Obrigado, Papai...
Atualizado dia 8/10/2006 10:46:24 AM em Autoconhecimentopor Alberto Carlos Gomes Lomba
Belas palavras pronunciadas em recente palestra. Voltando para casa minha mente buscou, no passado, as sábias palavras do meu pai: “Vê lá, menino... Nunca se apaixone depois dos 60!”.
Como os 60 anos pareciam estar numa outra vida e estava no clímax da juventude, nem dei bola para o assunto achando que o “velho” estava extrapolando alguma desilusão amorosa de sua juventude pois, aos 61 anos não tínhamos conhecimento de nenhum caso extraconjugal dele e a vida de meus pais parecia um mar de rosas. Porém, a vida ensina. Não tinha 60 anos, mas 50, e quando ela olhou para mim e disse “estou te amando”... desde aquele momento a minha paz começou a trilhar os caminhos da insensatez por longos e tenebrosos cinco anos.
Na idade madura ficamos mais suscetíveis a qualquer palavra mal colocada. No início, tudo nela era lindo e maravilhoso. Desde seu sorriso até seus barracos ciumentos. De uma coisa estou certo: no mundo atual não há amor que resista muito tempo. Logo vem o dia-a-dia, a chatice de cada um. Enfim, o rosa caminha para a tonalidade mais escura que pode chegar ao preto da separação, deixando tudo devastado.
Não sei o que teria acontecido na vida amorosa do meu pai para que ele me desse uma informação que hoje tenho plena certeza de ser verdadeira.
Obrigado, papai...
Texto revisado por Cris
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