O direito de nascer (e renascer)




Autor Andrea Pavlo
Assunto AutoajudaAtualizado em 5/22/2025 4:37:59 PM
Você se lembra do se parto? Aquela primeira respiração, aquele ar todo e todos aqueles estímulos de uma vez só? O mundo era tão gigantesco, as vozes eram tão altas e os sons... você chorou por meses depois daquilo, lembra? Não sabia se tinha ou não gostado, não enxergava nada direito, apenas seguia em frente sendo alimentado e aquecido e torcendo para dar tudo certo? Pois é, nem eu. E se você se lembra desse seu primeiro parto, parabéns, você é estranho!
Mas e dos outros partos? Aqueles que você viveu a sua vida toda? O parto do primeiro dia de escola, com todos aqueles estímulos, as vozes, os sons tão altos. E o parto dos primeiros dias de faculdade? O primeiro beijo? Todo aquele estímulo em lugares ainda pouco explorados, as vozes, chorar por meses... pois é, no final, é sempre uma repetição.
Quantas vezes renascemos? Quantas vezes acabamos e recomeçamos como um jogo de vídeo game com vidas infinitas dentro de uma maior e finita. Um dia o jogo acaba, é verdade, mas até lá, quantas vidas - não são só os gatos - podemos ter? Quantas vezes nos jogam do caminhão de mudança, quebram o nosso coração, perdemos o emprego para depois de algum tempo, de ter passado meses chorando, renascermos? Recomeçarmos! Que coisa mais linda.
Desconfio que o nosso medo da morte é só por não termos muita certeza do que vem depois, mas no fundo termos uma sensação clara de que já passamos por aquilo alguma vezes. Quando nosso pequeno corpo recém conquistado chega a esse mundo é um misto de tantas emoções. E é tão difícil, meu Deus, como é dolorido. Dói fisicamente, doem o coração e a mente. É tanta coisa para assimilar, é tão complexo. Sabemos que a outra grande mudança inconsciente que temos é a própria morte, então nos assustamos. Mas no final das contas, não é nada de diferente do que temos ao longo da nossa vida.
Na minha mandala de tarot desse mês ela veio, a morte bem na casa central, me trazendo uma série de mudanças. Mudanças não por fora, essas eu tenho passado bastante nos últimos dois anos, mas por dentro. Aquele momento em que as certezas assentam e, mesmo assim, já está na hora da próxima. Mais um parto. Mais um medinho, aquele frio na barriga, mais uma vez que as coisas ficarão bagunçadas, cheias de estímulos, com vozes muito altas, cheias de luzes esquisitas. E mais uma vez para ficar no escuro por um tempo até os olhos se acostumarem.
E pode vir, estou bem da pronta. O que não nos faltam são partos e mais partos. Recomeços e mais recomeços. Que delícia ter o tempo e a maturidade de viver isso na prática. Na teoria e na profundeza de nós mesmos. E sim, reencontramos partes nossas esquecidas no caminho e é maravilhoso e delicioso. E que bom que temos esse direito. O direito de nascer e renascer.









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Andrea Pavlo Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoajuda clicando aqui. |