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Amor inventado???

Atualizado dia 3/21/2007 4:19:57 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Sempre me perguntei por que sofremos tanto por amor. Sim, porque você há de concordar que sofremos muito por amor. Sofremos quando crianças porque nos sentimos incompreendidos; sofremos quando vamos à escola e nem sempre fazemos amigos como gostaríamos; sofremos quando não conseguimos namorar; sofremos quando nossos relacionamentos são frágeis e não resistem às ventanias da vida. Enfim, sempre sofremos, vulneráveis às condições externas, às pessoas que nos cercam, ao mundo à nossa volta e, por conta disso, vamos construindo máscaras, inventando amor dizendo que não sofremos, que a vida não nos atinge, ou que somos felizes quando não nos sentimos assim...
Tudo mentira. Embora não seja um processo consciente, não mentimos de propósito. Acho que muitas vezes nem sabemos que inventamos um amor. São sentimentos tão profundos, tão cercados de ilusões e de artimanhas para tornar a vida mais feliz que perdemos o fio da realidade e formamos uma grande confusão.

Sucesso inventado...
Rubens, um rapaz de trinta anos, em tratamento há mais de 5 anos de síndrome do pânico. Muito inteligente e lúcido, já alcançara um bom grau de compreensão de si mesmo e vinha à minha procura para se libertar do medo. Sentia sua vida travada, o trabalho não fluía e ele não alcançava de nenhuma forma suas expectativas de sucesso.
As vidas passadas que apareceram foram vidas de fuga da realidade. Numa história, ele virou padre quando se sentiu incompreendido pela família; na outra, foi um soldado vítima de uma armadilha que o colocou como perdedor frente ao seu grupo trazendo muito ódio, o que o levou numa vida seguinte a fazer um fervoroso voto de renúncia de tudo e seguir a vida caminhando como um monge itinerante.
Ele me disse depois da sessão: “Sempre busquei ser auto-suficiente, ter sucesso profissional mas nunca consegui....”
“O que você lamenta?” Perguntei para ajudá-lo a pôr para fora suas questões.
“Lamento meu insucesso, trabalho, mas não tenho tudo o que quero. Hoje gostaria de viver sozinho porque nunca quis depender de ninguém. Não confio nas pessoas”.

Depois desse desabafo conversamos sobre a importância de fazer as pazes com o mundo ao seu redor, com sua família, pois de nada adianta brigar com a vida já que a realidade que nos cerca não muda por não gostarmos dela. Expliquei que o desejo excessivo de controle só mostrava que ele não dominava nada. Sugeri como caminho de cura que investisse em coisas que lhe dessem prazer, como caminhar, fazer ginástica, e com o tempo fosse desenvolvendo uma visão mais realista da vida, olhando para o mundo e observando o que a vida lhe oferecia sem mascarar a realidade, imaginando um sucesso que poderia não alcançar. Expliquei que precisamos enxergar nossas pequenas vitórias, e abrir o coração para o futuro, senão nossas próprias sombras e desejos nos aprisionam na contrariedade, e aí a vida não flui.

Maternidade inventada...
Fabiana, uma médica bem sucedida com dois bons empregos, inventou para si mesma que a felicidade era ser mãe e cuidar dos filhos em tempo integral e estava em depressão porque esse sonho não se realizou. Dessa forma, estava presa à máscara da possível felicidade maternal...
Na Terapia de Vidas Passadas vimos uma vida em que ela foi um assistente de armas que passou a vida cuidando meticulosamente das armas do seu parceiro, sem ter espaço para si mesma, sem viver sua individualidade. Sua alma dizia que nesta vida ela veio para crescer, para viver plenamente e enfrentar seus desafios. Expliquei para ela que o maior desafio do momento não estava fora dela, no mundo à sua volta, mas em seus conceitos. Conversarmos sobre ser feliz em ter como sustentar sua família, em dar uma boa escola para os filhos que estavam bem cuidados com uma babá e sobre a boa relação que ela tinha com o marido, que sendo médico como ela, sempre lhe dizia para levar a vida mais leve.
Fabiana saiu mais tranqüila, prometendo a si mesma ver o lado bom de sua vida tão cheia de amor e cumplicidade...

Amor inventado...
Já Luciana, usava uma máscara dizendo que dava conta de si mesma, que não precisava de ninguém, porém seu coração ansiava por um amor, um relacionamento mais profundo e verdadeiro.
Na sessão de Vidas Passadas, apareceu uma moça que sofreu uma grande desilusão quando um rapaz que ela amava traiu seus votos de fidelidade e amor e se casou com uma prima dela. Quando acabamos a sessão, chorando muito, ela me disse que a mesma coisa se repetiu.

“Maria Silvia, sou sempre traída, não quero mais me aproximar de pessoas comprometidas. Tudo isso só me faz sofrer. Hoje me sustento sozinha, pago minhas contas, tenho meu carro, minha casa, mas me sinto muito solitária. Sinto-me vítima do destino... Não quero mais viver o que estou vivendo”.

Conversarmos sobre paixão, amor, ilusões e relacionamentos. Ela concordou que muitas vezes fantasiava como seria viver com alguém, pois momentos furtivos não são totalmente verdadeiros pois tudo passa tão rápido. O amor entre quatro paredes está cheio de ansiedade, desejo, sexo, paixão, mas saindo do quarto o que sobra? Sábados e domingos solitários, telefonemas furtivos, enganos, lágrimas...
Ambas concordamos que ninguém quer viver assim. Expliquei para ela que a máscara que ela usava era a da auto-suficiência, dizendo que não precisa de ninguém, mostrando-se superior aos comportamentos das pessoas, quando a realidade era o oposto. Ela, como qualquer outra pessoa, era vulnerável.
Sugeri que ela aceitasse sua fragilidade do fundo do coração, pois não podemos mentir para nós mesmos.
Sugeri também que ela olhasse para a vida como ela é, não fantasiando as pessoas, não criando príncipes encantados e que nos relacionamentos desse tempo a si mesma para ver os comportamentos e atitudes dos seus possíveis futuros parceiros.

Aprendi com os Mestres de Luz que precisamos aceitar a vida como ela é. Não devemos fantasiar, inventar que somos felizes quando não somos. Nem sempre a vida nos traz o que queremos, mas em contrapartida vamos encontrar coisas muito boas que por vezes não enxergamos. Quando ficamos presos às fantasias que criamos em nossas mentes, somos sempre infelizes com a realidade. Porém, quando tiramos a máscara, o mundo terá uma chance de nos trazer felicidade. Para isso precisamos apenas de coragem...
Pense nisso!

Se você gostou do texto venha conhecer o Grupo de Meditação que Maria Silvia coordena.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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