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A ÁRVORE DA VIDA E AS VIRTUDES

Atualizado dia 4/2/2008 11:17:01 PM em Autoconhecimento
por Círculo de estudos - Academia de Cabalá


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MALCHUT, O REINO
Malchut é o terreno da fisicalidade. Nesta dimensão percebe-se muito mais a idéia de fragmentação e o sentimento de falta. O atributo de Malchut é a humildade (Anavá), a maior dentre as virtudes. A humildade contém uma poderosa conexão: o desejo de receber. Somente quem é humildade é capaz de receber. O homem arrogante considera ter o suficiente e acredita que ninguém e nada poderão lhe acrescer coisa alguma. Já o humilde sabe que há sempre o que aprender, há sempre aspectos de sua personalidade a serem refinados e tem a consciência que a má inclinação faz parte da essência do ser humano, podendo assumir o controle a qualquer momento.

YESSOD, O FUNDAMENTO
Yessod significa “fundamento”, “base”. O comprometimento com a verdade é o atributo desta Sefirah. Para Cabalá não existe certo ou errado, mas, sim, verdadeiro ou falso. Reconhecer a verdadeira natureza dos nossos sentimentos, ter a consciência do que nos atrai e seduz e das nossas fraquezas e limitações é a forma de injetarmos “Luz” em Yessod. Se não assumimos a verdade, não temos como fazer o tikun (retificação).

HOD, A GLÓRIA OU ESPLENDOR
Hod, a oitava Sefira, é chamada “Glória” ou “Esplendor”. Esta Glória está diretamente ligada ao mérito que, por sua vez, diz respeito ao nosso refinamento. O Refinamento é a nossa missão no Mundo físico. Devemos procurar nos tornar melhores dia após dia. A estagnação gera o início do ciclo repetitivo de falências em nossas vidas.

NETZACH, A PERMANÊNCIA
Netzach é a sétima Sefira, conhecida como Vitória, representando a energia e a vitalidade que necessitamos para superarmos as barreiras e obstáculos que surgem no nosso caminho. A confiança é a virtude de Netzach. Para vivenciarmos plenamente a auto-confiança precisamos nos entregar completamente ao ritmo da Criação, entendendo que a Energia Primordial está presente em tudo o que existe, em todos os acontecimentos. A confiança nos traz a percepção de que tudo o que acontece no Universo tem um propósito, um sentido, que no final é sempre luminoso.

TIFERET, A BELEZA
Tiferet, a sexta Sefira, é conhecida como “beleza”, não no sentido de beleza física, mas no sentido de equilíbrio e harmonia. Tiferet diz respeito a uma necessidade de um esvaziamento em relação aos excessos e isto só é possível quando conseguimos estabelecer um equilíbrio pleno entre estímulo e reação. Grande parte de nossos erros e equívocos são cometidos porque seguimos nossos impulsos reativos. Quando aproximamos demasiadamente o estímulo da reação agimos instintivamente e não fazemos nossas escolhas de uma forma consciente, o que torna qualquer possibilidade de retificação (tikun) mais difícil.
A Kavanah, que representa a “concentração”, também é um aspecto de Tiferet. Só conseguimos romper com o padrão robótico quando adquirimos “concentração”. Vivemos numa “guerra” onde o nosso inimigo é a distração, aquilo que nos remove a Kavaná, fazendo-nos perder o foco no momento presente e no nosso propósito.

GUEVURAH, O JULGAMENTO
Guevurá representa não só o desejo, como também o rigor e a disciplina necessários para que o ser humano tenha domínio sobre sua alma animal. Para vivenciar Guevurah, a Cabalá nos recomenda analisar as áreas de nossa vida que se desequilibraram pela excessiva atenção que lhes damos. Há muitas formas de introduzir disciplina em nossa vida para ajudar a equilibrar essas áreas de excesso.

CHESSED, A MISERICÓRDIA
Chessed é chamada Benevolência, é a quarta Sefira e a mais próxima da dimensão do Mundo Infinito. Chessed representa a energia de expansão, a força doadora que não conhece limites. Entretanto, todo extremo tem um lado negativo e o aspecto negativo do amor que não conhece limites ou barreiras é o seu caráter obsessivo e sufocante. É uma questão de dar quando não existe esse desejo de receber, ou ainda, quando a força do “ego” faz o doador concentrar-se em si mesmo e não no “outro”. Amar incondicionalmente é amar nos “moldes do outro”. Os aspectos ou atributos Divinos de Chessed são a compaixão e a misericórdia.

BINAH, O ENTENDIMENTO
Binah é o Entendimento. “Entender” significa pensar de forma organizada. O entendimento simboliza a reflexão racional que existe para colocar em ordem a estrutura do pensamento. A alegria é o atributo de Binah. Segundo o Reb Nachman de Bratslav, as raízes da depressão são “cascas” que estão em guerra com tudo o que é “Sagrado”. Sempre que a depressão se instala, a Presença Divina (Shechinah) vai para o exílio.

CHOCHMAH, A SABEDORIA
A Sabedoria é a percepção pura, não cognitiva. Quando levamos nossa percepção para um estado mais contemplativo, entramos num processo de “contração” onde o pensamento cognitivo dá lugar à súbita “Sabedoria”.
Para Rav Abuláfia, a virtude de Chochmah é a auto-anulação, bitul em hebraico. Isto representa a capacidade de contração diante dos problemas e a superação mais absoluta do ego. A auto-anulação seria a capacidade de permitir-se fragmentar e morrer para a sua realidade residual, mergulhando no vazio da reconstituição da sua natureza original.

KETER, A COROA
A primeira entre as dez Sefirot ainda contém a essência da Unidade pois é formada pela mesma “substância” que forma Or (Luz do Mundo Infinito).
Para que exista esta capacidade de livre arbítrio é necessário adquirir a virtude de Keter, a certeza (Emunah). A dúvida gera estagnação e a certeza impulsiona nossa vida. A última grande armadilha do ego é que muitas vezes, quando o homem veste a “Coroa”, acredita ser maior e melhor que os outros. Vestir a “Coroa” não é ter poder, é passar a ter uma obrigação para com os outros. É representar algo que está acima de sua vontade pessoal, acima de seus sonhos de conquista, acima de você mesmo.

DA’AT, O CONHECIMENTO
Da’at é conhecida como a Sefirah oculta, localizada entre Chochmah e Binah. Se Chochmah é onde nos damos inspiração e Binah é onde recebemos e interpretamos essa inspiração em pensamentos concretos e idéias, Da’at, que significa literalmente “saber ou conhecer”, é onde expressamos essa verdade interior, é a responsabilidade de influenciar o Mundo, compartilhando nosso conhecimento, nossa experiência. O atributo de Da’at é a consciência de Unicidade.

As sefirot não são físicas e não estão ligadas a qualquer conceito físico. Como representam diversos conceitos e níveis, só podem interagir entre si mediante algum tipo de relação com o mundo físico. Todas as Sefirot estão conectadas entre si, direta ou indiretamente. A obstrução no caminho do Shefah depende da expansão ou contração de cada Sefirah, e a estagnação em qualquer uma delas afeta o todo.

Cristina Tehilah

Texto revisado por Cris

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