A ARQUITETA DO TEMPO: COMO A CONSCIÊNCIA ORQUESTRA A REALIDADE NO ETERNO AGORA

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Autor Dalton Campos Roque

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 03/09/2025 13:30:04



Desde que erguemos os olhos para o céu e medimos as sombras no chão, a humanidade tem sido obcecada pelo tempo. Nós o vemos como um rio implacável, que nos carrega de um passado imutável para um futuro incerto. Mas e se essa percepção for a maior de todas as ilusões? E se o tempo não for uma força externa que nos governa, mas uma ferramenta interna que utilizamos? Este artigo propõe uma jornada audaciosa através dos paradigmas da física clássica, da estranheza quântica e da profundidade da consciência para desvendar uma verdade radical: a de que o tempo é, em sua essência, uma forma da consciência organizar experiências. Não estamos à deriva no rio do tempo; nós somos a própria arquiteta que projeta seu curso a cada instante.

O Palco Clássico: A Ilusão da Linearidade

No grande teatro da física clássica, o universo é um mecanismo de relógio previsível e ordenado. O tempo, segundo Newton, é uma flecha absoluta, voando em linha reta, igual para todos, em todos os lugares. O movimento é linear, as causas precedem os efeitos e a realidade se desenrola como um roteiro já escrito. Neste palco, a consciência é relegada a um papel de mero espectador na plateia, um produto acidental da complexidade neurológica, testemunhando passivamente um drama cósmico sobre o qual não tem influência. Esta visão nos deu conforto e previsibilidade, permitindo-nos construir o mundo moderno, mas ao mesmo tempo nos aprisionou a uma noção de impotência diante do fluxo inexorável dos eventos.

A Revolução Quântica: Onde o Tempo se Curva à Observação

No século XX, a mecânica quântica explodiu as portas desse teatro ordeiro, revelando um bastidor onde a realidade dança de formas desconcertantes. Fenômenos como o emaranhamento quântico, a "ação fantasmagórica à distância" de Einstein, mostraram que partículas separadas por vastas distâncias podem permanecer instantaneamente conectadas, desafiando a própria noção de espaço e tempo como barreiras.

Mais perturbador ainda é o experimento da escolha retardada, que sugere que uma escolha feita por um observador no presente pode retroativamente influenciar o estado de uma partícula no passado. A flecha do tempo, antes reta e inabalável, de repente se mostra capaz de se curvar sobre si mesma. O papel da consciência é dramaticamente redefinido: ela deixa de ser um espectador passivo e se torna um participante ativo, cujo ato de observar colapsa um mar de potencialidades em uma realidade definida.

Esta revelação quântica dá um suporte científico à ideia de que a percepção de movimento linear no tempo é uma ilusão. O que existem são "vários frames do agora acontecendo simultaneamente". Como em um "flipbook", a passagem rápida das páginas cria a ilusão de movimento, mas, na verdade, cada página já existe. A consciência, ao mudar seu foco de uma página para a outra, cria a experiência da passagem do tempo.

O Paradigma Consciencial: A Consciência como Fundamento da Existência

Se a física quântica abriu a porta, o paradigma consciencial a atravessa, posicionando a consciência não como um participante, mas como o próprio fundamento da realidade. Nesta visão, "tudo acontece no aqui, no agora". O passado e o futuro não são destinos de onde viemos ou para onde vamos; são projeções, construções mentais que a consciência utiliza para o seu grande "jogo de vivência" e autodescoberta.

Esta perspectiva redefine radicalmente nossa relação com o passado. A crença de que somos prisioneiros de nossas histórias é desmantelada. O que nos influencia não é o passado em si, mas a memória dele. A afirmação "você seleciona a versão do passado que você quer sintonizar" revela um poder transformador: ao mudarmos nossa percepção e a emoção associada a uma memória no presente, nós efetivamente nos "mudamos" para uma realidade onde aquela versão do passado é a que ressoa conosco, alterando sua influência sobre quem somos hoje.

Da mesma forma, o conceito de "vidas passadas" é libertado da linearidade. Elas não são degraus de uma escada que já subimos, mas sim outras realidades simultâneas, outras vivências que ocorrem no "presente" delas. A experiência humana é, então, um "grande jogo de memória", um processo de esquecer nossa natureza infinita e atemporal para, através da experiência na matéria, nos lembrarmos de quem realmente somos.

A Escala da Percepção e a Diluição do Espaço-Tempo

Como, então, conciliamos a realidade última do "agora eterno" com nossa experiência cotidiana de um tempo que passa? A resposta está nas gradações do nível de consciência.

Quanto mais baixo e contraído é o nível de consciência - mais identificado com o ego, a separação e a matéria -, mais presos estamos à ilusão do espaço-tempo. A matéria, com sua "inércia máxima", é o plano existencial onde a experiência do tempo linear é mais forte e convincente. O ponto mais baixo desta jornada involutiva seria o "vácuo quântico", o reino atômico, onde a consciência está em seu ponto máximo de esquecimento de si mesma.

A partir daí, começa o caminho de volta: a evolução. À medida que a consciência se expande e se eleva, ela se liberta gradualmente das amarras do espaço-tempo. Em planos existenciais mais sutis e quintessenciados, a inércia se sutiliza, e a percepção da realidade se torna mais fluida, instantânea e não-local. A contradição do espaço-tempo se dissolve: ele é um jogo da mecânica da consciência, uma estrutura perceptual necessária para que ela possa se manifestar e se conhecer em planos mais densos.

Conclusão: A Sinfonia do Eterno Agora

Ao tecer os fios dos paradigmas clássico, quântico e consciencial, a tapeçaria final revela uma imagem magnífica: o universo não é um relógio e a consciência não é sua engrenagem. O universo é uma sinfonia, e a consciência é a maestrina. O tempo linear é a partitura que ela escreve para poder experienciar a beleza de cada nota individualmente, embora toda a sinfonia já exista, completa e perfeita, no silêncio do eterno agora.

Compreender isso é o ato final de libertação. Deixamos de ser vítimas das circunstâncias, prisioneiros do passado ou ansiosos pelo futuro. Tornamo-nos os criadores conscientes de nossa realidade, entendendo que o único ponto de poder que realmente existe é este momento. Cada pensamento, cada escolha, cada intenção no aqui e agora não é apenas um passo em uma jornada; é o próprio ato de criar o caminho, de selecionar o "frame" do universo que desejamos vivenciar. Não somos meras peças no relógio do universo, mas os próprios arquitetos do tempo, orquestrando a magnífica sinfonia da existência a partir do palco sagrado do presente.

Dalton Campos Roque -




Espiritualidade sem religião, ética sem doutrina, reforma íntima sem evangelho, intelecto sem arrogância, bom humor sem puritanismo e música com consciência.

Escritores efêmeros, poetas eternos, pensadores conscienciais profundos, escritores da alma com bom humor avançado, sempre questionando paradigmas.

A convergência da ciência com o espiritualismo universalista.

Autores, poetas, cronistas, contistas, jornalistas do plano astral, médiuns, humoristas incorrigíveis que buscam a educação consciencial e e engenharia consciencial.




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Autor Dalton Campos Roque   
Médium, projetor astral consciente, sensitivo, escritor e editor consciencial, autor de dezenas de obras espiritualistas. Eng. Civil e Professor de Informática (aposentado), pós-graduado em Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia, e em Educação em Valores Humanos (linha de Sathya Sai baba). @Consciencial YT: @DaltonRoque
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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