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Amor de pai e mãe tem limite?

Atualizado dia 11/27/2006 11:35:48 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Por ser comum, principalmente nos grandes centros urbanos, muitos de nós conhecemos casos de pais que fizeram de tudo para afastar seu filho ou filha das garras da degradação física e moral, mas que não conseguiram, tornando-se por este motivo, pessoas amarguradas e torturadas pela culpa e tendo o desgosto como marca para o resto de suas vidas.

Muitos desses pais foram pessoas conscientes de suas responsabilidades e obrigações em relação à educação de seus filhos, e sabem que fizeram o possível e até o impossível na tentativa de ajudá-los a trilharem o caminho da retidão moral. Deram bons exemplos e guardam consigo esta certeza. Mas...

Mas, então, o que houve, o que há por trás desses dramas familiares que possa ser explicado pelo ponto de vista espiritual? Porque as famílias se desestruturam dessa forma, sem que haja uma explicação cientificamente convincente?

No "Evangelho Segundo o Espiritismo", em seu capítulo XIV, sobre "A ingratidão dos filhos e os laços de família", encontramos um texto que dá parte das respostas que procuramos: "Quando o espírito deixa a Terra leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões e tomam, então, boas resoluções; compreendem que para se dirigirem a Deus, só existe uma senha - caridade. Mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias; não há caridade com ódio no coração e sem perdão.

É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à idéia de perdoar e ainda mais a de renunciar a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrarios. Se a boa resolução triunfa eles oram a Deus, imploram aos bons espíritos que lhes dêem forças no momento mais decisivo da prova.

Enfim, depois de algum tempo preparando-se, o espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele(s) que ele detestou e pede, aos espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem se formar. Qual será, então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência das suas boas resoluções. O contato incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte.

Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será o amigo ou o inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que explicam esses ódios, essas repulsas instintivas, que se notam em certos jovens e que nenhum fato exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia provocar essa antipatia. Para encontrar-lhe a causa, é necessario voltar os olhos ao passado".


Concluímos que amor de pai e mãe não tem e jamais terá limite. No entanto, este genuíno amor poderá esbarrar na liberdade de escolha do espírito que encarnou como filho, porque o exercício da caridade praticamente termina onde inicia a lei do livre arbítrio. São forças em parte antagônicas e que explicam o desabafo de muitos pais diante de situações desesperadoras na relação com seus filhos, como, por exemplo: "Fizemos tudo o que poderíamos ter feito por ele... tudo o que estava ao nosso alcance. Não sabemos mais o que fazer... ele não quer se ajudar!"

Casos extremos comumente acabam em óbito, vindo a provocar traumas para o resto da vida familiar. No entanto, para estes pais que fizeram de tudo para salvar seus filhos do infortunio, restará a certeza da dedicação e do empenho na luta contra a situação não por eles construída na vida atual. Restará o sentido do dever cumprido com muito amor... um amor cuja chama jamais apagará. E este sentimento maior é o que prevalecerá para o próximo encontro com o filho amado!

Psicanalista de Orientação Reencarnacionista

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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