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A vida é um perde e ganha?

Atualizado dia 12/3/2007 9:41:52 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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A ciência, ao longo de sua história, tem realizado impressionantes descobertas em benefício da humanidade. No entanto, o homem, ser dotado de inteligência, nem sempre soube aproveitar de forma construtiva tais avanços. Basta verificarmos o processo de fabricação da bomba atômica, cuja descoberta nas suas origens nada tem a ver com o poder destrutivo alcançado nas pesquisas posteriores. E assim, poderíamos citar centenas de exemplos a respeito de históricos "desvios de intenção" de invenções científicas direcionadas pela mente humana para a prática do mal.

Portanto, penso que o problema maior não esteja na "competição" em si, mas na forma como o homem utiliza o significado de rivalidade na relação consigo mesmo projetada nas relações interpessoais e desportivas e inseridas no contexto social da grande teia da sociedade humana.

A criança, desde cedo, necessita de referências positivas para poder estabelecer nas futuras relações de âmbito sócio-esportivo, o que aprendeu na fase do desenvolvimento infantil. E o parâmetro estabelecido entre os adultos responsáveis, irmãos da mesma família ou entre amigos e primos se a criança for único filho, torna-se importante referência de estímulo interno construtivo nas relações interpessoais ou intergrupais em que a rivalidade é a tônica. E a partir da relação competitiva, entram em cena valores internos registrados no perfil de caráter formado em vidas passadas em consonância com o resultado das experiências da vida atual.

Assim como a criança precisa se "espelhar" na outra para deixar fluir o seu inevitável desenvolvimento, o adulto necessita espelhar-se em seu "concorrente" para que, inconscientemente, sejam elaborados mecanismos motivacionais que visem o seu crescimento pessoal, profissional e também consciencial.

O lúdico, o jogo e a competição, portanto, são fases de um processo de necessárias aprendizagens que inicia-se na infância e termina na fase adulta. O problema, ao analisarmos o aspecto competitivo nas relações humanas, está no caráter do ser e não na competição propriamente dita, pois encontra-se no contexto familiar e social que envolve a formação da criança, os valores que ela utilizará quando estiver competindo.

A educação desportiva, por exemplo, quando assimilada com harmonia de valores, poderá levar a criança, em suas relações sociais, a despertar o senso ético-moral, auto-organizacional, de coletividade, justiça, liderança e, principalmente, nas suas experiências de vitórias e derrotas, encontrar o indispensável e saudável ponto de equilíbrio para enfrentar os desafios e as surpresas que a vida pode oferecer.

A escola da vida é competitiva e é através das aprendizagens, ou seja, das lições bem "digeridas" e assimiladas que modificamos atitudes em relação ao companheiro de jornada evolutiva, porque está na relação de equilíbrio do saber "ganhar e perder", o segredo do saudável relacionamento que começa nas primeiras experiências da infância.

Se não estivermos psico-espiritualmente equilibrados a vida nos passará uma idéia de "perda e sofrimento", levando-nos a estados depressivos e às somatizações. Por outro lado, se nos encontrarmos com excesso de auto-confiança como "ganhadores", a vida poderá passar-nos uma falsa idéia de poder, vindo a surpreender-nos mais tarde.

Quando anunciamos nossos serviços profissionais estamos vendendo ao público uma imagem de eficiência, ao mesmo tempo que sutil ou abertamente, estamos entrando numa concorrência leal mas de caráter competitivo "contra" outros colegas. A competição é uma realidade em nossas vidas e está no contexto familiar e sócio-educacional que envolve a criança, o grande desafio na formação de seres competitivos (porque não?), mas sobretudo humanos e direcionados para a evolução consciencial.

O poema "A semente", autoria de Paula Jacowski, além de ser uma bela reflexão sobre o universo infantil, alerta-nos sobre a responsabilidade que temos, direta ou indiretamente, pelo futuro das crianças do planeta Terra:

Em algum lugar do Universo,
várias sementes estão sendo semeadas.
Umas darão frutos, outras não e,
outras não chegarão nem a crescer...

Existem sementes que deitaram em solo fértil.
Estas permitiram à natureza o seu desenvolvimento.
Muitas foram parar em solo árido
precisando lutar muito para chegar à fase adulta.

Não importa onde caíram, todas têm uma missão:
sombra, fruto, flores ou indústria...
Cada uma deverá esmerar-se no seu destino,
fazendo o melhor que puder, com ou sem sofrimento.

Semente que não se empenha
deixa de viver sozinha e morre.
Não conhece o prazer da vida e
não aprimora a sua espécie.

Que semente você conseguiu ser?
Qual a sua missão?
Deixará ao mundo uma boa mensagem?
Ainda é tempo de reformular seu destino.

Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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