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A Sublime Missão de Kardec

Atualizado dia 7/4/2006 10:24:36 PM em Autoconhecimento
por Guilhermina Batista Cruz


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Sobre Kardec muito se tem falado, mas a verdade é que são poucos os que realmente conhecem a grandiosidade de sua obra e sua importância para a abertura espiritual da humanidade. Muitos tentam desmerecê-lo, fazendo-o um mero copiador das explicações dos Espíritos; outros, tão somente o cultuam como um ser excepcional; enquanto alguns, pseudo-sábios, sequer conhecem a amplitude e a magnitude de seu trabalho de esclarecimento e ajuda e as profundas reflexões das verdades eternas contidas em suas obras. Na verdade, ele sempre foi exemplo de humildade, pois nunca se intitulou o criador do Espiritismo, embora tenha sido ele a denominar assim os fenômenos que despontavam, trazendo em seu bojo ensinamentos que, vindos do mundo espiritual, surgiam como um bálsamo de amor e verdade, trazendo à baila ensinamentos e constatações antigos, mas ainda desconhecidos por muitos, devido ao atraso moral e espiritual em que jazia a humanidade.

Nem autor, nem coadjuvante, antes de tudo Kardec foi o colaborador meticuloso, humilde, confiante e valoroso, um verdadeiro missionário. Sim, Kardec foi um missionário, pois quando certificou-se das verdades contidas nas instruções que os Espíritos lhe davam, seguiu em frente com uma disposição e uma coragem inquebrantáveis. Quando lhe comunicam que foi o escolhido para levar adiante o trabalho de consolidar os ensinamentos dos Espíritos entre os homens, sente a importância e grandiosidade da tarefa e, por ter um profundo senso de responsabilidade, fica ciente de que a partir daí, deveria desdobrar-se no intuito de transmitir da melhor forma possível os importantes ensinos libertadores. Aceita a tarefa e submete-se a aflições que recaem sobre ele, assim como os Espíritos o haviam alertado. Apaga-se para dar luz à obra nascente, formulada e transmitida aos homens pelos Espíritos e contida numa obra que intitula “O Livro dos Espíritos”.

O Livro dos Espíritos contém a origem de grandes idéias filosóficas que a humanidade previra tempos afora e que necessitavam da colaboração dos homens para que viessem à tona. Fica claro os sinais de uma inteligente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces da vida — a encarnada e a desencarnada. Tudo é cuidadosamente planejado e executado. As novas idéias deveriam surgir na época certa, assim como o ambiente em que despontariam e os métodos empregados para sua disseminação. Os Espíritos incumbidos das tarefas iniciais e das que se seguiriam reencarnaram, no seu devido tempo e lugar. Houve um planejamento tão perfeito para a disseminação das novas “idéias” que os Espíritos dispunham até de alternativas, caso ocorressem falhas humanas, ou seja, caso o escolhido para disseminar as idéias não aceitasse a grandiosa tarefa de desvendar ao mundo o véu que encobria o lado espiritual da vida, outros seriam chamados e teriam condições de levá-la a bom termo.

À Kardec foi facultada a iniciativa de elaborar as perguntas e idealizar como seria sua apresentação aos homens. O Livro constitui-se num diálogo no qual Kardec interroga os Seres inteligentes ou Espíritos, buscando o esclarecimento sobre assuntos referentes às diferentes dimensões das verdades eternas. Era necessário que as questões e as dúvidas fossem levantadas segundo o ponto de vista humano, para que o esclarecimento do mundo espiritual se fizesse dentro do contexto específico dos homens encarnados. Kardec conduz cuidadosamente a elaboração da obra; organiza o esquema das suas perguntas e faz anotações metódicas, lúcidas, fáceis de entender e de um grande e profundo sentido humano. Depois da elaboração do Livro dos Espíritos, os benfeitores espirituais, embora assistindo-o como sempre, deixam-no seguir sua própria metodologia; e as obras subseqüentes sobre o Espiritismo surgem, então, a partir de suas próprias indagações e conclusões e não mais baseadas no diálogo direto com os Espíritos.

Existem na vida de Allan Kardec duas fases bem distintas; uma anterior à constituição do Espiritismo, mais material, embora superior na ordem moral, outra inteiramente espiritual, onde, admitindo e aceitando a doutrina nascente, faz dela a preocupação constante do resto de sua vida. O Espiritismo não modifica seu caráter, pois ele já possuía grandes méritos e qualidades advindos de suas experiências anteriores de vida. Apenas burila, cada vez mais, o seu espírito. E, por ser um espírito mais evoluído, estava apto, então, para desempenhar, da melhor forma possível, a missão de que fora encarregado.

Kardec notou que a comunicação das forças inteligentes ou Espíritos, como eles mesmos denominavam-se, não era algo novo; apenas apresentava-se a par de fenômenos a serem vistos e entendidos sob uma nova ótica, mais lógica e científica. Desde tempos remotos que os fenômenos transcendentais eram conhecidos, mas ainda não tinham se perpetuado porque a humanidade ainda não era capaz de entendê-los perfeitamente. Segundo Kardec : ”(...) o que não padece dúvidas é que uma idéia não atravessa séculos e séculos, e nem consegue impor-se à inteligências de escol, se não contiver algo de sério (...)". A introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo apresenta um verdadeiro histórico sobre as novas idéias, culminando num resumo dos pensamentos de Sócrates e Platão, cujos pensamentos filosóficos assemelham-se às idéias disseminadas em vários tópicos abordados pelo Espiritismo.

Kardec sempre expôs seus estudos de uma forma bem racional; não se atém a discursos místicos sobre as novas idéias; faz questão de não “fantasiar” nada, antes, procura sempre relacionar os fenômenos e fatos à percepções bem realistas, com argumentos baseados sempre na lógica. Seu trabalho primordial era de trazer ao nível intelectual moderno alguns fenômenos que sempre acompanharam o homem em sua história e que foram deixados de lado pela ciência moderna.

Kardec, antecipando-se à moderna psicologia atual e colocando-se na vanguarda da psicologia de seu tempo, já falava que muitos dos desajustes humanos era fruto da interligação de causas psicossomáticas e espirituais e que era necessário um trabalho conjunto no tratamento das doenças e distúrbios mentais. Ele tinha consciência de que os conhecimentos adquiridos através de seus estudos eram apenas um passo inicial na longa jornada a respeito do mundo imaterial ou espiritual, e isso fica evidenciado no livro ”Depois da Morte”, de Leon Denis, que assim nos fala: “A doutrina de Allan Kardec, nascida - não será demasiado repeti-lo - da observação metódica, da experiência rigorosa, não se torna um sistema definido, imutável, fora e acima das conquistas futuras da ciência.”

Allan Kardec construiu, por seu grande amor ao bem e à verdade, uma base profunda de sabedoria e amor para toda a humanidade quando através de seus estudos sérios e precisos nos possibilitou desvendar os grandes mistérios da vida, dizendo-nos o porquê do sofrimento, da dor, o que aqui viemos fazer e o que nos aguarda no futuro; e, mais importante de tudo, que seremos sempre eternos e que a roupagem do corpo é passageira, porém, o espírito é sempre imortal e caminhará sempre em direção ao seu aperfeiçoamento moral. A principal missão de Kardec foi a de abalar e transformar a humanidade, despertando-a para novos e imperecíveis valores.

Paz e luz a todos.
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