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A Visão Sistêmica da Vida como Compreensão da Realidade

Atualizado dia 11/2/2008 1:18:39 AM em Autoconhecimento
por Instituto AION


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A teoria do modelo sistêmico é uma visão científica sobre a vida. Esta teoria baseia-se em estudos de cientistas e teóricos de várias disciplinas, tais como: Iliá Priggogin, Manfred Eigen, Paulo Weis, Gregory Bateson e Ervin Laszlo, Santiago, Humberto Maturana e Capra.
Nesta visão, todas as coisas vivas fazem parte de um organismo cuja dinâmica de conexões entre os vários componentes dessa rede fazem a vida surgir, por um complexo sistema de cognição.
Diferente da concepção cartesiana, que fragmenta a realidade em partes que supostamente compõem o todo, a teoria sistêmica vê o mundo como um processo e não como uma estrutura. Nesta ótica, não existe somente adaptação dos seres vivos, mas integração, auto-organização e transcendência. A totalidade de um sistema organizado não é somente a somatória das partes que o compõe, mas resulta da interação e interdependência de suas partes.
Um outro aspecto importante deste sistema é que os seres vivos transcendem sua condição pela criatividade, ou seja, eles criam condições de vida.
A diferença básica entre um organismo do ponto de vista mecanicista e na perspectiva sistêmica é o fato de que naquela visão, os componentes fazem parte de um conjunto em uma relação fixa de sua dinâmica, ao passo que no entendimento sistêmico as partes evoluem e possuem uma plasticidade.
Esses organismos, nesta visão, são orientados para seus processos internos e se inter-relacionam com outros processos externos de maneira cooperativa. Além disso, os componentes podem variar em suas formas, dentro de certos limites.
O aspecto transcendental deste tipo de organização dos seres vivos é de suma importância, na medida em que seus elementos ou componentes internos possuem certa independência em relação ao meio ambiente e conseguem se auto-organizar. O próprio sistema onde estão inseridos é que determina essa dinâmica reguladora, e não o meio ambiente.
Na antiga visão da ciência mecanicista aplicada na biologia, por exemplo, há um determinismo imposto pelo meio ambiente e pela hereditariedade de suas características.
Na visão sistêmica, a interação dos organismos com o meio ambiente é vista de outra maneira, na medida em que essa troca com o meio não determina sua forma de desenvolvimento e organização.
Pode-se dizer que, dependendo da complexidade dos seres vivos, sua autonomia pode ser maior ou menor em relação ao meio ambiente em que vivem. Como o ser humano está no topo dessa cadeia de complexidade, pode-se dizer que o seu livre-arbítrio será maior em relação a outros seres vivos.
Vemos aqui uma semelhança desse modelo sistêmico com antigas filosofias orientais e ocidentais, até mesmo com a moderna visão da mecânica quântica, que sustentam a idéia da integração do ser humano com a totalidade de suas vidas e o Universo.
Essa interação possibilita uma reestruturação da dinâmica de um organismo, já que a vida não está confinada em sua estrutura, como é o caso de uma máquina, em que seus componentes são fixos e foram criados para determinadas funções isoladas. Componentes de uma máquina não possuem a capacidade de se autoconsertarem ou auto-regularem, o que já não se dá com os organismos vivos.
Na visão newtoniana, o Universo seria um conjunto fechado ou uma máquina, que possui funções tais que funciona mediante o relacionamento entre os seus elementos básicos que possuem uma existência própria. Já na visão sistêmica, o Universo expressa sua realidade pela rede de conexões que estabelece com todas as coisas.
Em algumas linhas da do pensamento sistêmico, não existe o acaso, como na concepção da teoria evolucionista de Darwin, mas pressupõe a existência de uma finalidade e de uma intenção no processo de evolução.
A consciência dos seres humanos é uma característica da evolução dos seres vivos e ela nos diferencia de outros animais, pelo fato de estabelecermos uma relação transformadora com a realidade, pela função da nossa capacidade de escolha com relação aos nossos destinos.
Esta relação transformadora e simbólica deve-se ao fato de que há uma interação entre nossa mente e o Universo, o qual possui vários níveis de estruturas, e se ele possui uma inteligência, podemos supor que existem vários níveis onde essa inteligência pode atuar, relacionando-se com a nossa mente.
Esta hipótese tem afinidade com outras filosofias perenes, como é o caso da indiana, do judaísmo e de outras filosofias do Ocidente, como a de Teilhard de Chardin.
Como as consciências planetária e a dos seres vivos, incluindo a dos seres humanos, estão relacionadas, seria possível supor que elas são uma única consciência – a do Planeta.
Nós poderíamos dizer que essa consciência é a mente coletiva da própria humanidade, já que temos um aparato mental mais complexo do que qualquer outro ser vivente da Terra. Este é um conceito transcendental.
Podemos admitir que nossa mente coletiva é que regula ou pelo menos participa ativamente da organização de todos os eventos planetários, incluindo o clima e outros inúmeros fenômenos da natureza.
Talvez pudéssemos fazer uma abstração dessa realidade e entender a relação entre nossa consciência coletiva e a economia, como um sistema vivo, um organismo.
A conexão entre vários indivíduos faria parte de uma rede de processos criativos. Desde a teoria da mecânica quântica até outras várias disciplinas, a visão sistêmica vem influenciando o pensamento ocidental.
No Oriente, essa maneira de ver as coisas já faz parte de uma cultura milenar, quer seja na medicina quer na própria compreensão do ser humano, que, de acordo com este entendimento, está ligado ao cosmos por um fluxo contínuo de energia. Esta visão é ainda estranha ao médico ocidental, que analisa o ser humano dividido em vários órgãos, como na visão mecanicista.
Esta divisão chegou ao ápice com a criação de especializações médicas relacionadas aos órgãos do corpo humano. Na medicina da cultura xamânica, o ser humano é visto como parte integrante de um grande organismo e as doenças são um sintoma de alguma desarmonia entre o homem e o cosmos.
Ao associarem forças naturais à natureza do homem, acreditam na reconstituição de estados de saúde quando as condições naturais são restabelecidas. Essas doenças não existem separadamente das condições globais em que o homem está inserido, como a sua comunidade e outros fatores ambientais.
Hoje, as psicoterapias ocidentais estão evoluindo nesta direção.


Texto revisado por: Cris


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