A importância e o valor do perdão
Atualizado dia 4/19/2006 12:48:59 AM em Autoconhecimentopor Vera Godoy
Jonathan Swift
"O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Sei pai, homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou, mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos."
Autor desconhecido
Apesar da prática religiosa e o conhecimento da energia crística influenciarem o perdão, perdoar não é fácil e conceder o perdão genuíno é ainda mais complicado, porque reconhecer um erro é difícil... mas, perdoar é mais. Nem todo mundo quer e sabe perdoar.
Nosso sentido de justiça diz que os ofensores devem pagar pelo que fizeram, mas perdoar não é fácil e parece até anormal, mas pode resultar em algo milagroso, de cura e reconciliação. Perdoar sinceramente requer sentimentos essenciais de segurança, envolve aceitar as limitações e possuir maturidade emocional. A capacidade de perdoar alguém depende de um número de fatores, incluindo a espiritualidade de quem perdoa. Perdoar rompe as grades da dor que encarceram a mente e abre a porta para novas possibilidades. É uma escolha. É assumir responsabilidades pelo que você sente.
Se você não multiplica as ofensas, não guarda mágoas e nem permite que a dor cresça em seu coração se lembrando do que lhe fizeram ou do que aconteceu, torna-se mais fácil perdoar. Podemos dizer: sem aceitação, não há perdão! Jesus, que perdoou a todos, aceitou a cada um de nós do jeito que somos. Na aceitação não há cobrança ou expectativa. Quando a pessoa considera a própria fragilidade, permite-se reparar o mal praticado reabilitando-se perante si mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.
O arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora, é tão inócuo e prejudicial quanto a falta dele. Ao se perdoar a pessoa aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo. Se isso não acontecer, carregaremos os sentimentos de mágoa e ressentimentos. Um lixo tóxico que fará doente o nosso organismo e, dessa forma, entramos numa sintonia baixa e sobrecarregamos nossos centros energéticos. Esse é o maior motivo para PERDOAR.
Muitos podem estar se perguntando: como podemos aprender a perdoar? Uma das maneiras mais fáceis de aprendermos a perdoar, é conseguirmos manter certa "distância psíquica" da pessoa, do problema ou das discussões. O que seria esta distância psíquica? É conseguirmos analisar o problema como se não fosse conosco; olhando de fora.
Desligando-nos da situação, nosso pensamento vai sintonizar com mais clareza e nitidez no bem, renovando a "atmosfera mental" e promovendo sua própria cura porque você não gasta energia desnecessária, sofrendo em relação a coisas às quais você não pode mais mudar. Quem perdoa é o mais beneficiado, pois percebe que não adianta guardar ressentimentos. Ao perdoar você não fica preso ao passado, pois o perdão é a energia do amor que nos liberta. Perdoar e esquecer são coisas diferentes, mas você pode lembrar dos acontecimentos, abandonando os sentimentos negativos relacionados a eles.
A única força capaz de deter a corrente das recordações dolorosas é a capacidade de perdoar e as pessoas mais maduras emocionalmente têm mais facilidade de perdoar porque têm menos carência e, dessa maneira, são mais seguras.
Abandono todo o ressentimento contra vós por causa de adversidades, morte e doença na família.
Entrego-me a vós, hoje, com fé e confiança.
Vós me amais mais do que amo a mim mesmo e quereis minha felicidade mais do que eu mesmo a desejo.
Jesus, vós sois o Senhor de minha vida.
Penetrai mais fundo em meu coração e removei tudo o que bloqueia a abundância de vosso amor. Concedei-me a graça de repousar em vossos braços e permiti que eu seja amado por vós.
Senhor, porque me perdoastes, perdôo A MIM e também faço as pazes com todos aqueles que mais me prejudicaram na vida.
Rezo por eles, hoje, e peço que Deus os abençoe.
Agradeço-vos, Pai celeste, por nos libertar.
Em nome de Jesus.
Amém.
VERA GODOY
Texto revisado por Cris
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