Acredite na sua profecia.

Curiosamente, Jesus - reconhecido por muitos como o maior dos profetas - absteve-se de previsões catastróficas, pois acreditava que a evolução moral transformaria o planeta em um plano de harmonia. Figuras como Agostinho e Francisco de Assis ecoaram esse mesmo sentimento, priorizando a esperança em detrimento de previsões sombrias. Da mesma forma, Buda não deixou profecias, pois depositava sua fé na ascensão espiritual da humanidade.

Diante disso, surge a pergunta: somos capazes de profetizar nosso próprio destino?

Para decifrar essa questão, é necessário distinguir conceitos fundamentais. A premonição, por exemplo, é uma percepção antecipada; um sentimento através do qual sensitivos e médiuns acessam eventos latentes. Já uma ideia é a concepção mental de um propósito, impulsionada pela vontade de realizá-lo. A intuição, por sua vez, manifesta-se como um conhecimento direto e imediato das essências, operando fora da lógica - como um sopro de inspiração ou um sinal daquilo que nos transcende. Finalmente, o desejo floresce a partir de estímulos sensoriais: um aroma, um toque ou um olhar que a mente transmuta em intenção.

Em suma, todos nós, em algum momento, imaginamos o que gostaríamos de alcançar; o Dom, combinado com a determinação, permite-nos antecipar os nossos sonhos. Não existe um momento fixo para compreender o que transcende o mundo material. Acredite que cada indivíduo pode moldar o seu próprio destino, buscando o que lhe pertence através da vontade. Não espere que a vida ou as pessoas se moldem à sua conveniência; cada um deve adaptar-se às circunstâncias e seguir seu caminho até quando desejar mudar.

BNN