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A verdadeira e a falsa rebeldia jovem

Atualizado dia 12/21/2017 11:01:15 AM em Autoconhecimento
por Mauro Kwitko


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Quando eu era jovem, e não foi há tanto tempo assim, apenas algumas décadas, eu pensava, como os jovens ainda pensam, que ser jovem é ser assim como todos os jovens acham que ser jovem é. Na minha época de jovem, ser jovem era ser rebelde, independente, infringir regras, mudar esse mundo careta dos meus pais e avós, curtir as músicas que tocavam nas rádios e nos programas jovens nas televisões, e era assim que tinha de ser, era assim que eu queria ser e que todos os jovens também queriam.

Mais tarde, já ficando homem, fui conhecendo jovens e eles pensavam como eu pensava quando era jovem, que ser jovem é ser rebelde, independente, infringir regras, mudar esse mundo careta dos seus pais e avós, curtir as músicas que tocam nas rádios jovens e nas televisões, e é assim que tem de ser.

Quando fiquei coroa, indo para o terço final dessa atual passagem pela Terra, fui conhecendo os novos jovens e eles querem ser rebeldes, independentes, infringir regras, mudar esse mundo careta.

Os jovens que estão me lendo devem estar pensando, mas ser jovem é isso, ser rebelde, independente, infringir regras, mudar o mundo, isso é ser jovem! O meu lado (ainda) jovem concorda, mas vamos ver ponto a ponto:

Ser rebelde

Concordo inteiramente, mas contra o que e como? Existem duas maneiras de ser rebelde: rebelar-se contra a sociedade, contra seu pai, contra sua mãe, contra a sua família, contra uma parcela de políticos, contra a corrupção, contra as injustiças sociais, contra a fome, contra a miséria, contra a violência, de uma maneira positiva, ou rebelar-se contra isso tudo de maneira negativa. Como são ambas essas ­maneiras?

A maneira que deveria ser preferencialmente escolhida por muitos jovens, se eles não fossem mentalmente lavados, diariamente, pela imagem criada de “Ser jovem é...”, seria a rebeldia positiva, ou seja, buscar ser diferente dos que criticam, procurar ser melhor, procurar dar um exemplo para os adultos, ou seja, se os adultos caretas fumam, não fumar, se os adultos caretas bebem, não beber, se os adultos caretas são acomodados, não ser acomodado, se alguns políticos são corruptos, se roubam, se enganam, não ser corrupto, não roubar, não enganar, se a injustiça social, a fome, a miséria, a violência no Brasil e no mundo o incomoda, entrar em ONGs, Associações, Entidades, que lutam contra isso, para que um dia ninguém mais passe fome, para que ninguém mais viva na miséria, para que acabe a violência. Essa é a rebeldia positiva.

Mas, infelizmente, uma certa parcela dos jovens rebela-se de maneira negativa, ou seja, rebelam-se contra o errado agindo errado, fumando, bebendo, drogando-se, indo mal no Colégio, mal na Faculdade, vivendo na noite, ou trancando-se dentro de si, magoando-se, deprimindo-se, enraivecendo-se, enfim, uma maneira de rebelar-se que não leva a nada, apenas leva à sua própria destruição, numa canalização mal dirigida de sua força jovem, de sua indignação adolescente, que deveria ser positiva mas é negativa.

Para aqueles eu dou meus parabéns, pois eles mudarão o mundo, para esses, eu dou um conselho: sejam diferentes do que não aprovam, não sejam iguais, pois assim estarão mantendo o mundo como ele é ou até o piorando. Não se impressionem com o modelo norte-americano divulgado maciçamente pela mídia, pois esse é pré-fabricado e só quer que os jovens sejam consumidores, ovelhas cordatas, não se impressionem nem imitem o modelo rebelde europeu, pois esse é decadente e até, às vezes, ridículo em um país tropical como o nosso, cheio de sol, céu azul e natureza, e não frio, cinzento e obscuro.

Ser independente
Existem duas maneiras de um jovem querer ser independente: uma achando que é independente, mas, na verdade, é prisioneiro da mensagem midiática, que lhe convenceu de que ser jovem independente é fumar, beber, “aproveitar a vida”, ser maluco, meio doidão, que é o estilo norte-americano e europeu de ser jovem.

A outra maneira é ser independente mesmo, não seguindo o que as mensagens comerciais incentivam, interessadas em transformar os jovens em meros consumidores, em fonte de renda, ser independente é mandar em si, mas para isso o jovem deve desenvolver um discernimento, uma visão crítica em relação ao que lhe entra pelos olhos e pelos ouvidos, se é uma mensagem positiva ou negativa, se visa incentivá-lo a usar a sua força jovem, a sua indignação, positivamente, para melhorar o mundo, ou para “aproveitar a vida”, que tem de fazer tudo o que pode, antes de – que horror! – virar adulto e, pior ainda, ficar velho!

No Oriente é um orgulho ficar velho, são pessoas que os mais novos buscam para pedir conselhos, orientações, mas aqui no ­Ocidente ficar velho é uma vergonha. A diferença entre uma pessoa de 20 e uma de 60 anos é de apenas 40 anos, e isso, considerando a idade que o nosso Espírito tem, de algumas centenas de milhares de anos, é quase nada.

Infringir regras
Quais regras devem ser infringidas? Uma das regras que os ­jovens devem infringir é a regra criada, por alguns segmentos da indústria e do comércio, de que “ser jovem é ser doidão”, essa deve ser definitivamente infringida! Alguns programas de rádios jovens e alguns programas e filmes na televisão e sites na internet incentivam essa concepção, ela deve ser infringida totalmente. Jovens do Brasil: infrinjam essa regra!

Mas uma regra que nunca deve ser infringida é a regra moral que diz que os jovens devem esforçar-se para utilizar a sua energia e a sua força jovem para melhorar o mundo, para acabar com o hábito de fumar, de beber, de usar outras drogas, e saber utilizar o seu tempo para colaborar em organizações sociais, espirituais, humanitárias, para ajudar a melhorar o mundo. Essa regra deve ser imediatamente adotada! Em vez de ir para a pracinha fumar um baseado, em vez de ir ao bar tomar cerveja e jogar conversa fora, em vez de ficar horas e horas em frente à televisão assistindo a programas que ativam os nosso chakras inferiores ou no computador “conversando” ou jogando ou passando o tempo, rebelar-se contra isso e procurar uma instituição onde possa unir-se a pessoas que trabalham para ajudar os pobres, os irmãos abandonados, carentes e doentes. Essa é uma ótima rebeldia.

Uma outra regra que deve ser infringida é a regra que diz que os jovens devem estudar e trabalhar em qualquer coisa que dê grana, ter um bom trabalho em que não precise esforçar-se muito, e não se importar com o que produz ou vende, se é bom e saudável ou ruim e prejudicial para as pessoas. Essa regra deve ser infringida! Uma boa maneira de rebelar-se contra essa regra é apenas trabalhar em empresas que visam ajudar o mundo a melhorar, que produzem produtos saudáveis e limpos, que vendem coisas boas para as pessoas. Essa é uma rebeldia verdadeiramente jovem.

Uma regra que não deve ser infringida é a que diz que os jovens devem estudar, ser ótimos alunos, para se tornarem ótimos profissionais e trabalharem em empresas, em órgãos governamentais, que se caracterizem por ter uma atividade que ajude a acabar com a injustiça social, com a fome, com a miséria, com a violência no Brasil e no mundo. Essa regra não deve ser infringida.

Mudar o mundo para melhor
Essa deve ser a principal atividade e meta dos jovens. Para isso, os jovens devem perceber o que piora o mundo, o que o mantém como está e o que pode melhorá-lo, para ele tornar-se, um dia, como nós, os utópicos, queremos.

Por exemplo, um jovem é idealista e quer melhorar o mundo, mas vai trabalhar numa fábrica de cigarros ou de bebidas alcoólicas, ou numa distribuidora dessas drogas, ou em algum local onde a venda é incentivada. Onde ficou o seu ideal? Está adorando a dois Senhores, a Luz e a Sombra. O que mais provavelmente acontecerá é que irá matar o seu sonho e irá tornar-se um adulto cínico e hipócrita, irá ser um adulto que irá se esconder por trás de um sorrisinho triste, de quem matou seu ideal juvenil, de quem está fazendo o que sabe que não é bom para o mundo, que trabalha em um local que não tem a preocupação social de ser útil para as pessoas, que visa apenas vender e ganhar dinheiro.
Outro exemplo: um jovem quer melhorar o mundo mas vai traba­lhar numa empresa que fabrica, que distribui ou que vende produtos supérfluos, que apenas incentivam o consumismo, a superficialidade e a futilidade dos outros jovens. Onde está a sua vontade de melhorar o mundo? Apenas em sua cabeça, mas não na sua prática, e aí não adianta nada. É bem melhor ser enfermeiro, gari, garçom, alguma atividade na qual seja realmente uma pessoa útil para os outros.

Então sugiro cuidado, atenção, vejam o que estão fazendo com a sua vontade de melhorar o mundo, de mudar o mundo para melhor, de termos uma sociedade mais justa, mais humana, mais digna. Estão fazendo isso ou isso jaz adormecido, ou morto, dentro de si?
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