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A minha costela católica

Atualizado dia 4/19/2007 4:35:54 PM em Autoconhecimento
por Wilson Francisco


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Acabo de ler seu texto “O trânsito pelas religiões” no site "Somostodosum" e gostaria de partilhar com você o que me aflige atualmente e que tem muito a ver com aquilo que você escreveu.

A minha história é esta: “Desde muito nova fui católica praticante, rezadeira e fazia novenas para todos à minha volta. Mais tarde ouvi falar do esoterismo, porém não me envolvi apesar de sentir uma grande atração. Aos 28 anos, mais ou menos, iniciei um leve conhecimento da doutrina espírita mas sempre conservando o catolicismo como base religiosa. Bem mais tarde, adotei o Espiritismo de corpo e alma... fiz cursos, participei de grupos de trabalho, auxiliei na abertura de dois centros, fui presidente de um deles e responsável pelo trabalho de solidariedade social. Fui passista, oradora, participei de reuniões de desobsessão como evangelizadora; enfim, sempre tive muita atividade.

Entretanto, sempre gostei de ler e mesmo colocar em prática o esoterismo no contexto do pensamento positivo. Fui morar em outro país e por algum motivo que não consigo explicar, comecei a fazer trabalho voluntário na Legião da Boa Vontade onde estou até hoje e muito feliz com o que faço. Na LBV, assisto ao "Culto Ecumênico" e gosto muito. Nesses 3 anos comecei a me interessar pela Fraternidade Branca e tenho procurado praticar as leituras e decretos etc. mas tudo isso sem filiar-me a nenhum grupo.
Tenho aprendido a controlar a minha mente, a praticar o desapego, a compaixão. Acho que não estacionei, mas a minha costela católica ainda permanece em atividade, pois gosto de ir a uma igreja, capela, seja o que for, quando está vazia, e orar. Enfim, acho que estou mais para ecumênica do que para espírita, católica, esotérica, etc.
Às vezes, sinto-me culpada por não estar em atividade em algum centro e não posso discutir isso com nenhum espírita de carteirinha daqui porque são muito radicais (não sei se no Brasil também são).
Acredito que pela sua experiência poderá dizer-me algo, orientar-me. Às vezes, quando tento buscar lá dentro do meu coração uma resposta às minhas dúvidas, digo a mim mesma que já fiz uma caminhada pela igreja, outra pelo kardecismo e agora estou fazendo a do esoterismo (Fraternidade Branca) e conhecendo outras filosofias orientais. Como Jesus não deu nenhum rótulo aos seus ensinamentos, quero crer que onde estiver, “Amar o próximo e fazer o bem”, aí está a minha religião.... Estarei certa???? Ah! Ia me esquecendo: Faço o "Culto do Evangelho no Lar" e sempre que posso oriento pessoas a fazerem. O Culto do Evangelho foi uma das minhas bandeiras no espiritismo.

É interessante a narrativa. Gostei. Afinal, quem não tem lá suas dúvidas e culpas, nesse trânsito que todos realizamos pelos caminhos da fé. O ser humano é por essência religioso, sua origem é divina e ele traz essa centelha que fulgura dentro de sua alma, dirigindo seus impulsos e instintos. Somos guiados pela fé. Ela nos recompõe, alimenta e direciona os passos. Há criaturas que se colocam acima dessas aventuras, entendendo que suas decisões e projetos são oriundos de sua vontade e determinação, somente. Quem estiver neste estágio, meus parabéns. Porque a maioria da humanidade ainda tem a religião em seu corpo, como diz nossa amiga, a minha costela católica. A fé em algumas criaturas é visceral, tanto que lutam por ela, organizam guerras, realizam contendas, desfazem amizades, tudo por causa da fé.

Será pecado você ter dúvidas, sobre esta ou aquela religião? Entendo que não, afinal todos os caminhos levam a Deus e todas as religiões tentam explicar o divino, oferecendo-nos um Paraíso, que no fundo todos ansiamos conquistar.
Culpas, não. Ninguém precisa se culpar por estar vacilante. A religião trata do Espírito e, ainda hoje, temos dificuldade em entender o mundo do outro lado. É uma dinâmica diferente, outra dimensão, etc e tal. Tanto que os gurus, médiuns, guias, mestres surgem na Terra como seres diferenciados, estranhos e às vezes até ridículos, porque extrapolam os limites do bom senso ou subvertem os códigos da sociedade.
Então, se você se transformar num missionário, poderá estar contrariando sua família, a sociedade e até os religiosos. Os cientistas, quando examinam um sensitivo, constatam uma alteração neurológica expressiva sem, contudo, ter até hoje definido com exatidão o que seria essa diferença.
Hormonal, neurológica ou determinada pela presença de um ser de outra dimensão, o que se sabe é que o sensitivo é uma criatura diferenciada e todo aquele que é “tomado” pela fé e executa atitudes divinas se diferencia e sai dos paradigmas do ser humano comum. A atração pela fé e esta necessidade de realizar atitudes religiosas nasce das profundezas do Ser. Costumo dizer no Projeto Mutação que ”é o Sopro do Criador”, o que, aliás, tem a ver com a tal “costela” da amiga internauta.

No ato da criação, Deus fez o homem do limbo da terra, soprou suas narinas e ele ganhou vida. E depois, o Pai tirou dele uma costela e criou a mulher. Essa imagem simbólica extraída da Bíblia tem um componente energético muito forte, pode-se dizer que “estamos impregnados” dessa lição antiga. Nos movemos através do Sopro do Criador, como que atraídos por Uma Fonte Geradora que nos arrasta, quando em nós ainda são rudimentares a inteligência e o sentimento.

Mais tarde, quando nos apartamos da divindade (a caída dos anjos ou saída do Paraíso) e ingressamos nos caminhos do livre arbítrio, da autodeterminação, desfraldamos bandeiras que nos podem levar à glória terrena. Elaboramos nosso jeito de ser, sofremos com a solidão, nos encantamos com vitórias pessoais, para muito mais tarde reconhecer que somos uma partícula divina e que a presença de Deus não precisa ser buscada nos templos, nas religiões, em crendices ou nos tesouros dos empreendimentos sociais. Mas sim, dentro de nós mesmos. Essa infinita “presença” de Deus existe em nossa respiração, em nossas costelas e mais do que isso, em nosso Ser, porque na verdade: somos deuses.
E aí, então, minha amiga, quando tu te encontrares consigo própria, terás encontrado Deus... Perdoem-me a mudança repentina no jeito de falar, mas é que ao final desse artigo, um Amigo da Terra de Camões, soprou por aqui palavras e sentimentos que dominaram minhas mãos e coração. E eu agradeço a você e a esse amigo, pela presença e oportunidade de poder estar escrevendo sobre os caminhos que nos levam a Deus.

Veja e Participe: Reinvente o Amor em sua vida!

Texto revisado por: Cris

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Terapeuta Holístico. Desenvolve processo que faz a Leitura da Alma; Toque Quântico para dar qualidade à circulação e aos campos vibracionais; Purificação do Tronco Familiar e Cura de Antepassados para Resgatar, Atualizar e Realizar o Ser Divino que há em você. Agendar pelo WhatsApp 011 - 959224182 ou pelo email [email protected]
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