Menu

A Experiência com o Divino

Atualizado dia 8/12/2007 7:46:00 PM em Autoconhecimento
por Marcos Spagnuolo Souza


Facebook   E-mail   Whatsapp

O aspecto mais importante da nossa vida no planeta Terra como alma corporificada é a ligação da consciência humana com a consciência absoluta cuja experiência é denominada de “experiências com o Divino”.

Em um artigo escrito por John Blake denominado “Qual é a idéia mais perigosa da religião?” mostra que Carl Jung ensinava que o principal problema da religião organizada é impedir que as pessoas tenham a experiência direta com Deus. A religião é organizada em torno do princípio que a pessoa terá experiência direta com Deus desde que siga os padrões ou moral impostos pela referida religião. No entanto, cada pessoa já está conectada a Deus, e essa conexão não é algo que se pode entregar a outra pessoa ou organização. A conexão direta com Deus independe de qualquer tipo de religião sendo uma experiência individualizada.

O professor chileno Humberto Maturana salienta que a experiência mística é uma experiência de associação com o divino resultando ampliação da consciência de pertença cósmica que permite ver a interconexão de todos os elementos desse todo. A experiência religiosa (sagrado) surge em torno de uma experiência como uma irmandade de crenças que exclui ou nega os não participantes.

Diante das colocações podemos dizer da existência de experiência com o Divino e experiência com o sagrado. A experiência com o Divino é decorrência da interiorização do ser humano onde a essência humana se liga diretamente a Deus surgindo a fé, a oração intuitiva, o êxtase místico, os milagres e principalmente a comunicação direta com a Consciência Cósmica. A experiência com o Divino é vida vivida, é vida sentida, é vida que reflete a comunhão direta com Deus. A experiência com o sagrado é ouvir o discurso do outro, é viver uma vida virtual desligada da essência do próprio ser humano.

Alain Touraine explica que a experiência com o sagrado é controlada pelas igrejas e pelos clérigos por meio das instituições e práticas. É a criação de um mundo protegido por interditos e pelo monopólio da comunicação do mundo humano. O sagrado cria uma barreira que permite aos clérigos falarem em nome do divino e gerirem as comunicações entre os fiéis e o divino. O mundo do sagrado e as instituições religiosas que o administravam reforçaram-se rapidamente a ponto de instituirem um poder político-religioso ameaçador, mas que não deixa de ser um obstáculo à formação de uma teocracia. Nem a racionalização nem o individualismo moral têm a capacidade de acabar com o mundo do sagrado, apesar dos esforços de alguns reformadores religiosos.

A experiência com o sagrado não leva a essência humana ao transcendente mas a ter um comportamento fundamentado em uma moral imposta pela religião e ter uma fé limitada aos textos sagrados e nas palavras dos ditos mensageiros de Deus.

Os evangelhos nos apontam a realidade do contato direto da consciência humana com o transcendente através de inúmeras passagens. No evangelho segundo João ele relata: “Em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” (1:51) “Dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto.” (3:11) “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, mas, vem a hora, e já chegou, quando os adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são esses que o Pai procura para seus adoradores.” “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João, 4:22) “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus”. (8:40) “Maria (...) viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés. Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus.” (20:11)

A importância dos relatos apresentados é justamente mostrar a possibilidade da comunhão direta com o Divino sendo que Jesus salientou: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos.” (João 4:22)

Texto revisado por Cris

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 18


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

Conteúdo desenvolvido por: Marcos Spagnuolo Souza   
Visite o Site do autor e leia mais artigos..   

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Deixe seus comentários:



Veja também
© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 




publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2024 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa