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Órfãos de Pais Vivos

Atualizado dia 9/29/2014 11:33:58 PM em Autoajuda
por Aline Elisângela Schulz


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Como assim: Órfãos de pais vivos? Pois é... Vivemos em um geração que, se pudesse escolher, optaria em ter no seu dia 36 horas, em vez de 24h. Se pudesse, nem dormiria, de tantos afazeres que possui. Corremos atrás do tempo, tentamos manipular ou chantageá-lo e quando vemos que não conseguimos, nos tornamos seu inimigo abertamente.

Fazemos muito mal a nós mesmos quando nos impomos um estilo de vida estressado, onde a alimentação correta inexiste, dormimos pouco, estamos sempre sem tempo... Porém, se não bastasse, no meio disso estão nossos filhos... Literalmente atirados às babás, nas escolinhas ou sob a tutela da escola possuem sua educação terceirizada. Tendem a encontrar seus pais, somente à noite, e pouco ou nada em comum tem para conversar.

Trata-se dos órfãos de pais vivos. Pais que estão vivos, mas ausentes na educação de seus filhos. Pais que estão encarnados no seu papel dentro do trabalho, mas não na sua função de pai e mãe. O tempo, que é seu inimigo, tem em si um grande aliado para lhe tirar a sua atenção: seus filhos.

Filhos são mais um resultado da cobrança da sociedade em gerar sucessores do que frutos conscientes de amor. Quando digo conscientes, falo da percepção do que implica em ser pai e ser mãe.

Implica em aceitar uma série de mudanças que a maternidade e a paternidade exige. Observa-se uma visão muito romântica em relação a ter a sua prole, porém, na prática do seu dia a dia, é desgastante, muitas vezes frustrante, exige dedicação do casal, cooperação, trabalho em equipe. E, nem sempre é o que acontece.

Alguns casais são dois estranhos convivendo sob o mesmo teto. Muitos buscam o objetivo comum da ascensão social e financeira, mas pouco se percebe neles o aprofundar dos seus laços emocionais. Nesse meio, geram crianças, muito mais movidos pelos amigos que já tem filhos (para não ficarem para trás), pela família que lhe cobra (gerar descentes), pela sociedade que acha esquisito não ter filhos (onde já se viu não tê-los)...

Os motivos para decidirem ser pais são muitos, alguns são até por “acidente”, mas o fato é que essas crianças anseiam por amor, precisam de amparo, se sentirem queridas, necessitam de dedicação, de paciência, de tolerância, de vontade e, de tempo. Sim, o nosso tempo. Tempo para olhar olho no olho, para estimular ela, para fazer sua mamadeira ou papinhas, para mostrar o que é ou não certo, ensinar ela a amar a partir do seu primeiro exemplo: os pais.

Cada vez mais vemos notícias de adolescentes envolvidos em drogas, em assaltos, em gangues, em assassinatos, em meio a muitos casos de violência, em situações de abuso de poder, sem medo da morte. São crianças que necessitam dos seus pais. São órfãos de pais vivos. Pais ausentes da sua criação. Pais que optaram em trabalhar ao invés de ir à escola na sua apresentação dos dias dos pais, das mães... Pais, que não participaram da sua descoberta da vida, não perceberam suas dificuldades na escola, com colegas de turma. Sequer sabem quem são seus amigos, quem são os pais deles... São crianças criadas por pessoas que não são da sua família, sem vínculo algum com quem deveriam ter.

Nunca se viveu em um tempo onde tanto se negligenciou consigo, com o outro e agora, colhe-se o resultado disso na geração dos órfãos de pais vivos. Quando essas crianças, agora adolescentes e adultos manifestam problemas, quando não conseguem sair da casa dos pais, serem independentes, quando fazem qualquer coisa para serem aceitos em um gangue de escola é um sinal que grita pedindo: por favor, prestem atenção em mim, me dê limites, diga que me ama, diga que sou mais importante do que seu trabalho, diga que sou importante na sua vida!

Esse texto é um pedido de socorro de todos os adolescentes, de todas as crianças, de todos os adultos que atendo e atenderei em consultório que são órfãos de pais vivos. Está na hora de assumir sua responsabilidade. Se você é pai, se você é mãe, cumpra o seu papel: eduque seus filhos, dedique-lhes seu tempo, ensine o que é amar... Trata-se de virtudes e valores que não há como medir seus resultados em um futuro próximo, porém, pode determinar a sua entrada ou não no mundo das drogas, na necessidade de aprovação de um grupo de amigos na escola, sua vida ou morte precoce.

Ser pai e mãe não é um esporte de final de semana, é algo sério e profundo e exige muito mais do que somente pagar as contas, vesti-lo, alimentá-lo ou pagar uma boa escola. Estamos falando de um ser humano, assim, como você. Invista no seu filho(a). Ele(a) vale a pena. Pare de terceirizar a educação dele, assuma seu papel, principalmente se você optou em ser mãe e pai. E, mesmo aqueles que se tornaram pais “acidentalmente”, sabiam das possíveis consequências do que estavam fazendo naquele momento...
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Conteúdo desenvolvido por: Aline Elisângela Schulz   
Profª Luz da Serra, Terapeuta Holística (Formadora de novos Terapeutas Holísticos), Ministrante do Curso Psicoterapia Reencarnacionista (Regressão Terapêutica), atua com Astrologia em atendimentos individuais e Curso de Formação Livre, canalizadora do INÉDITO Curso EaD (breve livro) Acordos Espirituais, Mestre: Reiki, Karuna Reiki MT e Seichim.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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