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ALARMES DA TERRA

Atualizado dia 11/14/2007 11:26:09 PM em Autoconhecimento
por Christina Nunes


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A intenção, como noutras vezes e em outros textos, não é fazer alarmismo. Mas também considero estupidez e temeridade a estratégia do avestruz.

Também não tenho a memória tão sofrível assim. Desta forma, em me reportando a quarenta anos de trajetória neste mundo e de dentro de um exercício de "visão de cima", fácil vem a dedução de que determinados alarmes, supostamente soando esparsos, não causam a impressão devida, mas que levando-se em consideração a dimensão planetária o que aparentemente é esparso não mais nos surge assim... Refiro-me aos sinistros noticiados ultimamente e, num crescendo, de uns quinze anos para cá. E para que se faça disso uma ilustração objetiva, reporto-me apenas a alguns.

Acabo de ler na edição online do Globo a notícia sobre o abalo sísmico no Chile que se fez sentir em São Paulo, Brasil! Imediatamente o fato me recordou outro abalo recente, só que acontecido aqui, no Rio de Janeiro, no prédio da Justiça Federal da cidade. Se estranho foi este abalo no Rio, todavia, mais estranhas ainda foram as conclusões inócuas sobre um incidente que provocou declarado pânico em quem se achava no local; mas vamos adiante...

Noutro dia estava com amigos na praia de Camboinhas, para os lados de Niterói. De inopino, descortinou-se à distância, para os lados do Rio, um dilúvio cor de chumbo que com velocidade supersônica ganhou os céus em disparada e nos atingiu em cheio, inundando tudo, acabando com a nossa tarde agradável na praia e nos enxotando de volta para casa... onde, no meu caso particular, deparei, estupefata, com a cena insólita da minha rua devastada com um volume incomum de galharia para todo lado, com uma árvore arrancada pela raiz, com calçada e tudo, e com portas e janelas da minha casa escancarados como se um furacão localizado tivesse se despencado apenas ali junto com a tempestade furiosa, desmoronando tudo! De modo que vem se tornando coisa corriqueira essas tormentas cuja fúria despeja em horas a quantidade de água de todo um mês!

Noutras vezes ainda, em que retornei do trabalho à noite em dias de temporal, encontrei, boquiaberta, minha varanda enxovalhada com vasos de planta derrubados; mas não vasinhos comuns, que os ventos facilmente deslocam. Noutro dia uma das plantas solidamente enraizadas via-se tombada, o caule grosso e as raízes fortes vencidas por um volume brutal de ventos dos quais nunca tive notícia ou recordação anteriormente!

Outra notícia chamou-me a atenção faz pouco tempo, de um fenômeno térmico acontecido no sul do país que fez a temperatura se alterar em segundos vários graus, para mais, causando pânico em diversos lugares onde as pessoas se sentiram, de uma hora para outra, literalmente "cozidas" onde estavam. O fato lembrou-me imediatamente de ter experimentado, atônita, coisa semelhante em casa há alguns meses, mas ao inverso: na sala de minha casa, de um minuto para outro uma friagem descabida enregelou-me o corpo ao ponto dos arrepios na pele e do impulso para me enrolar numa coberta; lembro-me até hoje dos comentários tecidos em casa, e do estarrecimento, meu e de meu filho.

Lembro ainda do último temporal - e nos meus últimos doze anos de trabalho certamente não presenciei nada semelhante! - dias atrás, quando eu e vários colegas nos vimos literalmente ilhados no Centro do Rio, sem conseguir passar, avançar ou voltar, com ruas diante de nós que se tornaram furiosos rios caudalosos e infectos correndo em disparada, para enorme consternação de quem, naquela situação impossível, não conseguia atingir o local de trabalho, nem recuar de volta para casa!

Doutra feita, especialmente no verão, noites que não mais nos presenteiam com o frescor natural de algumas décadas atrás; a madrugada avança, abafadiça, com a mesma sensação de calor insuportável vivida durante o dia, debaixo de cumes de temperaturas jamais registradas anteriormente...

De acréscimo, cigarras cantando madrugada afora quando antes tinham hábitos diurnos; o espetáculo surpreendente do mar invadindo os calçadões da zona sul do Rio, onde já engoliu irreversivelmente algumas prainhas; tsunamis noutros países; enchentes, e mesmo tornados impressionantes e fatais no Sul do Brasil; desastres ambientais decorrentes, mortandade de peixes; desmoronamento de encostas; mortes e um volume desolador de desabrigados lançados à indigência e ao desespero...

São muitos alarmes, antes aparentemente esporádicos; mas dada a atual freqüência em ordem crescente e em escala planetária, não há mais como não saltar à vista do mais recalcitrante cético, ou indivíduo envolvido por intere$$es outros... É visível demais! Inquestionável. Evidencia-se por si, sem que se passe nem mais um mês sem eventos desconcertantes e simultâneos em vários lugares do mundo. De fato, não há mais como se tapar o sol com a peneira, com o perdão do trocadilho infeliz com o buraco na camada de ozônio!

A "goteira dágua" evidenciada há algumas décadas já se tornou uma corredeira contínua, incômoda e seriamente ameaçadora, vazando, causando rachaduras iniludíveis e inundando progressivamente os cômodos. Esperemos que a teimosa ausência de providências para saná-la ainda conte com tempo para ser revertida, evitando que a nossa Casa planetária enfim desabe sobre as nossas cabeças...

No dia em que o último peixe morrer nos oceanos, o homem enfim entenderá que dinheiro não se come!
Greenpeace

Lucilla

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
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