A solução para todos os problemas
Autor Paulo Tavarez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/1/2025 10:25:13 PM
O ilustre Mestre Jesus nos legou um ensinamento que ressoa através dos séculos, iluminando nosso caminho com a luz da compaixão e da empatia:
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.
Essa instrução transcende barreiras temporais e culturais, constituindo-se como um guia atemporal para a conduta humana e um verdadeiro farol para a consciência.
Ao meditarmos sobre essas palavras, somos convidados a ir além do egoísmo natural e a considerar as emoções, os desejos e as necessidades alheias com o mesmo cuidado e respeito que desejamos para nós. Essa é a leitura inicial, ética e moral. No entanto, há nesse ensinamento uma profundidade que não se limita a boas maneiras ou à civilidade: trata-se de uma revelação sobre a verdadeira natureza da existência.
Ainda estamos longe de compreender plenamente quem somos — a vastidão da nossa natureza essencial, sua complexidade e sua íntima interconexão com todos os seres e com o universo como um todo. Ignoramos que o que existe dentro de nós reverbera no exterior. Não percebemos que o outro merece ser amado como a nós mesmos, não por caridade, mas por identificação: o outro é parte de nós. Somos ondas diferentes no mesmo oceano. A ideia de separação é apenas uma ilusão sustentada por uma mente dualista.
Presos ao drama do ego, confundimo-nos com o personagem e esquecemos que somos o observador. Vestimos máscaras, representamos papéis e sofremos, sem perceber que, por trás do palco da vida, habita uma consciência una e indivisível.
No âmago de cada ser repousa o amor — a substância invisível que une todas as coisas. Quando reconhecemos essa unidade, o ensinamento de Jesus deixa de ser apenas um conselho moral e torna-se uma verdade espiritual profunda. Fazer ao outro o que queremos que nos façam é mais do que uma norma de conduta: é um portal para o autoconhecimento e para a transcendência do ego.
Jesus nos convida a expandir a consciência por meio do amor. Só o amor é capaz de dissolver a ilusão da separatividade. Só ele rompe a perspectiva egocentrada e promove a integração entre os seres.
Só o amor pode revelar o que está oculto por trás do Véu de Maia: a Realidade.
No entanto, falar de amor, nos dias de hoje, tornou-se quase um clichê. O termo foi banalizado, esvaziado de sua verdadeira força. A palavra “amor” passou a ser usada para designar qualquer coisa que nos seja agradável, prazerosa ou confortável. Tornou-se sinônimo de carinho, de simpatia, de algo “bonitinho”. E, com isso, perdeu o seu poder original aos olhos da maioria.
A verdade é que há muito pouco entendimento sobre a essência do amor. Não se compreende sua potência transformadora, sua força criadora, seus atributos divinos. Se a humanidade conhecesse, de fato, o que é o amor — esse amor que transcende a afeição pessoal e se alicerça na unidade essencial de todos os seres — então, cada ser humano se tornaria um herói silencioso, capaz de enfrentar qualquer dor, transpor qualquer sombra e compreender os mistérios mais profundos da existência.
Porque, sinceramente, eu não sei qual é o seu problema. Mas conheço, sem dúvida, a solução:
Amor.
Texto Revisado
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