudo depende da alma de quem experiência. Há frestas de universos mágicos pelo mundo onde andamos, mas somente poucos “netunianos” conseguem ver, perceber, ou mais especificamente, sentir e viver. São os poetas, os escritores, os músicos, pintores etc, são os artistas, que tentam trazer ao mundo suas visões universais além mundo.
Com Netuno, Plutão e Saturno retrógrados a força do que poderia ser mas não é, esse poder incomensurável das possibilidades mágicas ou trágicas, mede energia no jogo de braço entre a realidade concreta e expectativa sonhadora. A película que separa mundos sofre grande deformação pela pressão de Netuno, de um lado temos o universo que sentimos, os sentimentos que formam mundos interiores completos, e do outro as leis práticas do mundo de terceira dimensão, que não dão mais conta de acomodar a realidade subjetiva do coletivo.
Como em um hospício sem muros (Netuno e Peixes) os mais loucos são os sérios que pensam que são os únicos normais da parada, e acreditam piamente que o conceito frágil de normalidade realmente existe no mundo. O mundo está cada vez mais insano nestes tempos, as medidas atuais dos valores humanos evidenciam cada vez mais essa sensação. As leis da vida, da compaixão, do sofrimento, da morte e do amor estão exercendo grande pressão para modificar as estruturas do mundo material tão limitado, obsoleto e desumano. Saturno Sagitário retrógrado joga o raio de que se não faz sentido esse algo ou experiência não se inclui mais na jornada. Também há o perigo de que, entre tantos mundos subjetivos de sentimentos e fantasias, especialmente as mentes prisioneiras, manipuláveis pelas forças involutivas, tentem destruir a realidade com finalidade de controle através do medo, como a violência e o terrorismo.

No entanto, o efeito disso, no seu processo final, é exatamente o oposto. Pois é nas grandes tragédias que as pessoas realmente deixam seus afazeres egoístas e partem em auxílio do outro. O sofrimento desperta, através da compaixão, a união e o espírito altruísta natural que existe nas pessoas. Basta estar em uma comunidade afetada por um tornado ou enchente, depois que a tragédia passa, as pessoas se unem de forma linda para reconstruirem suas vidas. E tudo, literalmente tudo, passa. Tudo o que existe irá deixar de existir, sejam as pessoas, a realidade atual ou o mundo. A lei budista da impermanência é á única lei permanente. Se você já esteve diante da morte, ou acompanhou alguém que muito amava morrer, teve a oportunidade ímpar de perceber o poder da finitude, e também, pode sentir o poder do amor, pois somente o amor fica em nossa alma quando tudo o mais se vai. Netuno também representa a qualidade amorosa superior da experiência, aquele sentimento de que, para sermos maiores, temos que nos entregar, de corpo, coração e alma, para nos fundirmos com algo ou alguém que possa nos projetar no todo universal.
Cada ser com a qual nos relacionamos é uma porta para o todo. Somente quando abrirmos mão do que somos é que podemos nos fundir no todo maior. Se a fonte da vida é um oceano, e cada um de nós é uma gota do mesmo oceano, é Poseidon, o senhor dos mares, aquele que nos liberta e nos carrega até a fonte.

A espiritualidade verdadeira é exatamente a conexão com a alma, expressa na relação mais profunda e poderosa de nossa existência, a relação que temos conosco mesmos ao longo da vida, com o nosso ser interior. Muitos estão presos em suas expectativas, fantasias, sonhos e desejos, tão empenhando em lutar como loucos para satisfazer essas fantasias, ficam presos em um mundo ilusório. Esse estado hipnótico pode ser quebrado de diversas formas, ou experiências, tanto positivas como negativas, mas, na maior parte das vezes, é preciso um choque para que possamos realmente acordar. Plutão é a representação do choque da destruição,
Netuno, a pressão da alma na necessidade de experienciar seu caminho verdadeiro, e Saturno é “o construtor de universos”. Muito comum na astrologia, escutarmos o principal conceito relativo a Netuno, a famosa palavra desilusão. “Desiludir” significa sair do estado de ilusão, perceber o que é real e verdadeiro, dar-se conta da realidade, abrir os olhos para uma realidade infinitamente maior do que a pequena prisão da experiência ilusória passageira. O processo de desilusão também pode trazer algo muito poderoso, a essência da espiritualidade, que é o estado de liberdade. É o romper de um casulo, onde podemos nos libertar dos limites estreitos, abrir as asas e voar, como as borboletas...
 

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Conteúdo desenvolvido por: Fabrizio Ranzolin   
Fabrizio Ranzolin é astrólogo, escritor e professor em cursos holísticos alternativos. Membro CNA Astrologia do Brasil. Ativista ambiental na preservação da natureza.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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