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Um relacionamento tóxico pode causar abstinência?

Atualizado dia 6/2/2016 9:50:32 AM em Autoajuda
por Ana Carolina Reis


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É comum numa pessoa que passa por um relacionamento tóxico marcado por agressões verbais, psicológicas e até físicas, passar por um período que poderia ser chamado de “abstinência”, quando busca se afastar deste que lhe faz algum mal. Seu objetivo geralmente é se afastar e se libertar para sempre dessa pessoa, porém, isso acontece apenas no nível racional. Emocionalmente, ainda há um elo que precisa ser cortado definitivamente, para que ambos possam levar suas vidas e encontrar meios mais saudáveis para se relacionar.

Nem todo mundo que vive um relacionamento tóxico passa por isso, depende muito de sua história de vida, sua personalidade... Vários fatores que entram compondo este cenário. Contudo, uma coisa é certa em todos os casos: nem sempre a ruptura é fácil. Seja pela “vítima” que busca se livrar desse modo de funcionar um pouco masoquista, seja pelo “agressor” – que ao seu jeito, também irá perder o seu “combustível/alimento” e também o meio para canalizar sua raiva/frustração.

Ambos sofrem no processo, cada um à sua maneira, mas nada se compara à “vítima” – aquela do casal que sofre mais as intempéries emocionais do outro. Refiro-me à vítima com aspas pois nunca há somente um culpado/responsável pela situação. A pessoa que sofre da vilania tóxica do outro também precisa reconhecer o quê em si mesma e o porquê de atrair esse tipo de relação. Afinal, as moscas são atraídas geralmente pelo lixo...

Qual o lixo em você que atraiu esse tipo de situação? Será que foi sua baixa-autoestima? Ou a carência, nossa velha amiga, junto o sentimento de não querer ficar sozinha com suas dores? Gostar da outra pessoa e não ponderar ou levar em conta que certas atitudes suas não condizem com o bem e o amor? Sem usar a razão, o discernimento?

É esse nosso lixo que nos dá a sensação de abstinência, na verdade, porque quando a “parte boa” do relacionamento (que por pior que seja, sempre tem seus pequenos prazeres) se vai, o que sobra é apenas a visão da nossa lixeira interna com nosso “chorume” a ser tratado. O que dá uma sensação de náusea e vontade de sair correndo, de chorar, se esconder e não querer lidar com tamanha quantidade de dor e sofrimento – acumulada talvez por anos a fio!

Por que nos permitimos tanto sofrimento? Porque esse relacionamento por pior que seja ainda nos traz algum beneficiozinho (por menor que seja, quase minúsculo às vezes ou anulado pelas ações pérfidas de sofrimento gratuito da outra pessoa). Esse benefício-secundário, conhecido nas práticas terapêuticas, remete à ideia do que podemos estar ganhando com isso, como um ponto extra, algo que compensa tamanha dor (muito maior do que aquele pequeno momento de prazer e pseudo-alegria).

Vejamos, se não estou pronta (e com coragem!) para admitir minha lixeirinha interna e olhar aberta e sinceramente para tudo de ruim que acumulei dentro de mim e que me torna um alvo fácil dessas “moscas-parasitas” dificilmente irei me curar desse padrão. O mais comum é eu me livrar dessas moscas e logo arrumar outras “varejeiras sanguessugas”, até que algum dia eu me canse desse padrão (de uma vez por todas) e resolva encarar o que EM MIM precisa de fato ser mudado/transformado.

Não posso mudar os outros, não posso transformar o mundo, não tenho esse poder. Mas posso mudar a mim mesmo, posso limpar/esvaziar minha lixeira, fazer uns “remendos” internos, consertos... Posso me limpar, me curar e trocar minha lixeira por um belo vaso e plantar flores bem cheirosas... Quem sabe assim não atraio abelhinhas e borboletas para virem me alegrar? Beija-flores para virem beber do meu néctar? Estarei tão deslumbrante que nenhuma mosca terá vontade de chegar perto de mim...

É assim que de fato a cura acontece: é sempre de dentro para fora e não o contrário. Nunca somos vítimas de nada. Somos responsáveis por criar e moldar o nosso destino, por meio de nossos pensamentos, palavras e atos. Podemos viver um mundo de arco-íris, de beleza e amor ou um mundo de trevas, solidão e tristeza...

Só depende de nós, sempre, a atitude necessária de querermos nos transformar verdadeiramente e nos tornarmos escritores de nossa própria história. Com um belo final feliz, é claro! :)

Amém!

Aurora

www.espacopachamama.com

 

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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis    
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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