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A atração pela protelação

Atualizado dia 10/7/2007 1:09:52 PM em Autoconhecimento
por Hélio Arakaki


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A nossa liberdade relaciona-se com a capacidade de tomar decisões. Em função das circunstâncias, algumas decisões importantes deverão ser adiadas de forma consciente. No entanto, muitas outras decisões, simplesmente não as tomamos devido ao hábito da protelação. A verdade é que somos incrivelmente hábeis em elaborar estratégias sabotadoras que nos tornam prisioneiros das situações em que deveríamos fazer algo para mudar.

O que leva o ser humano a agir de forma prejudicial levando-o a protelar e até a deixar de tomar uma decisão importante?

A cultura ocidental, influenciada pelo pensamento greco-judaico-cristão, priorizou a razão em detrimento ao contato e à expressão de nossas emoções e de nossos sentimentos. Em função disso, pensamos mais do que sentimos. E isso cria um precedente para que nos desviemos do sentido essencial da vida.

A vida, tal como o amor, foi feita para ser vivida. Inútil a tentativa de compreendê-la apenas no exercício intelectual. A sua compreensão se faz também através da totalidade de nosso corpo, em nossas células e vísceras que são influenciadas na alternância de nossas emoções e sentimentos.

A ênfase à razão pode nos tornar insensíveis diante das incoerências na vida, bem como confundir e até causar uma certa paralisia existencial, como na piada da centopéia que ao lhe perguntar como conseguia caminhar movimentando tantas pernas ao mesmo tempo se confundiu tanto que até hoje ela continua no mesmo lugar.

Estaremos sendo essa centopéia enquanto estivermos adiando desde as decisões mais simples quanto as mais complexas.

Quantos de nós já não se viram protelando o início de um programa de reeducação alimentar ou de uma atividade física? A tentativa para deixar de fumar? A retomada aos estudos? E sempre tendo uma boa desculpa para justificar tal protelação!

Outras decisões são mais complexas, pois desafiam os nossos medos mais profundos que reforçam ainda mais a tendência à passividade e à negação de que se deve fazer algo. Tais decisões complexas envolvem questões que compõem o que Rolando Toro, criador da Biodanza, definiu como Projeto Existencial:
- Onde quero viver?
- Como posso me realizar se vivo em meio à violência ou em uma casa que não me oferece conforto?
- Com quem quero viver?
- Como posso estar bem se a pessoa com quem vivo me faz sofrer?
- O que quero fazer?
- Como posso encontrar satisfação profissional se o que faço não atende a minha vocação ou se a empresa onde trabalho fere os meus princípios éticos?

Diante do que você acabou de ler, não pense! Abra a escuta para o seu coração. Apenas sinta o seu corpo. Não resista às sensações e aos sentimentos gerados. Se o que você sente é um grande incômodo e angústia, algumas das questões necessitam de uma atenção especial. Mas cuidado com a sua capacidade de articular justificativas para não se dobrar diante de seus medos e acabar por tornar-se uma centopéia confusa e incapaz de sair do lugar mesmo tendo uma centena de pernas.

Se constatar um quadro pavoroso em algumas decisões difíceis que deverão ser tomadas, não se desespere. A constatação não é o fim, mas o início de um processo. E como processo, ele se desdobrará abrindo um novo caminho ou novos caminhos cheio de possibilidades realizadoras. Como um novo caminho implica em lidar com o desconhecido, é provável que venhamos a tender evitá-lo. Mas o desconhecido não deve ser rejeitado e, sim, ser visto como uma oportunidade de renovação de nossa vida.

Diante de um impasse de uma importante decisão a ser tomada, por mais difícil que seja, não se desestimule. Avalie a situação e planeje-se. Depois, organize-se e gerencie a ação colocada em prática. E lembre-se de respeitar o seu tempo e o seu ritmo, mas sem jamais perder de vista o seu objetivo. Seja flexível e comemore cada distância percorrida por menor que ela seja, pois passo-a-passo é que se vai longe. E foi assim que a tartaruga conseguiu vencer a lebre.

Texto revisado por Cris

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