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Cleópatra e o direito da mulher no Egito

Atualizado dia 2/5/2018 7:26:14 PM em Autoconhecimento
por Linda Ostjen


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Sedutora, traidora, ardilosa, assassina… Os mitos e lendas em torno de Cleópatra, a rainha que governou o Egito durante 22 anos, são inúmeros.
Fato é que muito se fala e pouco se sabe, de fato, sobre a história verdadeira de Cleópatra. Nascida em 69 a.C., a rainha era, na verdade, orgulhosamente macedônia: seu nome significa “glória de sua pátria” em grego.
Relatos sobre seus relacionamentos com imperadores romanos (ela teve um filho com Júlio César e três com Marco Antônio) e versões hollywoodianas à parte, segundo a escritora Stacy Schiff, autora de Cleópatra (Editora Zahar, 2010), Cleópatra permanece até hoje uma polêmica porque se viu em um dos cruzamentos mais perigosos da história: o cruzamento entre mulheres e poder. Entenda por que:

Sua maior arma de sedução era, na verdade, a simpatia
O maior poder de sedução de Cleópatra estava, provavelmente, no “conhecimento de como se fazer agradável a todos”, conforme conta Schiff. Estima-se que ela podia ler em dez ou 12 línguas e conduzir seus encontros diplomáticos na língua de seus interlocutores.

E a inteligência
Ela era, aliás, uma erudita, e foi educada para o trono desde criança. A lendária biblioteca de Alexandria e o museu eram literalmente seu quintal, e ela era capaz de recitar de cor partes da Ilíada e da Odisseia, de Homero. Aos 13 ou 14 anos, formou-se no estudo de retórica e aprendeu a organizar seus pensamentos com precisão e a expressá-los com elegância —  sabia exatamente quando respirar, fazer pausas, gesticular, subir ou baixar a voz.

Ela bolou um plano engenhoso para voltar ao trono
Aos 21 anos, órfã, Cleópatra foi banida do Egito por seu irmão de 13 anos, Ptolomeu, com quem herdou o trono do reino, o qual deveriam governar juntos como marido e mulher.
Foi Júlio César que exigiu que os irmãos fizessem as pazes, pois um Egito estável era muito mais interessante para o Império Romano, especialmente quando havia dívidas importantes a serem pagas.
Mas Ptolomeu não fez o menor esforço para facilitar a volta de Cleópatra ao reino, muito menos deu ordens para que seu exército liberasse a passagem da rainha.
Para conseguir entrar em Alexandria e se encontrar com Júlio César, Cleópatra bolou um plano ardiloso, navegou pelo Nilo por oito dias e entrou no palácio escondida em um saco de estopa ou couro — ao contrário do que contam as lendas, é pouco provável que ela tenha aparecido em um vestido majestoso em frente a ele.

Ela e Júlio César se uniram primeiro para sobreviver
Mais do que por sedução, Cleópatra pode conquistado Júlio César por causa da insatisfação dele com Ptolomeu, que matou Pompeu, outro general romano.
Ao mesmo tempo, ele não parecia confiar nos conselheiros de Ptolomeu em relação aos acertos de questões financeiras.
Nos meses seguintes, ele e a rainha foram cercados pelas tropas de Ptolomeu e aí, sim, se aproximaram.
Ela engravidou um pouco depois.

Cleópatra cresceu em uma sociedade que valorizava a mulher
Cleópatra não agia dessa forma por rebeldia: ela teve os modelos de papel feminino mais poderosos do que qualquer outra rainha na história.
No Egito, as mulheres tinham direito de fazer seus próprios casamentos e possuíam liberdades sem precedentes no mundo antigo: herdavam igualmente, possuíam propriedades, não eram submetidas ao controle dos maridos, podiam se divorciar e exigir sustento depois de um divórcio, e a lei ficava ao lado da esposa e dos filhos se um marido agia contra seus interesses.
Não é de surpreender que alguém como Cleópatra, habituada a tal cultura, fosse vista como “promíscua” ou “perigosa” em sociedades mais conservadoras.
 
Fonte: Revista galileu.com
 
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Conteúdo desenvolvido por: Linda Ostjen   
Linda Ostjen, Advogada, licenciada em Letras pela PUC/RS, bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da PUCRS, especialização em Direito Civil pela UFRGS e Direito de Família e Sucessões pela Universidade Luterana (ULBRA/RS), Mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade Luterana (ULBRA/RS). Juíza não togada na Comarca de Viamão.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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