A atenção espontânea




Autor Bernardino Nilton Nascimento
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/20/2010 4:30:42 PM
É na atenção espontânea que achamos a inteligência para reter ou eliminar os fenômenos dos pensamentos inoportunos da mente.
Encontramos a atenção na memória, nos hábitos e nas associações das idéias. A atenção é um fator essencial de todos os fatos e de todas as operações psicológicas. Por uma forma inferior e quase inconsciente da atenção, pode-se pensar que o curso contínuo da consciência se diferencia e se recorta em estados distintos. Cada um destes estados parece, efetivamente, distinguir-se dos outros, pelo interesse prático que apresenta e pela atitude de nossos pensamentos. Atitudes que seduz a verdade e cria a lógica, que nos faz evoluir progressivamente, a partir da propriedade dos nossos sentimentos nobres.
Uma discórdia prévia é uma condição necessária da integração e das leis da associação. É preciso que a consciência tenha o poder de distinguir e de notar, no fluxo contínuo que apresenta certa circunstância, certos momentos da vida, que se fixe, de uma maneira que, se isolando do resto, lhes dê uma existência independente.
A atenção é melindrosa. Simples fixação espontânea de fenômenos sob a forma mais elementar. Ela aparece, em certos casos excepcionais, extremamente aumentada e poderosa. A surpresa, a atenção espontânea, a atenção voluntária, a meditação, são reflexões feitas como métodos de atenção inabalável.
As condições objetivas da atenção são analisadas por si mesma. Ela traz a Inteligência, se analisarmos casos de atenção bem determinados e largamente sustentados, o que aumenta, de certo modo, as condições triviais e nos permite percebê-las melhor.
Na atenção espontânea reside um estado de surpresa ou de admiração que é apenas uma expansão particular. Dos estados já marcados pela atenção e que ocorrem na consciência, um, em particular, se destaca, em consequência do interesse que nos desperta. Esse estado novo brota como um gigante na vida consciente do momento presente. Possui causas efetivas muito fortes, visto que nos causam, às vezes, a ilusão, o espanto e o terror. As condições psicológicas deste estado são as da atenção exagerada.
Quando a atenção voluntária se produz por um esforço consciente, nasce sob a pressão das necessidades e com o progresso da inteligência. É um dispositivo de aperfeiçoamento e um estado da concentração com seu próprio eu.
É, sobretudo, com a atenção, que os espíritos tentam nos mostrar, na consciência, uma força específica. Efetivamente, pela reflexão, a atenção nos parece ser “a concentração voluntária dos espíritos sobre nós, que damos passos importantes rumo à evolução”. Quando queremos prestar atenção em alguma coisa, dirigimos, por assim dizer, toda nossa energia para determinado ponto. Embora, em certos casos, por uma espécie de alucinação biológica da atenção, nos distraímos e, sem perceber, fazemos nosso corpo obedecer às nossas vontades, como um dócil instrumento.
Vamos, assim, ao encontro das representações novas, com todas as nossas tendências (nosso caráter, nossos gostos, nossa espiritualidade, nossos sentimentos) e, sobretudo, com as inquietações específicas da hora presente. Adaptando-nos ao real, adaptamo-nos à nossa origem espiritual.
BNN
Texto revisado
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