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A Ironia do Álcool

Atualizado dia 9/24/2006 9:58:33 PM em Autoconhecimento
por Fernando Tibiriçá


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Vivo às custas do álcool ou bebidas alcoólicas desde 1970. São 36 anos em que tive lucros e perdas por causa do álcool e, também, satisfações.

Graças à venda de bebidas alcoólicas, pude ajudar muita gente, fazer caridade, incentivar pessoas em seu crescimento, dar e doar bens, colaborar com deficientes em geral, enfim, ajudar ao próximo.

Neste 27 de setembro temos a festa de São Cosme e Damião. Doarei, com muito prazer, balas, doces, balões de ar e o que for possível para uma festa, feita para crianças carentes, na periferia de Belo Horizonte. São Cosme e Damião não sabem que tudo será pago pelo álcool ou bebidas alcoólicas.

Já em 1984, quando iniciei mais intensamente minha vida espiritual e religiosa, algo me intrigava com relação à minha prática religiosa e eu estar ligado às bebidas alcoólicas. Em várias oportunidades conversei com pessoas, que respeito a opinião, sobre o meu dilema e percebi que não eram encontradas razões para eu interromper minhas atividades. Afinal não era só eu quem vendia bebidas alcoólicas e, no mesmo local onde meu negócio funcionava, alguém viria para continuar a venda de bebidas alcoólicas caso eu desistisse.

O álcool é a pior droga ao alcance da civilização. Destrói o ser humano e suas relações familiares e amorosas. Traz problemas mentais e físicos que podem levar a pessoa à morte. Vivemos num país onde uma criança pode comprar uma garrafa de bebida alcoólica em qualquer birosca, barzinho, boteco, mercadinho ou vendinha dizendo que é para o pai ou para a mãe. O comerciante vende.

A criança começa a manipular a garrafa, ter contato com a bebida e presencia os pais bebendo. Está aberta a “porta”. Em melhores condições sociais e econômicas, a criança vai conviver com um bar dentro de casa, para orgulho do pai que sempre mostrará suas preciosidades de 8, 12, 15 ou 30 anos apresentadas nas formas de conhaque, vinho, whisky, vodka e outros. A criança, um dia, vai querer experimentar as “jóias raras” do pai.

Não ofereço bebida alcoólica para ninguém. Evito esta gentileza. Deixo por conta de outras pessoas que são profissionais do ramo. Quando alguém bebe um pouco mais que o normal, solicito a atenção dos gerentes e seguranças para recomendarem que não haja excesso por parte desta pessoa. Se possível, chamar algum amigo ou familiar e evitar deixar que a pessoa dirija ou saia sozinha, buscando então, uma condução alternativa.

As autoridades, que permitem a venda de bebidas alcoólicas, buscam a responsabilidade em outras drogas (que são destruidoras também) para justificar a violência entre as pessoas e os acidentes automobilísticos. Na verdade, a grande violência vem do excesso de consumo do álcool e, do sistema que movimenta milhões de reais, com a venda de bebidas alcoólicas e os impostos que são arrecadados.

Na maioria das vezes os jovens, assim como os adultos, saem de casa em estado de embriaguez. Aquela “história” de tomar algo antes de sair...

Não posso, por razões explicadas acima, ficar afastado de minhas atividades profissionais por condenar o álcool. O desafio está em trabalhar com a venda de bebidas alcoólicas e, ao mesmo tempo, criar “situações” que ajudem a inibir o consumo do álcool por parte do público, seja dentro do meu comércio ou no meu dia-a-dia em geral.

Leia: “Saudades da Família” (12/09/2006)
“O Partido de Deus enfrenta o Diabo” (09/08/2006)
“Você conhece a do “brasileiro”? Eu tenho 6 para contar...” (14/07/2006)
“Política e Espiritualidade” (21/05/2006)
“A Caminho de Santiago de Compostela” (26/03/2006) - especial atenção com a parte 2 que fala sobre o Oriente Médio.
“O Futuro da Terra” (18/02/2006)
“Epidemia Incontrolável: Alerta Geral!” (04/02/2006)
“Encontros e Desencontros do Caminho” desde a introdução (29/01/2006)Texto revisado por: Cris


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