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A primavera e os Florais

Atualizado dia 9/26/2006 1:37:49 PM em Autoconhecimento
por Fátima Cristina Vieira Perurena


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Pode-se dizer que o mês de setembro é um mês especialmente abençoado. Depois do escuro inverno introspectivo surge a primavera envolta com certa sensação de renascimento que se enriquece com a particular beleza das flores. Fosse apenas pela estética já seria motivo suficiente para que nos regozijássemos como espetáculo visual. Mas as flores não só enfeitam nossas vidas, elas também podem ser instrumentos de cura para nossos males.

A medicina floral, ou os florais de Bach, como é mais conhecida esta prática terapêutica, foi criada pelo médico inglês Edward Bach no início do século passado, e seu firme propósito era dar um caráter espiritual ao processo saúde-doença. Este pioneiro curador compreendeu que as energias vibracionais sutis contidas nas flores poderiam contribuir para restaurar padrões mentais-emocionais desarmonizados nos seres vivos, especialmente entre os seres humanos.
Dado importante para um melhor entendimento desta medicina é informar que aqui não estão em jogo sintomas de eventuais doenças, mas a forma como reagimos e nos colocamos diante das situações que a vida nos apresenta. Trata-se do doente e não da enfermidade. Se aceitarmos que a origem do sofrimento está diretamente ligada à alma, compreenderemos que pessoas que têm a mesma doença podem receber essências florais diferentes em sua fórmula de tratamento. Tudo vai depender, segundo o Dr. Bach, do tipo de erro que estamos cometendo: o fracasso em não ouvirmos nossas almas ou agirmos contra a Unidade. Nesse sentido, devemos evitar o julgamento dos outros porque o que é certo para um certamente não é para o outro. Por outro lado, ao ter um comportamento que envolva orgulho, crueldade, ódio, egoísmo, ignorância, instabilidade ou ambição, estaremos também agindo contra a Unidade, o que em última análise significa dizer que agimos contra nós mesmos. E assim são gerados aqueles processos conhecidos como doenças.

Entendendo que a medicina floral aponta para uma outra racionalidade, distinta daquela que sustenta a medicina convencional, há que se salientar o quanto Dr. Bach deixou claro em seus escritos: a íntima relação entre a prática do bem e a saúde, atribuindo a nós, seres humanos, uma responsabilidade ética enorme, mas sem cair num reducionismo antropocêntrico. Na medida em que apenas a mente humana pode ter consciência da percepção e cognição de si mesma, nós, homens e mulheres, exatamente porque desfrutamos desta propriedade, estamos aptos para desencadearmos processos de vida saudáveis, posto que somente nós temos a capacidade de saber o mal, ou o bem, que podemos estar praticando aos nossos semelhantes e a nós mesmos. Ao praticarmos a lei do Amor, de acordo com Bach, estaremos agindo beneficamente em relação a tudo e a todos que nos rodeiam. Em se tratando de medicina floral vale sempre uma lei maior - a lei do Amor e da Compaixão.

Enquanto a medicina convencional atribui à doença um caráter exógeno, a medicina floral partilha do entendimento, de resto semelhante a todas as medicinas consideradas alternativas, paralelas, ou complementares, que problemas de saúde que eventualmente desenvolvemos, na verdade, nos pertencem, são “propriedades” nossas, e é a partir desta peculiaridade que devem ser compreendidos. Assim, pode-se dizer, em relação à terapia floral, que a primazia atribuída ao endógeno manifesta-se na forma de sete tipos de sentimentos - medo, indecisão, falta de interesse pelas circunstâncias atuais, solidão, sensibilidade excessiva a influências e opiniões, desalento ou desespero e a excessiva preocupação com o bem-estar dos outros. Estes sete sentimentos são tratados na sua forma terapêutica por meio de 38 essências (sistema Bach), sendo que o RESCUE REMEDY, o floral das emergências, é formado por cinco delas, mas é tratado como sendo único.
A doença, vista normalmente como um mal a ser expurgado, para a medicina floral “...é benéfica e existe para nosso próprio bem; se interpretada de maneira correta, guiar-nos-á em direção aos nossos defeitos principais. Se tratada com propriedade, será a causa da supressão desses defeitos e fará de nós pessoas melhores e mais evoluídas do que éramos antes” (Dr.Bach).

Rigorosamente falando, a doença, na racionalidade da medicina floral, é resultado da dissociação, este mal tão característico da sociedade contemporânea. Quando nossa personalidade se dissocia de nossa alma, começamos a produzir desarmonias que em última instância atingirão o corpo físico. A dissociação pode se desenvolver de várias formas, mas uma considerada “clássica” é aquela em que usamos máscaras para encararmos determinadas situações, e que acionadas por algum tempo podem nos ajudar, mas, no entanto, se insistirmos no seu uso poderá se mostrar na sua forma mais devastadora. Uma das conseqüências mais conhecidas da dissociação é a ansiedade que acomete a maioria das pessoas que procura consultórios de terapeutas. Estas pessoas, em geral, não conseguem desenvolver normalmente suas atividades, tamanha a inquietude que sofrem.
Cada um vem ao mundo com um propósito a desenvolver. O aprendizado da vida, e na vida, chega para cada um das mais variadas formas. No meu caso ele se processa num primeiro momento pelo mental, para depois chegar ao afetivo. Têm aqueles que conhecem a medicina floral por meio do seu uso, outros pela leitura sobre o assunto. Quando decidi que os florais fariam parte de minha tese, direta ou indiretamente, não tinha idéia do quanto me envolveria com este tipo de medicina. Quando fiz os cursos de terapeuta floral, para penetrar um pouco melhor naquele objeto de estudo, mal podia vislumbrar quanto os florais passariam a fazer parte de minha vida. Graças à discussão paradigmática que a terapia floral propõe em relação ao adoecimento, pude enriquecer meus conhecimentos de epistemologia que, até então, estavam restritos ao âmbito da academia.

Hoje posso perceber que os florais alargaram o rico e complexo mundo das ciências sociais em que fui treinada, e, estas, enriquecidas com o “olhar” daqueles, deram o contraponto necessário para que eu pudesse conhecer mais e melhor os seres humanos e a mim mesma.

Texto revisado por: Cris

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